Unico SENHOR E SALVADOR

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sexta-feira, 7 de abril de 2017

O remédio do evangelho para a homossexualidade


A Bíblia revela que o sexo foi criado por Deus e é bom. Foi ideia dele. Logo as primeiras palavras de Deus registradas e dirigidas à humanidade encapsulam os ensinamentos da Bíblia sobre o sexo: “Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra” (Gênesis 1.28). 

Este mandamento positivo demonstra que o sexo foi designado para glorificar a Deus, fortalecer o vínculo entre marido e mulher, ser experimentado exclusivamente entre um homem e uma mulher no relacionamento conjugal e propagar a raça humana.

Neste lado da queda, o sexo e a sexualidade são distorcidos em graus menores ou maiores. No entanto, hoje existe a controvérsia intensa sobre a homossexualidade nos círculos evangélicos e, cada vez mais, nas igrejas reformadas também. Não somente a homossexualidade é frequentemente apresentada como boa, mas também é apresentada como algo a ser buscado com a bênção de Deus. 

É alarmante que a aceitação do comportamento homossexual entre evangélicos professos esteja aumentando. Nós ouvimos de algumas pessoas que o tipo de relações homossexuais que vemos hoje (amorosas, monogâmicas) não são abordadas nas Escrituras. Embora essa tendência pareça continuar, essas visões revisionistas devem ser rejeitadas pelos seguidores de Jesus Cristo.

A Palavra de Deus é firme em sua visão negativa da homossexualidade e do desejo sexual pelo mesmo sexo. A Bíblia é o padrão infalível pelo qual devemos ver a homossexualidade e entender o remédio do evangelho para isso. Infelizmente, a confiabilidade da Bíblia nessa área tem sido questionada atualmente por muitos que reivindicam a fé cristã. 

Os cristãos que veem a Escritura como autoritativa e inspirada não devem aceitar esta visão diluída da Palavra de Deus. A Bíblia revela a posição de Deus a respeito dos problemas do coração humano, sendo a homossexualidade um dentre muitos.

Como os cristãos devem pensar sobre a homossexualidade? Nós precisamos compreendê-la de três maneiras. Primeiramente, a homossexualidade nas Escrituras é sempre mencionada em termos de uma ação, algo feito fisicamente com outra pessoa ou um padrão de pensamento interno e ativo da mente e do coração. 

A palavra grega mais usada para descrever a homossexualidade no Novo Testamento é arsenokoites, que se refere a um homem deitado com outro homem. Portanto, sempre que é mencionada, é sempre definida em termos de uma atividade, um comportamento ou uma pessoa que se envolve nesse comportamento do coração e corpo.

Em segundo lugar, a homossexualidade é chamada de pecado em todas as passagens onde é mencionada. É proibida e é expressamente considerada como contrária à vontade de Deus. As Escrituras afirmam isso claramente em Gênesis 19.4-9; Levítico 18.22, 20.13; 1T imóteo 1.9-10 e Judas 7. Romanos 1.24-27 também descreve a atividade da paixão e da luxúria centradas no coração, bem como o comportamento. Isto se refere a homens e mulheres. 

O comportamento é listado em 1Coríntios 6.9-11, onde também aprendemos que esta foi a história de alguns cristãos na igreja primitiva. Entre os que tinham experimentado a salvação havia ex-praticantes da homossexualidade.

Portanto, não só o comportamento homossexual do corpo e do coração é definido como pecado, mas também é retratado como consequência e efeito da queda. Referindo-se à realidade do sexo ilícito, Levítico 18.6-19 lista mais de uma dúzia de formas de pecado sexual, incluindo a homossexualidade e o sexo com animais. 

Novamente, a gravidade do pecado sexual, particularmente da homossexualidade, é fortemente declarada em Romanos 1.24-26, usando frases vívidas e terríveis como “concupiscências de seu próprio coração”, “paixões infames” e ter uma “disposição mental reprovável”. 

Isso em adição aos versículos em Judas que falam de “transformar em libertinagem a graça de nosso Deus” e de pessoas que “havendo-se entregado à prostituição... seguindo após outra carne”. Esta última designação está especificamente ligada ao que aconteceu em Sodoma e Gomorra.

Mas, Deus realmente deve comunicar que o mau uso do sexo nas formas acima mencionadas (e, por inferência, os desejos que levam a esse mau uso) é proibido e considerado como pecado? É claro. Nossos desejos, especialmente os nossos desejos sexuais, nunca são neutros. 

Ver o desejo pelo mesmo sexo como neutro, especialmente quando esse desejo objetifica a outra pessoa sexualmente ou vê a pessoa meramente como um objeto de paixão sexual, é entender mal a profundidade e a complexidade do pecado. 

Na Escritura, o coração é muitas vezes visto como o centro dos nossos desejos. Em Marcos 7.21, Jesus descreve o coração como o centro de toda imoralidade sexual e sensualidade. Essas inclinações são retratadas como coisas vis que vêm do interior. 

Ele está falando sobre desejo, seja o objeto desse desejo alguém do sexo oposto ou do mesmo sexo. Tiago 1.14-15 nos diz que somos atraídos e seduzidos por nossos desejos e que o desejo dá à luz o pecado. O desejo não é uma parte neutra do nosso ser, mas uma parte muito ativa dele.

Certamente essas perspectivas da Escritura são amplamente rejeitadas. Há um fator essencial na tentativa de legitimar a homossexualidade biblicamente. Em termos simples, na cultura de hoje, nossa sociologia está cada vez mais interpretando, definindo e determinando a nossa teologia. 

O que quero dizer com isso? Houve um tempo em que os crentes rotineiramente olhavam para a Bíblia, tanto para saber como pensar sobre as questões da vida quanto para encontrar soluções para os dilemas que enfrentavam, incluindo questões relacionadas ao sexo e à sexualidade. Isso não é mais assim. Hoje, o impacto e a influência da rede social de alguém e da experiência com amigos e familiares substituíram o que a Bíblia poderia dizer sobre esse assunto. 

Outro termo para entender esta transferência de autoridade e credibilidade para longe da Palavra de Deus em direção à experiência pessoal é a acomodação cultural. Hoje, parece que muitas pessoas acreditam que as Escrituras devem se curvar às nossas experiências ou às dos outros.

Devemos também notar que a homossexualidade nunca é descrita na Escritura como uma condição ou estado de existência. Ao contrário da ideia moderna de uma “orientação” homossexual inata — um termo usado frequentemente nos últimos vinte e cinco anos ou mais — esse conceito não é encontrado na Escritura. É assumido na Bíblia que podemos nos tornar inclinados ou “orientados” para qualquer coisa a que continuamente entregamos as nossas mentes e corações. Faça algo em pensamento ou em ação muitas vezes e por um período bastante longo, e isso se tornará enraizado em nós.

Contudo, precisamos ter cuidado com o pensamento simplista aqui, especialmente quando refletimos em nossa responsabilidade — algo que muitos não acreditam que têm quando se trata dos seus desejos pelo mesmo sexo ou do seu comportamento. Nós somos o produto das interações complexas de muitos fatores durante muitos anos. 

Por que alguns são propensos a qualquer número de persuasões psicossociais, incluindo ira, depressão ou dependência química? Eis a resposta: nem sempre escolhemos as nossas lutas ou tentações, embora assumamos a responsabilidade pelo que fazemos com elas. Elas se desenvolvem em nós através de uma interação complexa de temperamento, influências internas e externas, e de nossos próprios eus desejosos, arruinados e pecaminosos.

Nós facilmente e por natureza cooperamos com essas influências de modo que os hábitos do coração e o comportamento se tornem fortes e dominantes. Em certo sentido, somos a soma de milhares de pequenas decisões que tomamos. Nós temos cooperado com os nossos desejos cultivados. 

Assim, apesar dos fatores externos que podem ter estado envolvidos no desenvolvimento daquelas tentações que achamos particularmente atraentes, ainda assim somos responsáveis por ter vidas piedosas, inclusive na área da sexualidade.

Finalmente, precisamos entender que Deus oferece perdão, um testemunho limpo e restauração por meio de Jesus Cristo para todos os pecadores arrependidos, incluindo aqueles que têm um histórico de comportamento homossexual e outros pecados. 

Ele não somente nos perdoa por sermos propensos a abusar do seu dom do sexo e sexualidade, mas a sua graça verdadeiramente nos educa “para que, renegadas a impiedade e as paixões mundanas, vivamos, no presente século, sensata, justa e piedosamente” (Tito 2.11-12). 

Isso não significa necessariamente que podemos fingir que não usamos o sexo como parte de nossa história ou que os desejos sexuais ilícitos não continuarão a nos incomodar ou ser uma fonte de tentação, mas isso significa que a graça de Deus nos dá poder para viver de modo transformado como seguidores de Jesus Cristo. Ele nos capacita a resistir à tentação e a viver para sua glória.

Cristo é mediador dessa graça e capacita os crentes; mas a igreja, o corpo de Cristo, também desempenha um papel crucial. Ouvi um pastor dizer: “O arrependimento mata aquilo que está me matando, sem matar a mim mesmo”. Eu não conheço alguém que possa fazer isso sozinho. Aprender a andar em obediência e a mortificar o nosso pecado e nossa natureza pecaminosa nunca é algo a ser tentado sozinho ou isoladamente. A mudança bíblica é uma atividade comunitária. 

O chamado da igreja é oferecer apoio e encorajamento àqueles que experimentam atrações pelo mesmo sexo e outras tentações sexuais. Caminhar com aqueles que são tentados dessa maneira significa que ajudamos a suportar os fardos das suas lutas e tentações, oferecendo amizade e companheirismo, e ajudando-os a crer pela primeira vez ou crer novamente no evangelho todos os dias. 

Isso é o que Cristo faz por nós e é o que precisamos fazer por outros que estão lidando com o pecado sexual. Ao fazer isso, também seremos lembrados de que nós também somos perdoados por nossas transgressões.

Autor: John Freeman
Phonte: Ligonier Ministries

Tradução: Camila Rebeca Teixeira
Revisão: William Teixeira
Com Informações: Ministério Fiel

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