terça-feira, 8 de outubro de 2019

Janela de Overton

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Por Francisco Teodorico

Talvez você nunca tenha ouvido falar sobre a Janela de Overton [1], mas certamente, já foi alvo dela.

Janela de Overton é um método de engenharia social utilizado para mudar a opinião de alguém ou um grupo de pessoas sem deixar que se perceba o processo. O criador desse modelo é Joseph P. Overton, de onde se originou o nome.

Mas e “Janela”, vem de onde?

Para responder essa pergunta precisaremos dar uma pequena pausa e retornar a ela logo mais adiante.

Imagine que o grupo de pessoas (ou um indivíduo) tenha uma visão, uma opinião definida
sobre um determinado assunto (casamento gay, drogas, pedofilia, feminismo, ideologia política, etc.). Podemos fazer uma analogia dizendo que sua visão sobre esse assunto está atravessando uma janela através da qual ele enxerga o mundo lá fora.

“Se entendermos os mecanismos e as motivações da mente de grupo, é agora possível controlar e reger as massas de acordo com nossa vontade, sem seu conhecimento.”(livro “Propaganda”, de Edward Bernays)

Pois bem. Imagine que eu queira mudar a opinião deste grupo (ou indivíduo) e utilize para isso diversos outros fatores que não estão relacionados diretamente ao tema.

Tivemos um exemplo recente no caso da pedofilia. Nossa visão (de conservadores) sobre o assunto é definitiva: é um crime. O que fizeram então os esquerdistas? Começaram a desviar o tema utilizando-se da arte (as famigeradas exposições nos museus que causaram tantos protestos), a Educação (o famoso kit gay sob a camuflagem de ser anti-homofobia), etc.

Se tivéssemos aceitado essas investidas, teríamos movido lentamente nossa visão sobre o assunto; de crime, de atitude inaceitável, para aceitável com ressalvas (não deixe de ler meu artigo “Pedofilia, não!” para complementar).

Na sequência, outras ferramentas seriam usadas para mover nossa visão de aceitável com ressalvas para aceitável. E analogamente de aceitável para liberado.

Esse movimento de opinião é o que chamamos de movimento da Janela de Overton. Ele pode ser extrapolado para qualquer fenômeno.


(*) Think Tank: aqueles que desviam o foco da questão principal e começam a pautar assuntos adjacentes para tornar o discurso mais aceitável até que a percepção das pessoas seja deslocada.

Um resumo das etapas da Janela de Overton são:
Totalmente inaceitável
Inaceitável com algumas ressalvas
Neutra
Aceitável com algumas ressalvas
Totalmente aceitável

A janela vai se movendo através dessas etapas.

“Tempos estranhos são esses em que vivemos, quando velhos e jovens são ensinados na escola da falsidade. E o único homem que se atreve a dizer a verdade é chamado de uma só vez um louco e insensato.” (Platão)


As pessoas que se utilizam desse método são especialistas e mesmo quando percebemos que estamos sendo manipulados por elas temos dificuldade e às vezes até mesmo impossibilidade de nos desvencilharmos desta teia.

O colunista Evgueni Gorzhaltsán alertou sabiamente que isto pode ser mais eficaz do que uma bomba nuclear lançada para destruir países [2], pois através da manipulação pode-se conseguir o apoio onde antes o tema era impensável, mudando-se completamente o rumo de uma sociedade com consequências imprevisíveis.

Alguma semelhança com o mundo em que vivemos?

Uma rápida pesquisa na internet por esse tema resultará uma quantidade considerável de material sobre esse tema de forma aplicada. Entre eles destaco o Janela de Overton – Como manipular a opinião pública (EXPLICAÇÃO) que mostra a perspicácia com que se consegue manipular a opinião pública para um tema inaceitável como o Canibalismo com o objetivo de legalizá-lo, usando apenas cinco passos!

Faça um paralelo com o que vê neste vídeo e lembre-se de quantas vezes você já não foi chamado de machista, de homofóbico, de misógino, etc. E você achava que eram apenas simples ofensas, não?

Você seria capaz de identificar um tema que, principalmente durante a campanha eleitoral, teve sua janela movimentada? Sim, a Censura (entre outros) foi um tema que o Think Tank forçou sob o disfarce de combate às “fakenews”.

Muito antes das eleições eu já começava a estranhar os “boatos” que eram desmentidos em site especializado os quais eu nunca cheguei a receber. Então comecei a desconfiar de que os mesmos eram produzidos pelos próprios checadores.

E não demorou muito para surgirem as tais “agências checadoras de notícias”, a limitação de recursos nos comunicadores (WhatsApp, Redes Sociais, etc.), a acusação de interferência nas eleições via “fakenews”, etc.

Com isso caminhamos em direção à proibição da liberdade de expressão. E isso não é teria da conspiração, pois o Brasil Paralelo foi alvo de uma notificação judicial proibindo-os, acredite, de divulgar os resultados do estudo científico! Neste estudo foi utilizado o método Benford (que é aceito pelo próprio TSE!), e encontrou-se mais de 70% de chances de ter havido fraude no primeiro turno das eleições deste ano, confirmando nossas desconfianças nesse sistema de urnas ilegais.

Resumindo: não podemos filmar eventuais indícios de fraudes, não podemos divulgar resultados de estudos com base científica e temos que acreditar que se o TSE afirma que não há problemas com as urnas, então não há. Que nome devemos dar a isso?

“Uma mentira contada mil vezes torna-se verdade” (Joseph Goebbels – ministro da propaganda na Alemanha Nazista)

O PSDB é um exemplo de partido que é expert em usar esse artifício em direção aos conceitos defendidos pela Esquerda. Já o PT (e seus afluentes) com a ansiedade característica de seu radicalismo, colocou tudo a perder (para nossa sorte). O PSDB move essa janela milímetro por milímetro, já o PT (e seus tentáculos) quer derrubar a parede e forçar que você olhe na direção que desejam. Ambos são perigosos, pois o primeiro pavimenta a estrada para o segundo. Não se iludam.


Reflita sobre o que vem acontecendo ultimamente sobre temas “polêmicos” no Brasil e no mundo e responda para si mesmo: Qual sua opinião sobre a legalização do aborto? A descriminalização das drogas? A privatização das universidades públicas? O casamento gay (vide a polêmica do ENEM 2018)?

Hoje o establishment não apenas escolhe “o que” pensamos, mas “como” pensamos. Qualquer semelhança com pessoas ou fatos, não terá sido mera coincidência…

As grandes mídias têm (ou ao menos tinham) o poder de manipulação das massas, portanto, não é à toa que vemos a insistência da Esquerda em querer controlá-la. O que antes era velado, passou a ser falado em fragmentos de entrevistas e nesta eleição já vimos no plano de Governo petista!

Nossa imprensa, repleta de esquerdistas entraram em desespero com o crescimento e a efetivação da eleição de Bolsonaro, pois seu poder será drasticamente reduzido. E o mais curioso é que parecem estar sofrendo de uma espécie de Complexo de Estocolmo Corporativo.

Mas não é só para o mal que a Janela de Overton pode ser usada.

Um exemplo de bom uso dela foi a abolição dos escravos, que em 1850 era impensável. Então a janela começou a mover-se lentamente através da proibição do tráfico e subsequentemente com as Leis que foram se complementando até a libertação assinada pela Princesa Isabel, com a Lei Áurea, em 1888. Note que se passaram quase 40 anos!

E você, através de qual Janela de Overton será que está olhando agora?

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