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terça-feira, 17 de novembro de 2015

Paris x Mariana: a humanidade e liberdade contra a estupidez e a barbárie



No Dia seguinte aos atentados que deixaram 140 mortos em Paris, uma polemica infame tomou conta das redes sociais: alguns argumentavam que a atenção dispensada ao caso tirou o foco do desastre ambiental de Mariana. 

O fato de o Facebook lançar um badge com a bandeira da França para que os usuários da rede social demonstrassem solidariedade aos mortos nos atentados fermentou ainda mais a odiosa discussão: “porque não fizeram um sobre Mariana? Porque não colocam a bandeira de Minas Gerais no perfil?” “E quanto ao Quênia?” “E quanto ao Líbano”?
Essa discussão rasa e esses argumentos brutos demonstram que muitos não compreenderam que a solidariedade é uma expressão natural. Sim, os brasileiros se solidarizaram com Mariana. Tanto que os responsáveis pela assistência aos atingidos pediram que as doações fossem interrompidas temporariamente por falta de locais de armazenamento. 

Mais uma vez a sociedade civil se mostrou solicita no socorro às vitimas, bem diferente do poder público. Que o diga a presidente Dilma Rousseff, que levou uma semana para visitar o município. Não é uma bandeira no perfil do Facebook que indica maior ou menor empatia, mas sim o que é feito de fato. 

É óbvio que muitos dos que colocaram a bandeira francesa no avatar o fizeram por hipocrisia, uma vez que apoiam a agenda responsável por esse estado de coisas. Mas houve um número muito maior que o fez por entender que esse era o único gesto possível.

Sim, muitos não souberam dos atentados em Beirute e no Quênia. Assim como muitos não sabem que os cristãos são o povo mais perseguido no mundo moderno. Culpa da mídia e dos formadores de opinião? É evidente que sim. São eles que controlam a narrativa para relativizar os crimes praticados por bárbaros, sempre alegando que quem arremessa aeronaves contra duas torres, quem explode bombas em metrôs ou mata cartunistas indefesos o faz porque foi oprimido pelo colonialismo ocidental ou pelo capitalismo liberal. 


Daí quando as vítimas da tragédia são indivíduos de países que nunca colonizaram ninguém, como no caso dos quenianos, ou quando as vitimas são outros muçulmanos, como no Líbano, não há como justificar a barbárie. Daí os próprios formadores de opinião se calam. Calam-se para não falar a verdade, para não revelar ao seu público que são fiadores de bárbaros carniceiros.

Há também outro elemento aqui: muitos dos que aquecem essa discussão suja não estão de fato preocupados com qualquer uma dessas tragédias. São apenas seguidores de uma seita política instrumentalizando a dor humana que eles próprios são incapazes de sentir. Chamam a atenção do desastre de Mariana sabendo bem que não há nenhuma comparação entre duas tragédias tão distintas. 


Eles o fazem porque não querem perder a oportunidade de demonizar o capitalismo, as grandes empresas, as privatizações, a direita e a oposição. Eles sabem que o governo controla mais de 53% da Vale por meio da Valepar. Sabem também que a Vale era dona de 50% da Samarco. Canalhas que são, omitem todas essas informações para fazer guerra política. São psicopatas que fingem não saber que o único paralelo que pode ser estabelecido entre uma tragédia e outra é quanto à dor das famílias e de quem mais seja dotado de qualquer senso de humanidade.

Essa discussão desnecessária só tomou corpo porque há quem só pense no nós contra eles. Gente com tendências fascistas que busca patrulhar o pensamento de terceiros, colocando a hegemonia de suas ideias acima de conceitos fundamentais como a liberdade, a democracia e os direitos humanos. Abutres que se alimentam das tragédias alheias. Andam em bando acusando terceiros, organizando tribunais de exceção no ambiente virtual. 


Como suas bandeiras precisam do caos pré-fabricado, eles vivem a espreita esperando por momentos delicados como esses para sair do lodo onde habitam. Sempre conseguem arregimentar alguns incautos para suas milícias. Essa alcateia de psicopatas não se importa com nada que não sua ideologia assassina. 

Temos que tomar cuidado para não nos igualarmos a eles. Só gente assim tem a audácia de supor que quem se solidariza com Paris não se importa com Mariana, Quênia, Beirute ou com os quase 60.000 homicídios anuais do Brasil. 

Pelo contrario, são os que fingem se importar com Mariana que não se importam com os 100 milhões de mortos por regimes totalitários de esquerda (o que não incluem os desastres de Chernobyl e do Mar do Aral). São os que dizem que o pior dos atentados não são as vítimas inocentes e suas famílias, mas sim a possibilidade da Direita conservadora sair fortalecida politicamente. 

São lobos travestidos de ovelhas.  Se há algo positivo nessa discussão, é que temos a possibilidade de identificar quem são os agentes do caos. 

Não, não há nenhuma oposição entre quem se solidariza com Mariana ou Paris. Toda essa discussão se resume a dois lados bem-definidos: a humanidade e a liberdade contra a estupidez e a barbárie.

Fonte: Reaça

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