sexta-feira, 27 de julho de 2018

Líderes religiosos propõem ações contra o aborto

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Bispos do Rio de Janeiro se manifestam e pedem aos cidadãos para que reflitam sobre a importância de defender a vida, como um princípio de fé e democracia


Às vésperas da audiência pública sobre a medida judicial que permite o aborto, bispos do estado do Rio de Janeiro reafirmaram “a defesa da vida desde a concepção até a morte natural” e propõem algumas ações.

“Conclamamos os católicos e todas as pessoas que desejam um país democrático, pacífico e protetor da vida a se posicionarem contrários ao que está sendo proposto através desta medida judicial. Por ela, agride-se a vida, permitindo o aborto até doze semanas de gestação”, expressam os Prelados do Regional Leste 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

O aborto já é considerado entre pesquisadores e profissionais da saúde um evento comum na trajetória das mulheres brasileiras, como mostrou uma pesquisa nacional, sendo mais praticado entre adolescentes e jovens. Os bispos se manifestaram contra essa realidade, afirmando que defender a vida é um princípio de fé, além de um ato de consolidação da democracia.

“Uma nação que não sabe proteger a vida que ainda está por nascer revela a fragilidade de sua condição democrática, por mais que afirme o contrário”, ressaltam. A descriminalização do aborto foi uma proposta do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) a fim de permitir a realização da prática através do Sistema Único de Saúde (SUS), bastando apenas o consentimento da gestante.

Os Bispos cariocas explicam que, com essa medida judicial, o que se busca é “inserir no ordenamento jurídico brasileiro uma agressão direta ao artigo 5º de nossa Lei Maior”, o qual garante “a inviolabilidade do direito à vida”. Além disso, recordam especificamente a audiência pública marcada para 3 e 6 de agosto, para a qual foram “convocadas pessoas e entidades para se manifestarem quanto à descriminalização do aborto”.

“Afirmamos claramente o direito de nos manifestar com base em nossa crença em Deus, uma vez que a fé nos compromete com a vida e com a cidadania”, expressam, recordando que “o Estado é laico como condição para servir aos cidadãos, não para impor a todos um modo de compreender a realidade e com ela interagir”.

Por fim, pedem aos cidadãos que reflitam sobre a questão, recordando que “estamos a três meses das eleições para cargos estaduais e federais, dentre eles, os cargos do Congresso Nacional”. “Confiamos ao Deus da vida este momento de nosso país, tão repleto de desafios. Pedimos forças para proclamar e trabalhar para que a morte nunca seja a solução”, concluem.

Phonte: Gospel Prime

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