Quatro anos atrás, a coalizão liderada pelos Estados Unidos envolvida na guerra da Síria poderia ter destruído as armas químicas do governo de Bashar al Assad, mas o ex-presidente Obama desistiu do plano temendo suas repercussões.
O ataque com gás Sarin efetuado pelo exército sírio contra a aldeia de Khan Sheikhun, em Idlib, no norte do país esta semana matou 86 pessoas na terça-feira, incluindo 30 crianças.
Como represália, o presidente Donald Trump ordenou uma resposta militar na madrugada desta sexta-feira. Ao todo, 59 mísseis Tomahawk atingiram a base aérea de Shayrat, em Homs, de onde teria partido o ataque com armas químicas.
A decisão de Trump em abrir fogo contra as tropas sírias, aliadas da Rússia, representa uma guinada completa na política de Washington com relação à situação no Oriente Médio. Ela abre uma via de conflito com Moscou, que protege o regime de Assad, juntamente com Irã e Líbano.
Segundo analistas, essa é uma mensagem de advertência ao Irã e à Coreia do Norte: os Estados Unidos estão dispostos a enfrentar quem “ultrapassar seus limites”, uma vez que Trump afirmou ter agido para defender “interesses nacionais”.
A reação da Rússia foi imediata, classificando as ações dos EUA como “violação” do memorando assinado com a Rússia. O presidente Vladimir Putin afirma que se trata de um “ato ilegal de agressão”.
Igor Konashenkov, representante oficial do Ministério da Defesa russo, informou que a Rússia reforçará a defesa aérea da Síria.
“Para proteger as infraestruturas sírias mais sensíveis, no futuro mais próximo será realizado um conjunto de iniciativas para reforçar a eficácia do sistema de defesa antiaérea da Síria”, afirmou durante o briefing.
Ele sublinhou que, em resultado do ataque, além dos prédios da base aérea, foram destruídos 6 aviões Mig-32, bem como uma estação de radar. Além disso, quatro militares sírios morreram, dois desapareceram e seis sofreram ferimentos devido ao incêndio.
O conflito na Síria já dura sete anos e opõe EUA – que tem como aliados Arábia Saudita e Turquia, além de várias nações europeias – e Rússia, que junto com Irã e Líbano, apoiam Assad.
Oficialmente já são 320.000 mortos e 10 milhões de refugiados.
Para especialistas, a Síria é um “barril de pólvora” e qualquer passo em falso poderá motivar uma Terceira Guerra Mundial, uma vez que as principais potências estão envolvidas.
Consequência para Israel
Vizinha de Israel, a Síria não tem poderio militar para nenhum tipo de retaliação neste momento. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu aplaudiu a ação americana, aproveitando para lembrar o Irã, seu principal inimigo, das consequências de ações que “ultrapassem os limites”.
“Israel apoia plenamente a decisão do Presidente Trump e espera que esta mensagem ressoe não só em Damasco, mas em Teerã, em Pyongyang e em outros lugares”, enfatizou.
Nos últimos meses, Israel recebeu ataques vindos da Síria e sabia do contrabando de armas de grande porte para as milícias do Hezbollah, grupo terrorista libanês que ameaçou invadir, junto com forças iranianas e palestinas, o território israelense.
Desde que entrou para valer na guerra, no ano passado, a Rússia disse que não interferiria no conflito entre Israel e a aliança Irã e o Hezbollah Libanês. Na verdade, Israel foi impedida de atacar forças militares que lutavam aos lado dos sírios, mas conseguiu bombardear depósitos iranianos dedicados ao Hezbollah no Líbano e posições militares na porção síria das colinas de Golan.
Segundo o próprio Irã admite, há forças militares perto da fronteira com Israel sendo preparadas à margem dos combates, para o pós-guerra na Síria, que poderia incluir um avanço contra Israel na tentativa de retomar Golan, área disputada pelos dois países desde o final da guerra em 1967, mas anexadas pelo estado judeu em 1981.
“Israel apoia plenamente a decisão do Presidente Trump e espera que esta mensagem ressoe não só em Damasco, mas em Teerã, em Pyongyang e em outros lugares”, enfatizou.
Nos últimos meses, Israel recebeu ataques vindos da Síria e sabia do contrabando de armas de grande porte para as milícias do Hezbollah, grupo terrorista libanês que ameaçou invadir, junto com forças iranianas e palestinas, o território israelense.
Desde que entrou para valer na guerra, no ano passado, a Rússia disse que não interferiria no conflito entre Israel e a aliança Irã e o Hezbollah Libanês. Na verdade, Israel foi impedida de atacar forças militares que lutavam aos lado dos sírios, mas conseguiu bombardear depósitos iranianos dedicados ao Hezbollah no Líbano e posições militares na porção síria das colinas de Golan.
Segundo o próprio Irã admite, há forças militares perto da fronteira com Israel sendo preparadas à margem dos combates, para o pós-guerra na Síria, que poderia incluir um avanço contra Israel na tentativa de retomar Golan, área disputada pelos dois países desde o final da guerra em 1967, mas anexadas pelo estado judeu em 1981.
Phonte: Gospel Prime
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