domingo, 11 de novembro de 2018

Memorando do Google “confirma o pior medo” dos conservadores


Art Moore

Notícias de um relatório interno vazado do Google indicando que as empresas de tecnologia pretendem censurar conteúdo da web como editores em resposta a um ressurgimento político da direita “confirmam nosso pior medo,” disse o presidente do Centro de Pesquisa de Mídia Brent Bozell.

“Ao contrário das declarações públicas do Google e do que eles nos disseram em discussões privadas, o Google está no negócio da censura e, aparentemente, também no negócio de mentir,” disse ele.

Bozell é líder de uma coalizão de organizações conservadoras de notícias que dizem que o Google, o Facebook, o Twitter e outros se engajaram em censura de opiniões conservadoras, censura que reduziu drasticamente seu tráfego nas mídias sociais.

“Vamos nos reunir imediatamente com nossos parceiros de coalizão e anunciaremos os próximos passos muito em breve,” disse ele.

O Breitbart News obteve uma cópia do memorando interno do Google, o qual argumenta que por causa de fatores como a eleição do presidente Trump, a “tradição americana” de liberdade de expressão na internet não é mais viável.

Intitulado “O Bom Censor,” o documento de 85 páginas reconhece que o Google e outras plataformas de tecnologia agora “controlam a maioria das conversas online” e estão empreendendo uma “mudança para censurar” em resposta a eventos políticos indesejados em todo o mundo.

No mês passado, o Breitbart publicou imagens de vídeo vazadas que mostraram que altos executivos prometeram garantir que a ascensão de Trump e do movimento populista seja apenas um “pontinho” na história.

Uma fonte oficial do Google disse ao Breitbart que o documento é uma pesquisa interna e não deve ser considerado como uma posição oficial da empresa.

O documento interno recentemente divulgado descreve a liberdade de expressão irrestrita na Internet como uma “narrativa utópica” que foi “prejudicada” por eventos políticos recentes e “mau comportamento” dos usuários.

O memorando afirma que as empresas gigantescas de tecnologia foram forçadas a mitigar os valores concorrentes do “mercado de ideias não-mediado” versus “espaços bem ordenados de segurança e civilidade.”

O memorando distingue entre a “tradição americana”, que “prioriza a liberdade de expressão” em detrimento da “civilidade” e da “tradição europeia” favorecendo a “dignidade sobre a liberdade e a civilidade sobre a liberdade”.

As plataformas de tecnologia, segundo o memorando, estão agora se movendo em direção à tradição europeia, com o Google assumindo um novo papel como garantidor da “civilidade” como um “editor.”

Em depoimento ao Congresso, porém, o Google, o Facebook e o Twitter insistiram que são plataformas neutras, o que as torna imunes à Seção 230 da Lei de Decência nas Comunicações.
O Breitbart observou que, embora o público-alvo do “Bom Censor” não seja claro, ele obviamente gastou tempo e esforço significativos para produzi-lo.

E muitas das recomendações do memorando agora se refletem no Google na política do Google, como o argumento de que as empresas de tecnologia terão de censurar suas plataformas se quiserem “expandir globalmente.”

O Google está construindo um mecanismo de busca censurado para obter acesso ao mercado chinês.
Entre outros pontos, o memorando afirma que “os usuários estão perguntando se a abertura da Internet deve ser comemorada afinal de contas” e que “a liberdade de expressão se tornou uma arma social, econômica e política.”

O documento, na página 49, acusa o presidente Trump de espalhar a “teoria da conspiração” de que as sugestões de preenchimento automático do Google favoreceram injustamente Hillary Clinton em 2016.

Contudo, a pesquisa independente do professor de Harvard Robert Epstein, apresentada no novo filme “The Creepy Line,” indica que o Google favoreceu Hillary em 2016.

Um apoiador de Hillary Clinton em 2016, Epstein em 2012 descobriu que o efeito de manipulação do mecanismo de busca tem o poder de manipular a opinião de um indivíduo sem seu conhecimento.
Epstein concluiu, através de sua pesquisa, que o Google e o Facebook poderiam influenciar cerca de 12 milhões de votos nas eleições deste outono.

“Isso é um tremendo poder nas mãos de duas empresas, e deve preocupar a todos nós, independentemente da filiação política,” disse ele.

O memorando do Google avisa que as preocupações sobre a censura de grandes plataformas de tecnologia se espalharam para além da mídia de direita, entrando na grande mídia.

Traduzido por Julio Severo do original em inglês do WND (WorldNetDaily): Google memo 'confirms worst fear' of conservatives

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