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terça-feira, 5 de julho de 2016

Eu sou piedoso? – a 1ª questão para quem pensa em ser pastor

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Quando avaliamos o chamado para o ministério pastoral, a primeira questão que um homem deve perguntar é: Eu sou piedoso?

Os requisitos morais para um pastor são claramente especificados em 1 Timóteo 1.1-7, que diz:

“Fiel é a palavra: se alguém aspira ao episcopado, excelente obra almeja. É necessário, portanto, que o bispo seja irrepreensível, esposo de uma só mulher, temperante, sóbrio, modesto, hospitaleiro, apto para ensinar; não dado ao vinho, não violento, porém cordato, inimigo de contendas, não avarento; e que governe bem a própria casa, criando os filhos sob disciplina, com todo o respeito (pois, se alguém não sabe governar a própria casa, como cuidará da igreja de Deus?); não seja neófito, para não suceder que se ensoberbeça e incorra na condenação do diabo. Pelo contrário, é necessário que ele tenha bom testemunho dos de fora, a fim de não cair no opróbrio e no laço do diabo.”

Se você é como a maioria das pessoas, a lista de qualidades pode
parecer longe de ser alcançada. À primeira vista, essa passagem, juntamente com a passagem de Tito 1, parece deixar rapazes medianos fora de questão! Quem possivelmente consegue viver de acordo com tais requisitos?

Aqui estão duas coisas a considerar ao pensar sobre essa passagem. Primeiro, a maioria das qualidades que são listadas nessas passagens são, na verdade, mandamentos a todos os crentes, de certa maneira. Todo o cristão é chamado a ser “temperante, sóbrio, modesto, hospitaleiro” e “não dado ao vinho, não violento, porém cordato, inimigo de contendas, não avarento”, e que governe bem a própria casa “criando os filhos sob disciplina, com todo o respeito”. Não é como se pastores e presbíteros não podem se embebedar, enquanto outros crentes são livres para encher a cara como universitários na balada[1] !

Aqui está o meu ponto: o homem chamado ao ministério não é um tipo de super cristão que vive sob um código de conduta superior. Ele simplesmente é um homem chamado, dotado de dons que o capacitam a liderar o povo de Deus e com a graça que o permite ser um exemplo.

A segunda coisa a respeito dessa passagem é que o homem chamado pode acabar se aproximando dessas passagens com um padrão inflexível que demanda conformidade e pune desobediência. Se você se sente dessa maneira a respeito dessas passagens, você precisa entender algo muito importante: O chamado de Deus sobre um homem transmite a graça necessária para a piedade exigida.


Deixa-me explicar isso um pouco mais. Em 1 Timóteo 3 e Tito 1, nós vemos extraordinárias evidências da atividade de Deus precedendo toda clara evidência de chamado. Contudo considere o modo como Paulo usa o termo “seja” em 1 Timóteo 3.2. O bispo deve ser irrepreensível, temperante, sóbrio, modesto etc. O tempo presente permanece por toda a lista. Paulo não está apresentando uma lista de alvos a serem alcançados. Pelo contrário, ele está falando de qualidades que já estão presentes. Elas são pré-condições para um presbítero, não eventuais resultados a serem aguardados.

O que isso quer dizer, então? Que a graça de Deus está operando em certos homens a produzir certos tipos de vida. Identificar um homem chamado é primariamente observar graça já operante na vida de um homem. A graça radiando através da vida de um homem é um indicador de que ele é chamado.

Pode alguém atingir as qualificações do ministério pastoral? Sim, porque o chamado de Deus transmite graça. Se você é chamado, pode confiar que Deus já começou a trabalhar em você.

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