Noa Pothoven
É chocante ler a notícia sobre a morte por eutanásia da jovem Noa Pothoven (de 17 anos), que foi violentada sexualmente aos 11 anos e estuprada por dois homens quando tinha 14 anos. Noa foi aprovada para a eutanásia com base em sofrimento insuportável.
É uma resposta normal para uma mulher, que foi estuprada e violentada, sentir que seu sofrimento é insuportável, mas matá-la por drogas letais é abandono.
O Dr. Gordon Macdonald, diretor-executivo da entidade Care Not Killing Alliance, do Reino Unido, respondeu afirmando:
Isso acontece porque, uma vez que você aceita que algumas vidas não são dignas de proteção e devem ser eliminadas, é apenas uma questão de quais vidas e quais condições devem servir de qualificações para o suicídio assistido ou a eutanásia.
Na Holanda, onde esse último caso trágico ocorreu, houve um aumento constante no número de mortes por eutanásia, que em 2017 representaram mais de quatro por cento de todas as mortes. Ao mesmo tempo, assistimos a uma dramática escalada na gama de condições, que atendem ao limite médico e legal.
Um artigo de Miranda Aldersley publicado no jornal britânico Daily Mail descreveu o triste caso:
A adolescente holandesa de Arnhem achava que a vida se tornara insuportável e ela não conseguia mais continuar depois de ser atacada e agredida sexualmente em três ocasiões diferentes, começando quando tinha apenas 11 anos de idade.
Noa Pothoven
O artigo então cita o caso no jornal De Gelderlander:
De acordo com o jornal holandês De Gelderlander, os pais de Noa não tinham idéia de que ela não estava bem até que sua mãe descobriu em seu quarto um envelope de plástico cheio de cartas de despedida para seus pais, amigos e conhecidos.
“Eu estava em choque,” Lisette disse ao De Gelderlander. “Não entendemos isso. Noa é doce, bonita, inteligente, social e sempre alegre. Como é possível que ela queira morrer? Nós nunca recebemos uma resposta real. Acabamos de saber que a vida dela não era mais significativa. Por apenas um ano e meio soubemos o segredo que ela levou consigo ao longo dos anos.”
Esse segredo, como descrito em seu livro, foi que Noa foi violentada na festa de um colega de escola quando tinha 11 anos e um ano depois na festa de outro adolescente.
Aos 14 anos, ela foi estuprada por dois homens no bairro Arnhem de Elderveld — mas ficou quieta “por medo e vergonha.” “Eu revivo o medo, essa dor todos os dias,” disse ela no ano passado. “Sempre com medo, sempre em guarda. E até hoje meu corpo ainda se sente sujo. Minha casa, que é meu corpo, sofreu arrombamento e invasão e não dá jamais para se desfazer isso.”
É claro que Noa estava vivendo com dor e sofrimento inacreditáveis, mas outras jovens que sofreram abuso semelhante também estão sofrendo. Os médicos da clínica de eutanásia a abandonaram, causando sua morte e negando a ela a oportunidade de se curar.
Eu também estou preocupado que desde que Noa morreu por uma “morte medicamente assistida,” então outras jovens, que foram sexualmente agredidas, estupradas e violentadas, também exigirão a morte por drogas letais.
A triste realidade da eutanásia é que matar leva a mais matanças.
Traduzido por Julio Severo do original em inglês do blog de Alex Schadenberg: Euthanasia death of 17 year-old rape victim in the Netherlands
Phonte: www.juliosevero.com
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