quinta-feira, 18 de junho de 2015

Deputado russo quer proibir ‘Game of Thrones’ por desvios sexuais

Somente neste ano, dois filmes foram banidos na Rússia


O deputado russo Vitaly Milonov, do partido mais conservador do país, o United Russia, pediu que o seriado ‘Game of Thrones’ seja proibido em sua nação, alegando estar defendendo “os valores tradicionais”.

Milonov, conhecido por suas iniciativas anti-gay e anti-ocidente, enviou a proposta para o Ministro da Cultura da Rússia, solicitando que ele ajude “a defender o espaço de informação nacional”. Para ele, o seriado apresenta conteúdo ofensivo e não deveria ser assistido no país.


“Cada décimo dos personagens [de Game of Thrones] é pervertido sexualmente”, disse ao jornal Izvestia. “Por meio desses trabalhos e sua popularização, uma nova matriz está sendo inserida em nossa consciência, para que consideremos essas coisas normais”, completou o deputado.

Ainda de acordo com ele, cada obra de arte produzida no ocidente destrói os valores tradicionais da Rússia.

Se há algum tempo uma iniciativa dessa não avançaria, hoje não é impossível que seja lavada às últimas consequências. Especialistas em política russa afirmam que uma enorme onda de conservadorismo ganhou o país nos últimos anos, apoiada também pelo presidente Vladimir Putin. O partido United Russia compõe a base aliada do governante.

Repetidamente, o Ministro da Cultura russo tem afirmado que agirá em defesa dos valores tradicionais russos e promoverá o patriotismo.

Há dois meses, o filme ‘Child 44’, protagonizado por Gary Oldman e Tom Hardy, foi proibido no país. A trama apresenta um serial killer de crianças sendo perseguido por um investigador freelancer, a pedido do governo soviético de Stálin, que tenta abafar o caso. De acordo com o Ministério da Cultura da Rússia, o filme apresentava “distorções históricas”.

Em janeiro, o longa indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro e vencedor de um Globo de Ouro ‘Leviatã’ já havia sido proibido no país. De acordo com o Ministro da Cultura, em declarações para o jornal Izvestia, a produção explorou temas ocidentais e anti-russos, com a finalidade de receber prêmios no ocidente e não apresentava personagens “verdadeiramente russos”.

No país, há um estrito sistema de liberações para exibição de obras artísticas, todas assinadas pelo ministro. Portanto, ele poderia simplesmente se recusar a exibir qualquer filme ou seriado.

Fonte: Monet

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