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quarta-feira, 18 de março de 2015

Os EUA são o Império Romano revivido?



Chuck Baldwin
A profecia bíblica prediz que o Império Romano será restabelecido no futuro. Muitos que estudam a Bíblia, inclusive eu, presumiam que esse futuro império do mal viria da velha Europa. É ainda possível que o surgimento da União Europeia será o cumprimento dessa profecia.
Entretanto, durante os últimos 50 anos, são os Estados Unidos da América, mais do que qualquer nação europeia, que têm revelado uma inclinação para agir como donos do mundo. Tal atitude está levando os EUA à iminência de condição de império.
O desejo de dominar o mundo certamente não é novo. Desde o início da história humana, tiranos de todos os credos e cores tentaram impor sua autoridade no mundo inteiro. Alguns chegaram a ter sucesso — por algum tempo. No final, porém, todos os impérios estão condenados ao desastre, pois só Deus é dono e soberano e Ele não repartirá Sua soberania com nenhum homem.
Imperadores da antiguidade eram em grande parte motivados pelo desejo de ter poder e domínio. Os aspirantes a imperadores de hoje parecem ser motivados pelo desejo de ter riquezas. Em ambos os casos, um imperador é um imperador, e todo imperador é inimigo da liberdade.
Desde o tempo da torre de Babel até hoje, o plano sólido de Deus é que as nações permaneçam livres e independentes. A medida em que dão as costas para Deus, as nações se tornam escravas de homens que perderam sua liberdade e sua independência.
O princípio da independência é o alicerce principal da República dos EUA. Esse princípio foi expresso com clareza nos documentos da fundação dos EUA e nas declarações de seus fundadores.
Em seu primeiro discurso de posse, James Madison, “Pai da Constituição dos EUA” e o quarto presidente dos EUA, disse sobre o papel dos EUA: “Valorizar a paz e as relações amistosas com todas as nações que têm disposições correspondentes; manter neutralidade sincera para com as nações que estão em guerra; manter-se afastado de intrigas de outros países e não tomar partido de outros países; promover um espírito de independência pretensamente perfeito, mas invadindo os direitos dos outros, [e] orgulhoso demais para entregar seus próprios direitos.” Os sentimentos de Madison refletiam a filosofia dos fundadores dos EUA como um todo.
É óbvio que os modernos políticos americanos repudiaram totalmente essa filosofia. Em vez disso, os líderes americanos continuam a agravar o processo de levar os EUA a intrigas cada vez maiores com outros países e a tomar partido.
A lista de ditadores e assassinos que o governo dos EUA tem apoiado e então destruído é longa demais para contar. Por exemplo, foi a CIA dos EUA que inicialmente treinou e armou Osama Bin Laden e a al-Qaeda. Agora, os EUA precisam enviar soldados para lutar e morrer tentando matá-los.
Além disso, os Estados Unidos são o maior negociante de armas do mundo. Isso significa que quando os soldados americanos confrontam seus inimigos, as armas usadas contra eles foram muitas vezes fornecidas pelo próprio governo dos EUA! As tropas americanas também estão presentes em 100 países estrangeiros. Com acerto, Charley Reese comentou que os EUA têm “um governo nacional que tem gradualmente se desenvolvido num império em permanente estado de guerra.”
A nação independente e neutra imaginada e criada pelos fundadores dos EUA está morta. Os EUA se tornaram um Big Brother global intrometido que deseja tornar o mundo seguro para negociantes internacionais. Os políticos americanos não são líderes nacionais; eles são peões e otários a serviço de um novo império que está surgindo.
Se os EUA não se transformarem no Império Romano revivido das profecias não é por falta de tentativas dos americanos.
Traduzido por Julio Severo do artigo do NewswithViews: Is America the Revived Roman Empire?

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