terça-feira, 9 de outubro de 2018

Comunicação conservadora e o povo

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Por Fabio Blanco

O conservadorismo está aprendendo a falar com o povo e isso está fazendo a diferença na política atual.

O homem comum - aquele que realmente representa a opinião pública e define qualquer eleição - é sintético. Sua maneira de pensar é resumida. Ele não se detém aos detalhes do processo de compreensão do que quer que seja. Simplesmente, sabe. Não sabe bem porque sabe, mas sabe.

Apesar do que pode parecer, isso não significa necessariamente que, por causa dessa maneira de conceber suas ideias, a opinião do homem comum é equivocada. Pelo contrário, mesmo sem saber as razões de seu conhecimento, muitas vezes o que ele pensa reflete a verdade.

Quando, portanto, há a batalha de discursos, típica dos embates políticos, essas pessoas tendem a assumir mais facilmente as narrativas mais verdadeiras. Se, portanto, durante tanto tempo, elas foram enganadas por discursos mentirosos, é porque unicamente quem detinha a verdade não sabia se comunicar com elas.

Porém, isso vem mudando. O discurso político conservador vem aprendendo que quem quer falar com o povo não deve se preocupar demais com a exposição dos detalhes. Quem fizer isso, dificilmente será compreendido. A comunicação eficaz com a gente comum é o símbolo reduzido a uma imagem, uma expressão, uma frase.

Os esquerdistas se tornaram mestres nesse tipo de retórica e não se cansam de imputar aos seus adversários meros adjetivos, como homofóbico, racista, nazista, misógino, ou simples slogans, como ele não, ele nunca entre outros do mesmo tipo.

Do outro lado, sempre houve um certo pudor quanto ao uso desse tipo de linguagem, pois acredita-se que ela não seja exatamente honesta. O problema é que essa é a única linguagem compreendida pelas pessoas simples e, portanto, quem quiser falar com elas, precisa aderir a essa forma de se expressar.

Por isso, quem quiser realmente tocar o coração do povo e iniciá-lo na verdade dos fatos não deve ter muito cuidado com o uso de expressões como comunista, ladrão, kit gay, abortista etc. Se essas são expressões, quando analisadas analítica e detalhadamente, imprecisas, ao menos possuem o mérito de oferecerem o indício necessário para conduzir o interlocutor no caminho da verdade, geralmente um tanto mais complexa, que se esconde por detrás delas.

Diante de tudo isso, o que deve diferenciar a maneira como os conservadores falam com o povo não deve ser a forma dessa comunicação. Deixar que apenas os esquerdistas usem slogans e frases de efeito é permitir que eles estejam a frente no discurso político.

A grande diferença deve ser apenas uma: as sínteses (slogans, frases feitas, palavras de ordem) conservadoras devem refletir verdades que, por sua natureza, são mais facilmente assimiláveis e absorvíveis, enquanto as dos esquerdistas, todos sabemos, não passam de invenções artificiais - portanto, não assimiladas naturalmente - geralmente impugnadas com uma rápida pesquisa no Google.

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