quinta-feira, 31 de outubro de 2019

O que está por trás da campanha de Marisa Lobo contra a ministra Damares Alves?

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Damares Alves

Julio Severo

Recentemente, Ciro Nolaco, que é deputado federal, jornalista e vice-coordenador do movimento Pró-Família Maranhão, fez alguns questionamentos à psicóloga Marisa Lobo sobre sua atitude de criticar a ministra Damares Alves. Ele disse:

“…um texto que a senhora publicou no grupo [de WhatsApp] Pró-Família Maranhão me deixou preocupado. Pelo simples motivo de ser um texto recheado de críticas públicas à ministra Damares Alves… Achei um conteúdo desnecessário e injusto, que retira a autoridade da ministra de fazer as suas próprias escolhas na composição da equipe do ministério.”

O questionamento de Ciro foi feito no WhatsApp, a mídia social em que Marisa tem espalhado suas críticas à ministra.

Não acho errado eleitores se manifestarem sobre o governo. Eu mesmo tenho feito críticas públicas em artigos sobre várias indicações do governo Bolsonaro que considero danosas ao Brasil. Mas enquanto no WhatsApp Marisa dá nomes a todos os bois, publicamente ela divaga, não citando nomes. Dias atrás ela fez duas postagens públicas de Facebook criticando sem citar nomes. 

Numa postagem, ela disse em tom de guerra: “Está na hora de todos nós eleitores e defensores do Bolsonaro,de fato, ajudar a despetizar o governo.” Em outra, ela disse: “Não sejamos idiotas úteis para esquerda.”

Só no WhatsApp ela tem identificado por nome o alvo de suas críticas: A ministra Damares Alves. Por isso, na sua resposta, o deputado Ciro identificou também a ministra, tentando defendê-la.

Marisa indicou que o que a move a criticar a ministra é sua preocupação com a Teologia da Missão Integral (TMI), a versão protestante da Teologia da Libertação. Ela ficou indignada que Damares nomeou Maurício Cunha, um evangélico com histórico na Visão Mundial, revista Ultimato e TMI.

Embora Marisa esteja exibindo um grande ativismo anti-TMI neste momento, não recordo de ela se importar com a TMI durante meus vários anos engajado na luta contra a TMI. Num post recente de Facebook, ela escorou sua base anti-TMI em Yago Martins, que já foi exposto por mim por adular um pastor da TMI que foi desmascarado por mim por defender o “casamento gay” na revista Ultimato.

Então, se dá para Marisa criticar Damares por nomear um evangélico da TMI, dá para ela também criticar Yago, do Dois Dedos de Teologia, por adular um pastor da TMI?

Não concordo com a nomeação de ativistas da TMI no governo, assim como não concordo com a crítica seletiva de Marisa. E há vários outros exemplos que mostram que Marisa escolheu especificamente Damares como alvo preferencial de críticas.

No início de 2019, Marco Feliciano, que é deputado federal e pastor da Assembleia de Deus, preparou um projeto de lei contra a “homofobia.” O projeto anti-“homofobia” dele foi copiado de um projeto da ex-deputada federal Moema Gramacho, do Partido Comunista do Brasil!

Se o que Marisa deseja de fato é despetizar o governo Bolsonaro, por que ela nunca criticou Feliciano em artigos, Facebook, GospelMais, Guiame ou WhatsApp por usar um projeto claramente comunista? Marisa tem um acesso a Feliciano que poucos têm. Ela posa em fotos com ele no gabinete dele, além de palestrar frequentemente na igreja dele.

Mostrando muito mais disposição de imitar socialistas, em julho de 2019 Feliciano defendeu que o STF precisa de um ministro homossexual, como se os atuais ministros do STF já não agissem homossexualmente o suficiente.

A postura de Feliciano tem sido escandalosa, do ponto-de-vista cristão e conservador. Até mesmo ativistas da TMI precisam ter muita cara-de-pau para defender o que Feliciano defendeu. Mesmo assim, não vi Marisa publicar suas críticas no WhatsApp, Facebook, GospelMais, Guiame e outros lugares contra a insanidade socialista de Feliciano querer um ministro homossexual.

No final de 2018, Marisa criticou publicamente Damares por segurar a bandeira gay. Uno-me a ela nessa crítica, que é necessária. Mas quando Eduardo Bolsonaro, o filho do presidente Jair Bolsonaro, segurou a bandeira gay na CPAC, evento conservador que Eduardo financiou com dinheiro de impostos, não vi Marisa criticar Eduardo por segurar a bandeira gay nem pelo uso indevido de impostos. Eu fiz tal crítica neste artigo: “Com financiamento de impostos, CPAC Brasil, o maior evento “conservador” do Brasil, critica… socialistas financiados por impostos.”

Eduardo Bolsonaro com a bandeira gay

O que se vê no Facebook de Marisa é excesso de elogios, adulações e bajulações a Feliciano, Bolsonaro e seus filhos.

Damares pode e deve ser criticada, mas a crítica deve ser justa. Eu mesmo já a critiquei publicamente no meu blog por questões homossexuais. Em agosto de 2019, confrontei Damares publicamente por causa do ativista gay Toni Reis.

a confrontei publicamente também por causa da Lei da Palmada, que o governo Bolsonaro vem implementando.

Tenho também feito críticas públicas sobre o conselho tutelar, sob domínio da ministra Damares.

Mas por que também não lembrar que Damares foi quem abriu as portas do governo para o Movimento de Ex-Gays? Esse é um fato histórico para os direitos humanos no Brasil, mas não tem sido lembrado pelos críticos da ministra. Toda a imprensa esquerdista atacou Damares por acolher os ex-homossexuais.

O que dizer do fato de que a ministra Damares recebe ameaças esquerdistas terroristas, mas é ridicularizada pela esquerda por afirmar que a personagem Elsa, de Frozen, é uma lésbica que está transformando meninas em lésbicas?

Por incrível que pareça, a esquerda defende esses sacrifícios e ataca e difama Damares, que já até adotou uma menina indigena que quase foi morta em sacrifício. Ela tem também tirado há anos dinheiro do próprio bolso para ajudar a alimentar crianças indígenas resgatadas.

Não se pode esquecer também que Damares tem atuado para ajudar as famílias cristãs conservadoras que educam seus filhos em casa. Essas famílias há muitos anos sofrem perseguição implacável dos conselhos tutelares, um sistema socialista que foi imposto no Brasil para implementar o ECA, que é ainda mais socialista. Mesmo sob o governo Boslonaro, Damares tem sido pressionada pelo sistema socialista do ECA e conselhos tutelares a deixar que famílias cristãs conservadoras que educam os filhos em casa continuem sendo perseguidas.

Então se Marisa está tentando acusar Damares de socialismo no caso de um evangélico da TMI, do que ela acusará Damares quando ela se esforça para proteger famílias cristãs conservadoras que sofrem perseguição do socialismo do ECA e conselhos tutelares por educarem os filhos em casa?

Se Marisa está tão preocupada com questões da TMI, por que ela não critica questões socialistas mais importantes? Bolsonaro visitou a China em plenas comemorações da revolução comunista que matou milhões de chineses. Até hoje a China comunista persegue milhões de cristãos. Se a ministra Damares tivesse visitado a China comunista nessas comemorações, Marisa teria mostrado que é mais um sinal de que a ministra é socialista enrustida ou coisa parecida.

Ter interação governamental com a China comunista é um bilhão de vezes pior do que ter interação ministerial com um evangélico da TMI. Mas não vi Marisa demonstrar a mínima preocupação com Bolsonaro na China. Ela não lançou nenhuma campanha de WhatsApp de críticas a Bolsonaro. Ela chegou então à conclusão de que o envolvimento de Damares com evangélicos da TMI é vastamente pior do que o envolvimento de Bolsonaro com a China comunista?

O que se conclui da atitude de Marisa é que Feliciano, que é aliadíssimo dela, tem permissão dela para preparar projetos socialistas contra a “homofobia.” Mas Damares não tem essa permissão.
Feliciano tem permissão dela para desejar ministros homossexuais no STF. Mas Damares não tem essa permissão.

Eduardo Bolsonaro tem permissão dela para segurar a bandeira homossexual. Mas Damares não tem essa permissão.

Bolsonaro tem permissão dela para ter interação governamental com a China comunista. Mas Damares não tem permissão para ter interação ministerial com evangélicos da TMI.
Enquanto critico todos os lados, Marisa critica exclusivamente só um dos lados e bajula todos os outros.

O que Marisa pretende com todas as suas críticas seletivas a Damares e bajulações a Eduardo Bolsonaro e Feliciano? Ser ministra no lugar dela? Dá para visualizar outra motivação?

Entretanto, ela, que gosta de criticar, não gosta quando é criticada. Quando ela sugeriu que o profeta Elias era um doente depressivo em necessidade de ser internado num hospital psiquiátrico, eu critiquei essa má interpretação da Bíblia. Em retribuição, ela usou o GospelMais para me chamar de “terrorista,” mas sem citar meu nome. Esse é um péssimo hábito dela. Nas sombras do WhatsApp, ela ataca abertamente a mim e Damares. Fora das sombras, ela raramente cita os nomes que ela ataca e xinga.

Ela vai me chamar de “terrorista” de novo por apontar as óbvias discrepâncias de suas críticas e bajulações no WhatsApp e Facebook?

Para quem não depende de Deus, a bajulação é um meio de chegar a uma posição mais elevada. Depois de sua romaria à casa de Olavo de Carvalho, considerado o Rasputin de Bolsonaro, Feliciano foi elevado a uma espécie de articulador de Bolsonaro para os evangélicos.

Agora, bajulando Feliciano, que quer um ministro gay no STF e criminalizar a “homofobia” do jeito comunista, Marisa quer ser elevada.

Agora, bajulando Eduardo Bolsonaro, que segurou a bandeira gay e disse que a eleição de seu pai foi graças ao Rasputin, Marisa quer ser elevada. Até o televangelista Silas Malafaia se manifestou contra a declaração absurda de Eduardo, mas Marisa, que critica Damares item por item, não conseguiu abrir a boca para criticar Eduardo nesse item.

Quem adula, quando deveria criticar, tem interesses ocultos.

Daniel na Bíblia foi elevado por Deus no governo da Babilônia sem precisar adular ninguém, especialmente ocultistas e astrólogos, e sem precisar fazer críticas seletivas contra ministros babilônicos. Será que nem Marisa nem Feliciano se importam com o exemplo de Daniel?

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