quinta-feira, 21 de junho de 2018

Pastor quem impediu massacre em supermercado: “Este é o meu chamado”

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Líder da Assembleia de Deus de Oakville explica que matou para defender sua família


Após dias no anonimato, o pastor David George, da Igreja Assembleia de Deus em Oakville, estado americano de Washington, veio a público falar como impediu um massacre em um Walmart da cidade de Tumwater. No último domingo ele matou Tim Day, que assaltou a loja, disparou contra inocentes e deixou tetraplégico o motorista do carro que tentava roubar no estacionamento.

No domingo de manhã, George pregou como faz todos as semanas diante de cerca de 700 membros. O assunto foi a diferença que um cristão pode fazer na vida de outras pessoas. O vídeo do culto mostra que ele encerrou orando: “Senhor, que não fiquemos contentes apenas vendo a vida passar, enquanto o mundo ao nosso redor é destruído. Deus, em vez disso, nos ajude a nos envolvermos”.

Poucas horas depois, o líder religioso de 46 anos, foi com a esposa, a filha e a neta até o supermercado. Enquanto estavam na fila para pagar as compras, ouviram tiros vindo da parte de trás da loja. Tim Day, que possuía uma longa ficha criminal, entrou no Walmart, quebrou o balcão de vidro e roubou caixas de munição. Ele já havia roubado um veículo naquela manhã e tentava roubar outro no estacionamento, disparando contra os clientes que corriam para fora após os primeiros tiros.

Enquanto Day tentava roubar o carro de Rickey Fievez, disparou duas vezes contra o motorista, que caiu em uma poça de sangue. Ele foi surpreendido por George, que também é bombeiro na cidade e trabalha na unidade de emergência médica.

O pastor sacou sua arma e derrubou o assaltante com um tiro certeiro. Segundo testemunhas, temia-se que haveria um massacre no local, pois Day estava visivelmente fora de controle, atirando para todos os lados.

Quando a polícia chegou, George estava prestando os primeiros socorros a Fievez, que acabou ficando tetraplégico pois uma bala atingiu sua coluna.

Massacre evitado

“Tim Day tinha problemas de saúde mental e estava sob efeito de drogas, agindo de forma paranóica”, disse Laura Wohl, porta-voz do Departamento de Polícia de Tumwater. Ele estava claramente preparado para atirar em mais pessoas, conforme atestam as testemunhas.

Por isso, George, que até agora permanecia no anonimato, vem sendo chamado de “herói”. O pastor foi ouvido pela polícia no domingo e liberado. As autoridades não divulgaram seu nome por precaução.

Contudo, nesta quarta-feira o pastor decidiu romper o silêncio. Numa coletiva de imprensa em frente à Assembleia de Deus de Oakville ele deu sua versão dos fatos. Começou explicando que desejava permanecer anônimo, não por vergonha ou arrependimento, mas para manter “a dignidade e a integridade” de seu ministério.

“Atuei no domingo para proteger minha família e parar um homem que demonstrava óbvia intenção de matar. Isso está de acordo tanto com o treinamento como um atendente de emergência quanto com meu papel de pastor, marido, pai e avô”, disse ele.

Visivelmente emocionado, George ressaltou: “Estou triste, mas as ações imprudentes do atirador ameaçavam e feriram várias pessoas. Isso exigia que ele fosse detido antes que pudesse causar mais danos. Minha família, minha congregação e eu estamos orando pela recuperação completa da vítima dos tiros e por todos aqueles que estão sofrendo como resultado dos trágicos eventos de domingo, incluindo a família do atirador”.

Encerrou dizendo que não vê contradição entre ser um pastor e andar armado. Explicou que possui treinamento como bombeiro e que seu desejo é “continuar servindo e buscando o bem da minha igreja e da minha comunidade”. 

Com informações Washington Post e Charisma

Phonte: Gospel Prime

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