domingo, 26 de agosto de 2018

Mário de Oliveira: Um herético presidindo a Igreja do Evangelho Quadrangular

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Mário de Oliveira

Julio Severo

Heresia pregada por um pastor de uma igreja local é um problema grave, que precisa ser tratada pelo presidente de sua denominação. Mas e quando a heresia é proclamada pelo presidente da denominação?

Na última Convenção Nacional da Igreja do Evangelho Quadrangular (IEQ), uma denominação mais ou menos neopentecostal, Mário de Oliveira, o presidente nacional da IEQ, declarou, na Escola de Sabedoria, para uma multidão de pastores:

“Não existe pecado contra o Espírito Santo.”

“Jó na verdade não foi um personagem real. Foi uma estória criada…”

“Ananias e Safira foi uma estória criada para amedrontar, para assustar os crentes e chantageá-los para trazer dinheiro e colocar nos pés dos apóstolos… Eu acho que isso não é um fato verdadeiro, é uma estória inventada.”

“Membros da igreja não aceitam que você seja feliz… bebendo num boteco.”

Confira todas essas heresias gravadas em vídeo neste link.

Muito longe de ser uma Escola de Sabedoria, isso é uma Escola de Tolice. A verdadeira sabedoria valoriza a Palavra de Deus como verdade. A tolice humana trata a verdade bíblica como estorinha.
                       
Antes que calvinistas cessacionistas apareçam dizendo que tais heresias são características comuns do pentecostalismo, alegar que fatos bíblicos são estórias é uma característica comum de católicos e protestantes liberais. Já li uma Bíblia católica de estudo, da década de 1960, onde os padres comentaristas diziam que o relato do Gênesis era ficção. Protestantes históricos liberais têm a mesma visão carnal e falta de visão espiritual.

Além disso, Mário de Oliveiro vendo ficção em casos bíblicos equivale aos calvinistas cessacionistas vendo ficção nas promessas bíblicas sobre o Espírito Santo e seus dons sobrenaturais para hoje. Não há diferença.

Vamos então a uma análise das heresias do chefão da Igreja do Evangelho Quadrangular:

“Não existe pecado contra o Espírito Santo.”

Mário de Oliveira disse: “Não existe pecado contra o Espírito Santo.”

Jesus disse:

“Por esse motivo eu lhes digo: todo pecado e blasfêmia serão perdoados aos homens, mas a blasfêmia contra o Espírito não será perdoada. Todo aquele que disser uma palavra contra o Filho do homem será perdoado, mas quem falar contra o Espírito Santo não será perdoado, nem nesta era nem na era que há de vir.” (Mateus 12:31-32 NVI)

Mário disse que o pecado contra o Espírito Santo não existe, e Jesus disse que existe. É tão difícil assim avaliar em quem acreditar? Que Deus seja verdadeiro e todo homem mentiroso.

“Jó na verdade não foi um personagem real. Foi uma estória criada…”

Mário de Oliveira disse: “Jó na verdade não foi um personagem real. Foi uma estória criada…”
Jesus disse:

“Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade.” (João 17:17 NVI)

Não se pode transformar fatos bíblicos em parábolas. Há várias estórias contadas por Jesus onde ele mesmo disse que eram parábolas. Mas ele nunca disse que fatos bíblicos eram parábolas. Jó é fato bíblico inegável.

“Ananias e Safira foi uma estória inventada.”

Mário de Oliveira disse: “Ananias e Safira foi uma estória criada para amedrontar, para assustar os crentes e chantageá-los para trazer dinheiro e colocar nos pés dos apóstolos… Eu acho que isso não é um fato verdadeiro, é uma estória inventada.”

Já vi padres e pastores protestantes liberais fazendo tal interpretação maldosa da Bíblia, mas um pastor pentecostal fazendo isso é novidade. Tal interpretação maldosa não condiz com o coração de alguém que ama Jesus.

O caso de Mário já foi profetizado na Bíblia 2.000 anos atrás:

“Vai chegar o tempo em que as pessoas não vão dar atenção ao verdadeiro ensinamento, mas seguirão os seus próprios desejos. E arranjarão para si mesmas uma porção de mestres, que vão dizer a elas o que elas querem ouvir. Essas pessoas deixarão de ouvir a verdade para dar atenção às lendas.” (2 Timóteo 4:3-4 NTLH)

Um homem que nega que fatos bíblicos sejam verdade não pode em hipótese alguma ser ordenado pastor. Se já é pastor, precisa ser removido de todas as suas funções pelo presidente de sua denominação. O problema é quando o próprio presidente da denominação propaga tais heresias.

Beber em boteco é felicidade

Mário de Oliveira disse: “Membros da igreja não aceitam que você seja feliz… bebendo num boteco.”

Pelo menos nisso, os calvinistas cessacionistas vão concordar com o chefão Mário: Encher a cara não é pecado! Não é pecado um evangélico ir a um bar para tomar uns goles. Essa mentalidade mundana, comum em igrejas protestantes tradicionais, está começando a invadir a Igreja do Evangelho Quadrangular?

Ou você enche a cara no boteco ou se enche com o Espírito Santo. Fazer as duas coisas não dá. Parece que, no caso de Mário e dos cessacionistas, é muito melhor encher a cara no boteco do que se encher com o Espírito Santo.

Como analisar as ideias heréticas do chefão da IEQ? Jesus disse que a boca fala do que está cheio o coração.

Uma pessoa apaixonada por Jesus ama a Palavra de Deus como a única fonte da verdade. Uma pessoa em pecado não tem essa paixão nem por Jesus nem por Sua Palavra. Ela tem muita dificuldade de ver a verdade na Palavra de Deus. Esse parece ser o caso do chefão Mário.

Esse parece, aliás, o tipo de comportamento de político, que se apega à corrupção e não consegue enxergar a verdade onde ela está claríssima. Por coincidência, Mário de Oliveira foi deputado federal em vários mandatos.

E se a Wikipédia estiver correta, ele está envolvido em vários escândalos. A Wikipédia diz sobre Mário de Oliveira:

“Em 2007 foi acusado de contratar um pistoleiro para assassinar o pastor e então deputado Carlos William num processo arquivado pelo Supremo Tribunal Federal por falta de provas. Renunciou ao mandato em 15 de julho de 2013 alegando razões de saúde, embora estivesse sob inquérito conduzido pela Polícia Federal e sob análise do STF onde respondia a diferentes ilícitos penais, sendo efetivado o seu sobrinho Stefano Aguiar. 

Segundo o Jornal Estado de Minas, um inquérito foi instaurado em abril 2013 por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux para apurar possíveis crimes de ameaça, desvio de recursos públicos, corrupção de testemunhas, sonegação fiscal e tentativa de homicídio está por trás da decisão do pastor e presidente nacional da Igreja do Evangelho Quadrangular (IEQ), Mário de Oliveira (PSC), de deixar o cargo de deputado federal. É que com a renúncia o inquérito passa a ser conduzido pela Polícia Civil e não mais por agentes da Polícia Federal sob a supervisão do STF, voltando as investigações à estaca zero. 

O ex-deputado foi acusado por Osvaldeci Nunes, pastor da Igreja do Evangelho Quadrangular, de mandar matar a ex-cunhada, M.M.L, que teria ficado com parte da venda de uma fazenda de Mário de Oliveira, em Miranda, no Mato Grosso do Sul, mas registrada em nome do irmão do presidente da Quadrangular, Luiz Carlos de Oliveira, com quem era casada. 

A propriedade, segundo o depoimento, teria sido vendida por R$ 2 milhões. No depoimento, que serviu de base para abertura do Inquérito 3.647, em tramitação no STF desde abril, o pastor também elenca outras propriedades que seriam de Mário de Oliveira, mas estariam em nome de seus irmãos, entre eles Antônio Genaro (PSC), o deputado estadual mais rico de Minas Gerais, com patrimônio declarado em 2010 à Justiça Eleitoral de R$ 88 milhões, e Maria Aparecida de Oliveira, mãe do deputado federal Stefano Aguiar (PSC), que assumiu a vaga de Mário de Oliveira. 

Em sua declaração de bens à Justiça Eleitoral em 2010 Mário de Oliveira informa ter um patrimônio no valor de R$ 687,4 mil. A reportagem procurou o ex-deputado, seu irmão, Antônio Genaro, e seu sobrinho Stefano Aguiar, mas eles não retornaram os pedidos de entrevista. 

Entre os bens estariam fazendas em Felixlândia, Região Central de Minas Gerais, em Andiroba, distrito de Esmeraldas, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e casas em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, e na capital mineira. No depoimento o pastor contou detalhes sobre a propriedade e deu os nomes dos responsáveis pela administração dos imóveis.”

Não sei se o registro da Wikipédia está correto, mas as heresias proferidas por Mário de Oliveira estão devidamente gravadas, sendo impossível negá-las. Só uma vida cheia de escândalos e pecados consegue proferir tantas heresias contra a Palavra de Deus.

Se tudo o que a Wikipédia diz sobre ele é verdade, o adjetivo chefão está mais que justificado.
Graças a Deus, vários pastores na IEQ estão fazendo resistência aberta às heresias de Mário. Que o bom exemplo deles dê fruto e possa levar outros, inclusive na IPB, a fazer resistência aberta às heresias de Augustus Nicodemus, que trata como ficção as promessas de Deus sobre o Espírito Santo e seus dons sobrenaturais.

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