sábado, 18 de agosto de 2018

Justiça social não é o Evangelho, diz John MacArthur

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John MacArthur

Teólogo afirma que movimento político é “uma ameaça sutil e perigosa”

O pastor John MacArthur, líder da Grace Community Church e autor de dezenas de livros campeões de venda, tem posturas teológica conservadoras bem conhecidas. Ao analisar o movimento relativamente novo dentro do segmento evangélico que defende “justiça social” como prioridade, ele declarou que, na verdade, é uma tentativa de mudar o foco do Evangelho.

“Essa obsessão recente de segmentos evangélicos com a defesa da ‘justiça social’ é uma mudança significativa. Estou convencido de que é uma ideia que afasta muitas pessoas da mensagem principal, inclusive alguns líderes evangélicos. Trata-se de uma trajetória que muitos outros movimentos e denominações já trilharam, sempre com resultados espiritualmente desastrosos”, avalia.

Para MacArthur, que tem um conhecido ministério de apologética, esta mensagem política que se infiltra sorrateiramente é “uma ameaça sutil e perigosa”. Questões atuais, como o pretenso combate ao racismo, igualdade de gênero e defesa de pautas que historicamente são associados com movimentos de esquerda, são distintas da “justiça bíblica” que tem parâmetros bem diferentes.

“Eu abomino o racismo e toda a crueldade e conflitos que ele gera. Mas estou convencido que a única solução a longo prazo para todos os tipos de embates sociais é o evangelho de Jesus Cristo. Somente em Cristo estas barreira e divisão entre grupos de pessoas são quebrados, fazendo membros de culturas e grupos étnicos diferentes se unirem em um novo povo (Efésios 2: 14–15)”, assevera.

Ele argumentou que não se opõe à ideia de evangélicos lutarem por uma sociedade melhor, mas o discurso adotado em nome da ‘justiça social’ não trata do cerne do problema. 

“Exigir reparações históricas pelas ações de seus antepassados ​​é a linguagem da lei, não do evangelho. Pior ainda, reflete os argumentos da política mundana, não da mensagem de Cristo. É uma ironia surpreendente que crentes ignorem a verdadeira unidade espiritual que temos em Cristo e desprezem princípios bíblicos em favor de opiniões carnais.”

Movimento teológico

A argumentação de MacArthr vem na esteira de um movimento iniciado recentemente dentro das igrejas batistas dos EUA pelo pastor Grady Arnold, líder da Igreja Batista do Calvário, da cidade de Cuero, Texas. Em maio, ele encaminhou um documento à liderança dos batistas, denunciando a justiça social como uma “mal”.

O centro do seu argumento é que esse tipo de pregação – justiça social, justiça racial, justiça econômica, justiça sexual, ecojustiça – baseia-se em uma “teologia liberal”, que tem inspiração na “ideologia marxista”, focada numa “vitimização” de alguns grupos.

O documento gerou controvérsia no meio evangélico ao afirmar que “o ativismo pela justiça social deve ser considerado maligno, na medida em que é um caminho para promover o aborto, homossexualidade, confusão de gênero e uma série de outras ideias que são antagônicas ao evangelho, à cosmovisão cristã e nosso chamado à santidade (1 Pedro 1: 16)”.

Diz também que “os ideais dessa justiça social estão sendo promovidos e aplicados pelos governos em todo o mundo. A justiça social política é enganosa, sendo que cristãos bem-intencionados podem ser atraídos para tal ideologia sob a falsa suposição de que isso equivale a defender a compaixão pelas pessoas”.

Já existem movimentos de líderes evangélicos liberais no Brasil advogando esse tipo de engajamento político da Igreja que acabam, ao mesmo tempo, adotando pautas como a defesa da agenda LGBT e a legalização do aborto.

Phonte: Gospel Prime

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