Mas a substância real deste falso ensino é que dos mortos não é inexistente entre a morte e a ressurreição. Isto é logicamente verdadeiro desta teoria e é assim admitido pelos adventistas, pelo menos. É
logicamente verdadeiro, porque um espírito dormente (se tal fosse possível) seria um espírito inexistente. A idéia de o espírito estar vivo e estar incônscio quando livre do corpo é o limite do absurdo.
É que este ensino vale pela inexistência do espírito mostrado está nas seguintes palavras de “Signs of the Times”, uma revista dos adventistas do sétimo dia (edição de 15 de dezembro de 1931):
“Seguramente nenhuma expressão mais vigorosa podia ser possivelmente usada para mostrar a completa cessação da existência do que esta, – Na morte “eu não serei” (Comentário de Jó 7:21, por Carlyle B. Haines, um dos seus escritores notáveis)”.
I. Os mortos não são inexistentes
O espírito é a natureza imaterial do homem olhando na direção de Deus.
“O espírito é a parte mais elevada, mais profunda e nobre do homem. Por ele está o homem ajustado para compreender coisas eternas e é, em suma, a casa que residem à fé e a Palavra de Deus. A … alma é este espírito, segundo a natureza, mas com tudo outra espécie de atividade, nomeadamente, nisto, que ela anima o corpo e opera por meio dele” (Lutero).
Algumas vezes as palavras para espírito, tanto no hebreu como no grego, denotam vento ou fôlego, mas que nem sempre são assim está evidenciado em Mat. 26:41; Lucas 23:46; Atos 7:59; 1 Cor. 2:11; 5:5; 7:34; 14:14 e 1 Tess. 5:23.
Estevão dormiu (Atos 7:59), mas o seu espírito não cessou de existir, porque Estevão o encomendou nas mãos de Jesus e um espírito inexistente não podia ser encomendado nas mãos de ninguém. Paulo descreveu a morte como um sono (1 Cor. 15:6; 1 Tess. 4:14), mas não ensinou a inexistência dos mortos.
E vida eterna é isenção da segunda morte.
13. A representação da imortalidade como algo a ser alcançado, não prova que os que não a alcançaram não tem existência eterna
Os justos falecidos estão com o Senhor. Isto está provado pelas seguintes passagens:
“Enquanto estamos no corpo ausente do Senhor… porém temos confiança e desejamos muito deixar este corpo e habitar com o Senhor” (2 Cor. 5:6-8).
Assim, para os justos, estar ausente do corpo, isto é, estar naquele estado ocasionado pela morte é estar na presença do Senhor. “Estou apertado entre os dois, desejando partir e estar com Cristo” (Fil. 1:23). Paulo não podia decidir se ele preferia permanecer na carne, isto é, continuar a viver aqui na terra, ou morrer para estar com Cristo. Assim, para os justos, uma partida desta vida é uma entrada à presença de Cristo.
O ladrão arrependido moribundo ouviu de Jesus: “Hoje estarás comigo no paraíso”. O paraíso é o terceiro céu dos judeus, o lugar do trono de Deus (2 Cor. 12:2,4). Mais prova disto encontra-se no fato de a árvore da vida estar no paraíso (Apoc. 2:7), e perto do trono de Deus (Apoc. 22:1,2).
Pode ser, como crêem alguns, que, até a morte de Cristo, os justos não foram à presença de Deus senão a um lugar intermediário de felicidade. Conquanto isso possa ser, as passagens supra mostram que os justos agora vão imediatamente à presença do Senhor através da morte.
III. Os falecidos ímpios estão em tormento cônscio e ardente
Este fato também está patente, como já o frisamos, nas palavras de Judas no verso 7 de sua epístola a respeito dos habitantes de Sodoma e Gomorra. Ele os descreve como “sofrendo (tempo presente) a vingança do fogo eterno”.
O lugar onde os ímpios estão confinados é chamado uma prisão (1 Ped. 3:19). São criminosos condenados esperando na prisão até ao tempo de serem colocados na eterna penitenciária de Deus, o lago de fogo (Apoc. 20:15). Isto é para ter lugar no juízo do grande trono branco, tempo em que tanto o corpo como as almas dos ímpios serão lançados no fogo (Mat. 10:28).
IV. Nenhuma provação depois da morte
As passagens dadas para substanciarem este ensino são: Mat. 5:26; 12:32; 1 Cor. 3:13-15; Apoc. 21:27; 1 Ped. 3:19.
Antes de abreviadamente comentar estas passagens, oportuno é observar a justificação e salvação totalmente de graça por meio da fé em Cristo.
Quanto às passagens empregadas para substanciarem a doutrina do Purgatório: Mat. 5:26 é para ser manifestamente considerada como se referindo à prisão romana. Mat. 12:32 faz simplesmente “uma declaração forte e expandida” que a blasfêmia contra o Espírito Santo não será jamais perdoada.
A segunda forma desta noção de provação depois da morte jaz principalmente em:
2. A crença que CRISTO pregou aos ímpios falecidos.
Deve ser admitido que as traduções comuns de 1 Ped. 3:19,20, emprestam encorajamento a esta crença; mas, mesmo nisso, estranho é que Jesus tivesse pregado somente aos que foram desobedientes durante os dias de Noé, ou que, se a todos foi pregado, apenas oito almas fossem mencionadas.
E não pode insistir-se sobre o verbo “foi” como indicando que Jesus veio em contato pessoal com os espíritos em prisão.
“Grande peso se tem dado a esta palavra em sustento da idéia que Cristo foi em prisão a prisão dos perdidos; mas a palavra não implica necessariamente locomoção pessoal” (N. M. Williams, Comment. In loco).
Acham-se em Gen. 11:5-7 e Efe. 2:17 casos de uma palavra igual em que não se indica locomoção pessoal.
Mas, ainda mais, não é em absoluto necessário traduzir o verso 20 como nas traduções comuns.
Pode ser perguntado porque a versão do Rei Tiago, a Revista e as versões da União Bíblia, todas traduzem esta construção com uma clausula relativa. Respondemos que isto, evidentemente, é por causa da influência da Vulgata e a parcialidade teológica da cristandade que tem favorecido a noção de provação depois da morte.
1 Pedro 4:6 , que é outra passagem empregada para ensinar a provação depois da morte, significa que o Evangelho foi pregado aos mortos enquanto estiveram vivos.
Autor: Compilado Diversos
I. Os mortos não são inexistentes
Contra esta teoria afirmamos e nos comprometemos provar pelas Escrituras que o espírito do homem não cessa de existir na morte. Pelo termo “espírito” queremos dizer a natureza imaterial do homem no seu parentesco mais elevado. Empregamos o termo “espírito” de preferência ao termo “alma” porque cremos que espírito melhor expressa a parte imaterial do homem em distinção da vida corporal.
“A parte imaterial do homem encarada como uma vida individual e cônscia, capaz de possuir e animar um organismo físico é chamada psuche (alma); como um agente racional e moral, suscetível de influência e moradia divinas, esta mesma parte imaterial chama-se pneuma (espírito)”
“A parte imaterial do homem encarada como uma vida individual e cônscia, capaz de possuir e animar um organismo físico é chamada psuche (alma); como um agente racional e moral, suscetível de influência e moradia divinas, esta mesma parte imaterial chama-se pneuma (espírito)”
(A. H. Strong).
O espírito é a natureza imaterial do homem olhando na direção de Deus.
“O espírito é a parte mais elevada, mais profunda e nobre do homem. Por ele está o homem ajustado para compreender coisas eternas e é, em suma, a casa que residem à fé e a Palavra de Deus. A … alma é este espírito, segundo a natureza, mas com tudo outra espécie de atividade, nomeadamente, nisto, que ela anima o corpo e opera por meio dele” (Lutero).
“A alma é o espírito modificado pela união com o corpo” (Hovey).
Algumas vezes as palavras para espírito, tanto no hebreu como no grego, denotam vento ou fôlego, mas que nem sempre são assim está evidenciado em Mat. 26:41; Lucas 23:46; Atos 7:59; 1 Cor. 2:11; 5:5; 7:34; 14:14 e 1 Tess. 5:23.
Estudem os interessados estas passagens e substituam espírito por fôlego e vejam que sorte de sentido se forma. Então sabemos que espírito pode significar mais que fôlego, porque “Deus é espírito” (João 4:24).
1. A morte física não acarreta a inexistência do espírito do homem, porque o espírito não está sujeito à morte física.
1. A morte física não acarreta a inexistência do espírito do homem, porque o espírito não está sujeito à morte física.
Temos a prova disto em Mat. 10:28. Se o homem não pode matar o espírito, então a morte física não tem poder para dar cabo da existência do espírito. O homem pode matar qualquer coisa que esteja sujeita à morte física.
Na morte física o corpo cessa de funcionar e começa a desintegrar-se, o homem cessa de ser uma “alma vivente” no sentido distinto do vocábulo “alma”. Ma o espírito não pode ser mata do e dele nunca se fala como cessar na morte.
Em vez achamos Jesus, ao morrer, entregando o Seu espírito nas mãos de Deus e Estevão entregando o seu espírito nas mãos de Jesus (Lucas 23:46; Atos 7:59). A morte física é meramente a separação do espírito do corpo.
2. A representação da morte como um sono não ensina que o espírito dorme e que é, portanto, inexistente.
2. A representação da morte como um sono não ensina que o espírito dorme e que é, portanto, inexistente.
O sono é puramente um fenômeno físico. A morte é sono só por analogia, não atualmente. E a analogia está na aparência do corpo, não no estado quer do corpo quer do espírito. No sono o espírito ainda está unido com o corpo e, portanto, condicionado por ele. Mas, na morte, como todos são forçados a admitir, espírito e corpo estão separados e o espírito separado do corpo não está mais condicionado pelo corpo.
Estevão dormiu (Atos 7:59), mas o seu espírito não cessou de existir, porque Estevão o encomendou nas mãos de Jesus e um espírito inexistente não podia ser encomendado nas mãos de ninguém. Paulo descreveu a morte como um sono (1 Cor. 15:6; 1 Tess. 4:14), mas não ensinou a inexistência dos mortos.
Paulo considerou a morte, não como uma cessação da existência, mas como uma partida para estar com Cristo (Fil. 1:23). Estando ausente do corpo, Paulo quis dizer, não inexistente, mas presente com o Senhor (2 Cor. 5:6). Aquilo que é inexistente não pode estar presente em lugar algum ou com pessoa alguma.
3. A referência aos ímpios mortos como “espírito em prisão” mostra que os mortos não são inexistentes (1 Ped. 3:20).
3. A referência aos ímpios mortos como “espírito em prisão” mostra que os mortos não são inexistentes (1 Ped. 3:20).
Um espírito inexistente é uma não entidade e uma não entidade não pode estar em qualquer lugar, porque ser é existir.
4. Moisés não cessou de existir quando ele morreu, porque séculos depois ele apareceu com CRISTO no Monte Da Transfiguração (Mat. 17:3)
4. Moisés não cessou de existir quando ele morreu, porque séculos depois ele apareceu com CRISTO no Monte Da Transfiguração (Mat. 17:3)
Dirão alguns que Moisés foi ressuscitado imediatamente depois do enterro? Se sim, por eles está esperando uma refutação em 1 Cor. 15:20. Sendo Cristo as primícias dos mortos proíbe a teoria de Moisés ter sido ressuscitado logo depois do seu enterro.
5. Os habitantes de Sodoma e Gomorra não cessaram de existir quando morreram (Judas 7).
5. Os habitantes de Sodoma e Gomorra não cessaram de existir quando morreram (Judas 7).
Judas os descreve nos tempos do Novo Testamento como “sofrendo a vingança do fogo eterno”. A palavra sofrendo nesta passagem é um particípio presente, que expressa ação durativa progressiva. E que isto não é um presente histórico está mostrado pelo tempo presente do verbo “são postos.”
6. O Rico e o Lázaro não cessaram de existir quando morreram (Lucas 16:19-31).
6. O Rico e o Lázaro não cessaram de existir quando morreram (Lucas 16:19-31).
Isto não é uma parábola, mas pouco importa que fosse. O Filho de Deus não recorreu a desvirtuamentos mesmo em parábolas. Todas as Suas parábolas são verdadeiras a fatos.
7. CRISTO e o Ladrão não cessaram de existir quando morreram.
7. CRISTO e o Ladrão não cessaram de existir quando morreram.
Cristo não estava dependendo do corpo para a vida, porque Ele viveu antes que tivesse um corpo (João 1:1, 2, 14). E, na cruz, Cristo asseverou que Ele e o ladrão estariam naquele dia juntos no paraíso. Espírito inexistente não podiam estar em lugar algum, muito menos juntos.
8. Os espíritos que João viu debaixo do altar não tinham cessado de existir (Apoc. 6:9).
9. A Ressurreição prova que os mortos agora estão existentes.
8. Os espíritos que João viu debaixo do altar não tinham cessado de existir (Apoc. 6:9).
9. A Ressurreição prova que os mortos agora estão existentes.
Se fosse inexistente, então seria necessário haver uma recriação em vez de uma ressurreição. E isto destruiria totalmente a base de recompensas, porque os que surgissem da sepultura seriam indivíduos diferentes daqueles que trabalham obras aqui neste mundo.
10. O fato de os mortos bem aventurados não terem atingido o seu mais alto estado de beatitude, e devem ainda passar pela Ressurreição, não prova que eles sejam agora inexistentes.
10. O fato de os mortos bem aventurados não terem atingido o seu mais alto estado de beatitude, e devem ainda passar pela Ressurreição, não prova que eles sejam agora inexistentes.
“Aquela bem aventurada esperança” (Tito 2:13; 1 João 3:2,3) é a união do espírito com o corpo glorificado. Somente isto trará a satisfação completa da aspiração do crente (Sal. 17:15).
Mas Deus escolheu adiar a realização desta esperança até um tempo por vir. E enquanto o estado desencarnado não é o ideal, todavia é melhor do que continuar na carne (Fil. 1:23); e os eu estão neste estado estão presentes com o Senhor (2 Cor. 5:8).
11. O fato que os ímpios falecidos ainda estão para ser julgados e lançados no Lago De Fogo não prova que eles agora sejam inexistentes.
11. O fato que os ímpios falecidos ainda estão para ser julgados e lançados no Lago De Fogo não prova que eles agora sejam inexistentes.
Aprouve a Deus confirmar os espíritos dos ímpios falecidos em prisão (Isa. 24:22; 1 Ped. 3:19), finalmente trazê-los e destiná-los juntos ao lago de fogo (Apoc. 20:11-15); mas que os ímpios falecidos já estão em tormento cônscio de fogo mostramo-lo previamente (Lucas 16:19-31; Judas 7). A miséria final dos ímpios, como a felicidade dos justos, espera a ressurreição do corpo, em cujo tempo os ímpios serão lançados, tanto corpo como alma, no inferno (Mat. 10:28).
12. O fato de a Vida Eterna ser recebida pela fé não prova que os que a não possuem não tem Existência Eterna.
12. O fato de a Vida Eterna ser recebida pela fé não prova que os que a não possuem não tem Existência Eterna.
A vida eterna nas escrituras quer dizer mais do que existência eterna. Está em contraste com morte espiritual (João 5:24; Efe. 2:1; Col. 2:13; 1 João 3:14). A morte espiritual é escravidão íntima num estado de pecado e separação de Deus, no qual alguém está privado de vida espiritual divina, conquanto possua vida do espírito humano. A vida eterna é liberdade e comunhão com Deus .
“A morte espiritual faz alguém sujeito à segunda morte, a qual é uma continuação da morte espiritual numa outra existência sem tempo” (E. G. Robinson).
“A morte espiritual faz alguém sujeito à segunda morte, a qual é uma continuação da morte espiritual numa outra existência sem tempo” (E. G. Robinson).
E vida eterna é isenção da segunda morte.
13. A representação da imortalidade como algo a ser alcançado, não prova que os que não a alcançaram não tem existência eterna
Rom. 2:7 e 1 Cor. 15:53 tem referência ao corpo. O corpo se descreve como sendo mortal, mas o espírito nunca. Revestir-se de imortalidade no sentido da Escritura supra é receber um corpo imortal e, portanto, passar aquele estado no qual não podemos mais ser afetado pela morte. Este se revestir de imortalidade é a junção de um corpo imortal com um espírito imortal.
14. A imputação de eternidade só a DEUS (1 Tim. 6:16) não quer dizer que outros não possuem existência infinita.
14. A imputação de eternidade só a DEUS (1 Tim. 6:16) não quer dizer que outros não possuem existência infinita.
A passagem acima quer dizer que só Deus é totalmente imortal em todas as partes do Seu Ser e não afetado pela morte, que só Ele possui imortalidade não derivada e independente. Ao passo que o homem é imortal quanto a uma só parte de sua natureza, sua imortalidade, tanto do espírito como do corpo, deriva-se de Deus.
O caso de Elias é uma resposta suficiente ao argumento de “dormentes d`alma” sobre esta passagem. Elias cessou de existir em qualquer tempo? Se não, ele tinha existência imortal.
15. Os enunciados de JESUS em João 3:13 e 13:33 não ensinam que os justos falecidos são inexistentes.
15. Os enunciados de JESUS em João 3:13 e 13:33 não ensinam que os justos falecidos são inexistentes.
A escritura deve ser interpretada à luz da Escritura. Portanto, a primeira passagem supra não pode ser tomada com absoluta literalidade. Porque em 2 Reis 2:2,11 assevera-se duas vezes que Elias foi recebido no céu. O sentido da afirmação de Cristo aqui, então, não pode ser mais do que ter Jesus só ascendido ao céu e voltado para revelar os mistérios a Ele comunicados lá.
A segunda passagem é explicada pelo verso 36. Cristo quis dizer, meramente, que, entrementes, aqueles a quem Ele estava falando não podiam seguir; não que eles nunca O seguiriam, porque nesse caso eles nunca podiam ir ao céu.
16. O enunciado de Pedro em Atos 2:34 não quer dizer que Davi era inexistente.
16. O enunciado de Pedro em Atos 2:34 não quer dizer que Davi era inexistente.
Este enunciado sobre Davi está elucidado pelo de Cristo a Maria Madalena a respeito de Si mesmo (João 20:17). Cristo disse: “Ainda não subi a meu Pai”.
Mas o espírito de Cristo ascendera ao Pai (Lucas 23:43,46; Apoc. 2:7; 22:1,2). O significado então do enunciado de Pedro a respeito de Davi e o Cristo sobre Si mesmo é que eles não tinham ascendido em corpo.
17. As escrituras do Velho Testamento não provam a inexistência dos mortos.
17. As escrituras do Velho Testamento não provam a inexistência dos mortos.
A Escritura deve ser explicado pela Escritura. As revelações incompletas e indistintas do Velho Testamento devem ser explicadas pelas revelações mais amplas e mais claras do Novo Testamento.
E à luz destas últimas algumas afirmações no Velho Testamento concernentes ao estado dos mortos podem ser tomadas somente como a linguagem de aparência. Escritores do Velho Testamento, não tendo uma revelação clara concernente ao estado dos mortos, muitas vezes falaram dos mortos do ponto de vista desta vida. É neste sentido que devemos entender passagens tais como Jó 3:11-19; 7:21,22; Sal. 6:5; 88:11,12; 115:17; Ecles. 3:19,20; 9:10; Isa. 38:18.
II. Os justos falecidos estão “cônscios” com o SENHOR
II. Os justos falecidos estão “cônscios” com o SENHOR
Já aludimos ao estado tanto dos justos como dos ímpios falecidos. Mas, por causa da clareza, restabelecemos o ensino da Escritura sobre este assunto.
Os justos falecidos estão com o Senhor. Isto está provado pelas seguintes passagens:
“Enquanto estamos no corpo ausente do Senhor… porém temos confiança e desejamos muito deixar este corpo e habitar com o Senhor” (2 Cor. 5:6-8).
Assim, para os justos, estar ausente do corpo, isto é, estar naquele estado ocasionado pela morte é estar na presença do Senhor. “Estou apertado entre os dois, desejando partir e estar com Cristo” (Fil. 1:23). Paulo não podia decidir se ele preferia permanecer na carne, isto é, continuar a viver aqui na terra, ou morrer para estar com Cristo. Assim, para os justos, uma partida desta vida é uma entrada à presença de Cristo.
O ladrão arrependido moribundo ouviu de Jesus: “Hoje estarás comigo no paraíso”. O paraíso é o terceiro céu dos judeus, o lugar do trono de Deus (2 Cor. 12:2,4). Mais prova disto encontra-se no fato de a árvore da vida estar no paraíso (Apoc. 2:7), e perto do trono de Deus (Apoc. 22:1,2).
Pode ser, como crêem alguns, que, até a morte de Cristo, os justos não foram à presença de Deus senão a um lugar intermediário de felicidade. Conquanto isso possa ser, as passagens supra mostram que os justos agora vão imediatamente à presença do Senhor através da morte.
III. Os falecidos ímpios estão em tormento cônscio e ardente
Está isto mostrado na história do rico e Lázaro (Lucas 16:19-31). Respondem alguns que isto é somente uma parábola. Mas não há, sequer, um indício que o seja. E o fato se estar nomeado o nome de uma pessoa envolvida é incoerente com todas as outras parábolas. Mas suponde que é uma parábola, Cristo torceu fatos nas Suas parábolas?
Que propósito podia Ele ter tido em assim fazer?
Uma caricatura de fatos na passagem em foco não ensina um erro? Os que buscam fugir a isto com fundamento que é uma parábola mostram o desespero de sua teoria com uma semelhante miserável escapatória.
Este fato também está patente, como já o frisamos, nas palavras de Judas no verso 7 de sua epístola a respeito dos habitantes de Sodoma e Gomorra. Ele os descreve como “sofrendo (tempo presente) a vingança do fogo eterno”.
O lugar onde os ímpios estão confinados é chamado uma prisão (1 Ped. 3:19). São criminosos condenados esperando na prisão até ao tempo de serem colocados na eterna penitenciária de Deus, o lago de fogo (Apoc. 20:15). Isto é para ter lugar no juízo do grande trono branco, tempo em que tanto o corpo como as almas dos ímpios serão lançados no fogo (Mat. 10:28).
IV. Nenhuma provação depois da morte
A noção que há provação depois da morte toma duas formas. Contém-se a primeira em:
1. O ensino católico sobre o purgatório.
“A Igreja Católica ensina a existência do Purgatório, onde aqueles que morrem com leves pecados nas suas almas, ou que não satisfazem a punição temporal devida aos seus pecados estão detidos até que se purifiquem suficientemente para entrar no céu” (O que a Bíblia protestante ensina sobre a Igreja Católica, Patterson).
1. O ensino católico sobre o purgatório.
“A Igreja Católica ensina a existência do Purgatório, onde aqueles que morrem com leves pecados nas suas almas, ou que não satisfazem a punição temporal devida aos seus pecados estão detidos até que se purifiquem suficientemente para entrar no céu” (O que a Bíblia protestante ensina sobre a Igreja Católica, Patterson).
As passagens dadas para substanciarem este ensino são: Mat. 5:26; 12:32; 1 Cor. 3:13-15; Apoc. 21:27; 1 Ped. 3:19.
Antes de abreviadamente comentar estas passagens, oportuno é observar a justificação e salvação totalmente de graça por meio da fé em Cristo.
Vimos que Deus não cobra pecados ao crente (Rom. 4:8; 8:33). O crente foi eternamente quitado de todo pecado. Mais ainda, Heb. 9:27 implica claramente que não é possível nenhuma mudança entre a morte e o juízo. Estas passagens, para não mencionar muitas outras, mostram que o Purgatório é uma invenção humana.
Quanto às passagens empregadas para substanciarem a doutrina do Purgatório: Mat. 5:26 é para ser manifestamente considerada como se referindo à prisão romana. Mat. 12:32 faz simplesmente “uma declaração forte e expandida” que a blasfêmia contra o Espírito Santo não será jamais perdoada.
Achar aqui a insinuação em que alguns pecados possam ser perdoados no porvir é fundar uma doutrina de longo alcance sobre uma inferência incerta. Semelhante doutrina, se verdadeira, acharia certamente afirmação mais clara do que a que esta passagem proporciona.
Em 1 Cor. 3:13-15 temos apenas uma forte alusão ao teste das obras humanas nos dias de Cristo. Não há aqui nenhuma purificação ou purgamento, como os católicos supõem ocorrer no Purgatório, mas somente um desejo de obras inaceitáveis. Apoc. 21:27 declara somente que os ímpios não podem entrar em a Nova Jerusalém.
O espírito e o corpo glorificado do crente não tem pecado. O espírito se purifica de todo pecado na regeneração. A última passagem (1 Ped. 3:19) será estudada no próximo título.
A segunda forma desta noção de provação depois da morte jaz principalmente em:
2. A crença que CRISTO pregou aos ímpios falecidos.
Baseia-se a crença em 1 Ped. 3:19,20.
Esta forma da noção de provação depois da morte é diferente do ensino católico do purgatório, em que ela inclui somente incrédulos, ao passo que o ensino católico inclui somente crentes, como tendo provação.
Segundo esta forma da doutrina de provação depois da morte, os incrédulos terão a oportunidade de se arrependerem e serem salvos depois da morte. Isto está discutido em extenso em What Happens After Death!(O Que Acontece Depois da Morte!) por William Striker, publicado pela Sociedade de Tratados Americana.
Deve ser admitido que as traduções comuns de 1 Ped. 3:19,20, emprestam encorajamento a esta crença; mas, mesmo nisso, estranho é que Jesus tivesse pregado somente aos que foram desobedientes durante os dias de Noé, ou que, se a todos foi pregado, apenas oito almas fossem mencionadas.
E não pode insistir-se sobre o verbo “foi” como indicando que Jesus veio em contato pessoal com os espíritos em prisão.
“Grande peso se tem dado a esta palavra em sustento da idéia que Cristo foi em prisão a prisão dos perdidos; mas a palavra não implica necessariamente locomoção pessoal” (N. M. Williams, Comment. In loco).
Acham-se em Gen. 11:5-7 e Efe. 2:17 casos de uma palavra igual em que não se indica locomoção pessoal.
Mas, ainda mais, não é em absoluto necessário traduzir o verso 20 como nas traduções comuns.
A idéia de desobediência nesta passagem expressa-se em grego por um particípio aoristo sem o artigo, apiethesasi; e, enquanto é verdade que o particípio sem o artigo pode ser traduzido atributivamente, isto é, como livremente equivalente a uma clausula relativa, contudo, isto é a exceção mais que a regra.
A regra é que o particípio sem o artigo é empregado predicativamente, exigindo uma clausula temporal para a sua tradução.
Segundo a regra, então, a primeira clausula do v. 20 devera ser traduzida “quando primeiramente foram desobedientes”, indicando que a pregação ocorreu (pelo espírito de Cristo operando por Noé) no tempo da desobediência e não dois mil anos depois.
Pode ser perguntado porque a versão do Rei Tiago, a Revista e as versões da União Bíblia, todas traduzem esta construção com uma clausula relativa. Respondemos que isto, evidentemente, é por causa da influência da Vulgata e a parcialidade teológica da cristandade que tem favorecido a noção de provação depois da morte.
Mas o Novo Testamento está em toda parte oposto à idéia de provação depois da morte, sem a qual esta suposta pregação aos ímpios falecidos foi inútil. Tal provação não é precisa para vindicar a justiça de Deus, porque mesmo os pagãos sem o evangelho estão “sem desculpa” (Rom. 1:20).
1 Pedro 4:6 , que é outra passagem empregada para ensinar a provação depois da morte, significa que o Evangelho foi pregado aos mortos enquanto estiveram vivos.
Autor: Compilado Diversos
Phonte: Estudos Gospel
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