terça-feira, 28 de agosto de 2018

Mães denunciam que vacina contra HPV matou 3 garotas e deixou 15 internadas no Acre


Com cartazes e frases de indignação, várias mães protestaram na manhã desta sexta-feira, nas proximidades do Terminal Urbano, denunciando que adolescentes que tomaram a vacina contra o HPV morreram ou ficaram com graves sequelas. De acordo com as denunciantes, há mais de 15 meninas internadas com consequências da vacinação e teriam sido constatados 3 óbitos de garotas que tomaram a vacina.

De acordo com a comerciante Leila Graciane, mãe de uma garota de 15 anos que se encontra doente depois de ter tomado a vacina há três anos, o caso das meninas é desesperador e o poder público nada tem feito para ajudar nos casos.

“Temos sido procuradas por dezenas de mães que nos procuram quando sabem que passamos por isso para denunciar que passam pelas mesmas coisas. Tem caso de garotas que morreram, sem contar as que estão internadas e paralisadas”, diz.

Leila contou à reportagem da Folha do Acre que a filha dela tomou a vacinação aos 13 anos, na companhia de uma amiga da escola, e logo em seguida as duas meninas começaram a sentir as consequências da medicação.

“Elas começaram a convulsionar. No início uma ajudava a outra, mas depois não conseguiram mais lidar com a situação e foram internadas. A amiguinha da minha filha nesse momento está internada na Fundação Hospitalar há dois meses e minha filha também segue doente. A vida delas foi interrompida”, diz.

Garota de 9 anos teria morrido por causa da vacina

Com a filha acamada há três anos, Leila lamenta que a filha esteja sofrendo tanto. “ Minha filha já teve paradas respiratórias, convulsão, paralisia nas perdas, entre outras coisas. A amiguinha dela está sem o movimento das pernas”, diz.

A tia de uma adolescente de 13 anos, afirma que a garota tomou a dose da vacinação e em ato contínuo teve uma hemorragia, sendo necessário que recebesse transfusão de sangue.

Joelma Dantas, prima de uma das adolescentes, afirma que as garotas que sofrem as consequências que, segundo ela, são causadas como reação à vacinação, encontram-se com sequelas gravíssimas, mas mesmo assim a saúde pública não tem tratado de forma adequada com a situação.

“A vacinação trás centenas de reações e as meninas acabam morrendo por insuficiência respiratória, trombose, hemorragia e claro que no óbito não escrevem que a causa foi reação a vacinação, então fica camuflado tudo isso e o poder público não lida corretamente com a situação e nem oferece o atendimento adequado. Aqui no Acre só duas médicas falam abertamente sobre o assunto”, diz.


O diretor de vigilância da Secretária de Saúde, Moisés Viana, afirmou que já foram recebidas 9 denúncias formais a respeito de reações da vacinação HPV e que na próxima quarta-feira (8) o Ministério da Saúde (MS) enviará representantes ao Acre para acompanhar os casos.

“Eles (representantes do MS) chegam na quarta-feira. Na equipe também virá um neuropediatra para acompanhar os casos. Eles querem conversar com essas mães que denunciam e com as adolescentes. Não temos a certeza se foram consequências da vacina e precisa ser avaliado”, diz.

Moisés afirma, ainda, que a Secretaria de Saúde, como medida paliativa, destinou a Policlínica do Tucumã para atendimento exclusivo as vítimas das consequências da vacinação. “Lá está destinado a atender estes casos, com equipe pronta e preparada”, diz.

O HPV é um vírus capaz de causar infecções sexualmente transmissíveis que podem resultar em verrugas genitais e câncer cervical. A vacina, conhecida como Gardasil, é oferecida rotineiramente para garotas entre 12 e 13 anos, e logo após às primeiras doses serem aplicadas começaram a surgir denúncias em todo o país relatando casos de graves consequências nas meninas que foram medicadas.

As manifestantes distribuíram panfletos com os supostos efeitos colaterais da vacina

Phonte: Folha do Acre

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