sábado, 2 de junho de 2018

Maioria dos europeus se declaram cristãos, mas não frequentam a igreja

Catedral na comuna francesa de Bourg-en-Bresse é registrada vazia. (Foto: Maddin The Nations)
Catedral francesa de Bourg-en-Bresse é registrada vazia.

A maioria dos adultos que foram batizados já não se declaram mais cristãos, segundo pesquisa.

Depois de ter originado o cristianismo protestante e ser palco de grande parte da história do catolicismo, a Europa se tornou uma das regiões mais seculares do mundo. Embora a maioria dos adultos sejam batizados, muitos não se descrevem mais como cristãos.

Segundo uma pesquisa do instituto Pew Research Center, realizada em 15 países do oeste europeu, 71% dos entrevistados se identificam como cristãos atualmente, mas apenas 22% deles frequentam a igreja uma vez por mês ou mais.

No Reino Unido, por exemplo, há aproximadamente três vezes mais cristãos não praticantes (55%) do que fiéis que frequentam a igreja (18%).

A frequência à igreja pelos cristãos é mais alta na Itália (40%), Portugal (35%) e Irlanda (34%), todos países majoritariamente católicos. A frequência mais baixa de cristãos na igreja está na Suécia e Finlândia, com apenas 9% de participação.

O estudo mostra que os cristãos não praticantes não acreditam em Deus “como descrito na Bíblia”, mas sim num poder superior ou força espiritual. Por outro lado, a maioria dos cristãos que frequentam a igreja têm convicção da representação bíblica de Deus.

 ""12 E, por causa da multiplicação da maldade, o amor da maioria das pessoas se esfriará. 13 Aquele, porém, que continuar firme até o final será salvo. 14 E este evangelho do Reino será pregado em todo o mundo habitado, como testemunho a todas as nações, e então chegará o fim.""
Mateus 24

Além disso, a grande maioria dos cristãos não praticantes apoia o aborto e o casamento gay, enquanto os cristãos que frequentam a igreja são mais conservadores nessas questões.

A maioria dos entrevistados deixou a religião da infância por discordar das posições da igreja em questões sociais como homossexualidade e aborto ou deixaram de acreditar nos ensinamentos religiosos. Países como Espanha e Itália também citam “escândalos envolvendo instituições religiosas e líderes” como uma razão para deixar de ser cristão.

Ainda assim, um número surpreendente de cristãos não praticantes (87%) afirmam que estão educando seus filhos como “cristãos”. Já os pais que não possuem religião criam seus filhos afastados de qualquer tipo de crença.

O estudo do Pew Research Center envolveu mais de 24 mil entrevistas por telefone com adultos selecionados aleatoriamente, incluindo cerca de 12 mil cristãos não praticantes que vivem na Europa Ocidental.

Phonte: Guia-me

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