domingo, 28 de maio de 2017

Domínio islâmico nas Nações Unidas se consolida


Nova diretoria da UNESCO será de nação muçulmana


A história da civilização foi definitivamente mudada depois do fim da Segunda Guerra Mundial. Um “despertamento” para a necessidade de os países se unirem e lutarem para que a paz mundial fosse alcançada embasou a fundação das Organização das Nações Unidas (ONU), em outubro de 1945.

Nessa mesma época surgiu a Liga Árabe, que reunia étnica e religiosamente países de maioria muçulmana do Oriente Médio, da Ásia e da África. Suas cúpulas e decisões não tinham grande impacto no Ocidente, alheio aos meandros históricos e sociais que os fazia buscarem a “umma”, unificação de todos os seguidores de Maomé do planeta.

Contudo, desde os atentados do 11 de setembro de 2001, o mundo experimenta uma nova realidade, onde palavras como “islamismo”, “terrorismo”, “extremismo” andam muitas vezes juntas nos noticiários.

Nos últimos anos, uma das estratégias de “defesa” dos países islâmicos foi operar em bloco e assumir posições-chave dentro da estrutura da ONU. Seguindo a velha máxima, para se defender, partiram para o ataque.

Talvez a maior prova disso são os constantes ataques contra Israel a partir da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura). O órgão encarregado de tomar decisões relacionadas à cultura mostra-se cada vez mais com um viés político de fundamentação religiosa.

Basta uma leitura atenta às resoluções mais recentes, que procuram colocar a tradição islâmica acima dos registros históricos e arqueológicos dos lugares considerados sagrados por judeus e cristãos.


Contudo, a coisa pode ficar pior. No final deste ano, a organização vai eleger uma nova liderança. Existe uma preocupação com uma possível “troika islâmica”, que ocuparia três cargos-chave dando vasão total à agenda anti-Israel da organização cultural da ONU.

Das nove pessoas que pretendem suceder a búlgara Irina Bokova no cargo de diretor-geral da UNESCO, quatro são oriundas de Estados árabes. O favorito no momento é o ministro da Cultura do Qatar, Dr. Hamad bin Abdulaziz Al-Kawari.

Os principais candidatos ao cargo de presidente da Conferência Geral são os representantes de Arábia Saudita e do Marrocos, denuncia o embaixador de Israel na organização, Carmel Shama-Hacohen. Além disso, o único candidato para dirigir o Conselho Executivo da UNESCO é o Irã.

Recentemente, o Conselho Executivo da organização ratificou uma resolução que, embora mais suave que os anteriores, condenou duramente as ações israelenses em Jerusalém, Hebron e Gaza e contestou a reivindicação do Estado judeu à soberania em sua capital. A resolução, que chama Israel de “força ocupante” da capital Jerusalém.
Eleição perigosa

No próximo novembro, ao final da 39ª sessão da Conferência Geral da UNESCO, delegados de todos os 195 Estados membros – incluindo o Estado da Palestina, que aderiu em 2011 – elegerão um novo diretor-geral.

“Estou muito confiante de que, uma vez que comuniquemos adequadamente os nobres objetivos da UNESCO em grande escala, o mundo inteiro perceberá sua importância – hoje mais do que nunca – na construção da paz na mente de homens e mulheres”, disse Al Kawari em um discurso recente.

Outro candidato árabe, o ex-ministro egípcio da família e da população, Moushira Khattab, citou o tratado de paz de 1979 com Israel como algo que o qualifica exclusivamente para o cargo.

“Não se esqueça de que começamos a paz com Israel”, disse Khattab em uma entrevista recente. “Durante décadas, e apesar das convulsões que vimos nos últimos seis anos, ainda mantém a paz. O Egito é um país que acredita no diálogo.”

Khattab candidatou-se para o cargo em 2009, mas perdeu para Bokova da Bulgária, que ficou por duas legislaturas e agora não pode ser reeleita.

A UNESCO nunca teve diretores-gerais vindos do mundo muçulmano, levando as nações árabes a argumentar que o “seu tempo” chegou.

Além de Al-Kawari e Khattab, Saleh Al-Hasnawi do Iraque e Vera El-Khoury Lacoeuilhe do Líbano estão buscando o cargo, embora suas chances sejam consideradas muito baixas, dada a relativa fraqueza de seus países no cenário diplomático internacional.

Também em novembro, obedecendo um sistema de rodízio, a UNESCO elegerá novos membros para a sua Conferência Geral e seu Conselho Executivo. O único candidato à presidência do Conselho Executivo é Ahmad Jalali, o atual embaixador do Irã na UNESCO.

Embora Jalali seja considerado um intelectual e “moderado”, ele representa um regime teocrático islâmico que jurou repetidas vezes destruir Israel. 

Com informações Times of Israel

Phonte: Gospel Prime

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