quarta-feira, 24 de outubro de 2018

Ex-gays querem o direito de falar sobre mudança de vida após conversão

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Leis contra a “cura gay” confundem liberdade de expressão com imposição de ideologia


Homens e mulheres que antes de identificavam com o segmento LGBT querem testificar publicamente como o Espírito Santo transformou suas vidas. Eles estão organizando uma nova Marcha da Liberdade, desta vez em Los Angeles em 4 de novembro.

Eles farão um ato público para contar seus testemunhos pessoais de como abandonaram o estilo de vida e a identidade homossexual, bissexual ou transgênero por causa da graça e do poder transformador de um relacionamento com Jesus Cristo.

A ideia desta marcha, que já ocorreu na capital Washington, DC, é denunciar como há tentativas de impedimento legal para que as pessoas se beneficiem de terapias de reversão sexual, apelidada pela imprensa de “cura gay”.

Jeffrey McCall, que já viveu da prostituição e ganhava a vida como uma drag chamada Scarlet, é o idealizador da Marcha da Liberdade. Ele lembra que 12 homens e mulheres ex-LGBT falaram no evento na capital, em maio passado, e haverá cerca de 20 dando seus testemunhos em Los Angeles.

“A Califórnia é realmente um foco político agora que estão tentando aprovar um projeto de lei que proibiria a terapia para pessoas com atrações indesejadas pelo mesmo sexo”, explica McCall ao Christian Post.

Ele também aponta que o assunto é tema de um filme em cartaz nos EUA, “Boy Erased”, estrelando Nicole Kidman e Russell Crowe, que só chega ao Brasil em 2019. O longa conta a história de um rapaz cujos pais evangélicos o obrigam a fazer terapia e orações para deixar de ser gay.

McCall conta que desde o momento em que veio a público falar sobre o direito à “liberdade de expressão” dos ex-LGBTs recebeu ameaças. Mas ele também foi procurado por muita gente que o agradecia, pois viviam esse problema. Ele destaca que embora poucos se dispusessem a participar da marcha em pessoa, ela teve milhares de visualizações online. Isso é um forte sinal que há muitos que sentem vontade de mudar, embora não tenham coragem de afirmar isso publicamente.

“Vá e não peques mais”

Para o ativista, que mudou de lado, é triste ver que existem igrejas evangélicas que decidiram ignorar o que a Bíblia diz sobre a prática homossexual. Ao mesmo tempo, falta em muitos graça para tratar do tema, constantemente recaindo em simples condenação.

“Precisamos ter um equilíbrio. A lei veio por Moisés, mas a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo. Você não pode simplesmente citar Escrituras [para os LGBTs] e falar a verdade [da condenação] sem mostrar-lhes também a graça, do poder do Espírito Santo e do amor de Jesus por eles. Também não pode simplesmente falar sobre a graça e dizer: ‘Bem, agora faça o que quiser’”, avalia.

Citando João 8, quando Jesus defendeu e ministrou à mulher apanhada em adultério, destaca que ele também lhe disse: “Vá e não peques mais”. “Bem, eu queria ver mais igrejas fazendo isso”, encerra McCall.

Phonte: Gospel Prime

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