quarta-feira, 7 de maio de 2014

Seria discriminação os homens serem mais altos que as mulheres?


De certa forma, o princípio da autonomia promovido pelo liberalismo encontra-se em oposição à heterossexualidade visto que dentro da relação homem-mulher existe a atracção por opostos que se complementam: o masculino e o feminino. Devido a isto, os heterossexuais normalmente celebram as distinções sexuais.

Por outro lado, os liberais [neste contexto, significa "esquerdistas"] querem que os indivíduos sejam autónomos no sentido de viverem vidas onde se auto-definem e se  auto-determinam. Mas isto leva a que as qualidades que nós não conseguimos auto-definir ou auto-determinar sejam identificadas como "restrições negativas" impostas sobre os indivíduos. Uma destas qualidades pré-determinadas é o nosso sexo - o facto de ser macho ou fêmea. Logo, em vez de celebrar as distinções sexuais, a sociedade liberal eventualmente começa a olhar para as distinções sexuais como algo que não pode ter qualquer tipo de importância.

Devido a isto, o objectivo político do liberalismo irá entrar em rota de colisão com os nossos naturais desejos heterossexuais. Eis aqui um exemplo: os homens são normalmente mais altos que as mulheres; como tal, os modernistas radicais, promotores da autonomia em toda a linha, olham para este facto biológico como uma manifestação das distinções sexuais. Um jornal Sueco, por exemplo, ao rever um documentário televisivo focado neste assunto, disse aos seus leitores que os homens não deveriam ser mais altos que as mulheres e que a única razão que leva a que eles sejam mais altos é a discriminação:
Mas cada vez mais os pesquisadores têm explorado o papel que a discriminação sexual tem nas injustiças e nos riscos de saúde que afectam de modo particular as raparigas e as mulheres um pouco por todo o mundo. Durante muito anos, a antropóloga Françoise Heritier levou a cabo uma pesquisa no Burkina Faso antes de se aperceber da discriminação sexual e nas condições distintas que são dadas às meninas e aos rapazes durante a infância. As mães não alimentavam as crianças de igual modo mal elas choravam; os rapazes eram alimentados imediatamente enquanto que as raparigas tinham que esperar. Segundo vários antropólogos, as diferenças de tamanho entre os machos e as fêmeas podem ser o resultado de milhares de anos de discriminação.
Isto lembrou-me os pontos de vista da feminista radical Alexandra Kollontai emitidos no princípio do século 20. Nas suas palestras públicas, ela ansiava..
que o corpo feminino se tornasse menos macio e menos curvilíneo e mais musculado ... Ela alega que as mulheres pré-históricas eram fisiologicamente menos distintas dos homens ... Consequentemente, o dimorfismo sexual pode (e deve) tornar-se outra vez menos visível dentro duma sociedade comunista.
Portanto, é isso que a filosofia política tem em mente: tornar as mulheres fisicamente iguais aos homens.

Mas historicamente, os desejos heterossexuais das mulheres são exatamente opostos:
É a altura importante no que toca aos assuntos relativos ao coração? Para as mulheres parece que a resposta é sim. E para desilusão daquelas que se agarram aos ideiais feministas, parece que as mulheres querem homens que se elevam acima delas porque isso está de acordo com os estereótipos sexuais, e porque isso faz com que elas se sintam protegidas, seguras, femininas e delicadas. Segundo os dados de estudo, o motivo dominante para elas preferirem parceiros mais altos centra-se na protecção e na feminidade.

"Como a rapariga, gosto de me sentir delicada e protegida ao mesmo tempo."
Fica a pergunta: como é que as pessoas conseguem harmonizar a crença na autonomia com a heterossexualidade?

Eles compartimentam ambas: por um lado concordam com um nível formal doprincípio liberal através do qual não é suposto que as distinções sexuais tenham algum significado. Ao mesmo que fazem isso, e de modo não-oficial, fazem o que funciona PARA ELES como heterossexuais (esta é a ideia de Lawrence Auster da excepção sem princípios). (...)

* * * * * * *

Para alem da normal supressão do conhecimento científico por parte dos esquerdistas (o facto dos rapazes alegadamente receberam mais nutrição que as mulheres não vai alterar a sua composição genética), temos aí mais um caso onde os propósitos esquerdistas da autonomia e da auto-determinação e auto-qualificação se encontram em oposição aos naturais desejos das mulheres. 

Note-se também, e como é costume, a normal hipocrisia das feministas: ao mesmo tempo que identificam a superior altura masculina com algo resultante da "discriminação" que supostamente as mulheres sofreram durante 10,000^600 anos (todos os dias), elas mesmas preferem homens que sejam mais altos que elas. 

Mas nós já sabemos como as feministas são hipócritas.




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