por Fabio Blanco
Algumas pessoas que dizem me admirar e gostam do meu trabalho costumam falar que não entendem como posso gostar do presidente e defendê-lo. Elas acham que é algo indigno para mim. Creem inclusive que isso pode me prejudicar, de alguma maneira.
O que elas não entendem, porém, que a defesa que faço desse governo não tem nada a ver com gosto pessoal, nem com identificação ideológica. É apenas o resultado daquilo que tenho visto.
O fato é que eu percebo, com muita clareza, que o problema dos que atacam Bolsonaro, nunca teve a ver com o que ele fez ou faz. O problema é quem o Bolsonaro é. Porque, se as pessoas fossem honestas e fizessem as devidas comparações entre o governo atual e os que
se passaram, constatariam que não há paralelos possíveis.
Todos os governos pós-militares caracterizaram-se pelo uso da máquina pública como moeda de troca em favor de seu próprio poder ou, como agora se diz, em favor de sua governabilidade. Eram cargos loteados, emendas distribuídas, empresas estatais entregues nas mãos de políticos – tudo para que o governo pudesse implantar sua agenda sem o entrave de ter de lutar por apoio dos congressistas. Com esse apoio devidamente comprado, tudo ficava muito mais fácil.
Tanto que os governos anteriores agiram como “rolos compressores” – expressão usada constantemente para explicar a forma como os projetos governamentais eram votados na Câmara e no Senado, passando por cima de qualquer tentativa de oposição que se levantasse. Isso, obviamente, favoreceu muito a corrupção, que alcançou níveis inimagináveis, principalmente nos governos petistas.
Houve ainda, na era do Partido dos Trabalhadores, algo ainda mais absurdo: o financiamento de ditaduras estrangeiras. Isso porque o Brasil foi a ponta-de-lança de um projeto de implantação de um novo socialismo na América Latina e, para isso, seu dinheiro era essencial para sustentá-lo.
Essa foi a nossa realidade até 2018. Então, o povo brasileiro coloca na cadeira presidencial um político outsider, alguém que possui um discurso único e que nunca participou de qualquer um desses esquemas políticos tradicionais brasileiros.
No entanto, ele não é uma figura facilmente palatável. Para os mais sensíveis, um grosseirão; para os mais sofisticados, um simplório; para os esquerdistas, um direitista incurável; para os que se consideram inteligentes, um ignorante.
Mas esse presidente fora dos padrões faz algo que jamais havia sido tentado nestas terras: nomeia seus subordinados apenas com base em suas capacidades técnicas. Além disso, não distribui quaisquer cargos ou postos estratégicos para obter apoio político. Simplesmente, ele fecha a torneira da corrupção brasileira, tão dependente dos negócios ligados ao governo federal. Sua esperança é começar uma nova forma de fazer política no Brasil, baseada em critérios menos políticos, na verdade.
Mas o sistema político brasileiro aprendeu a depender dos esquemas ligados à burocracia de Brasília e não aceita essa nova forma de conduzir o país. Incomodado com o fato de não não haver mais o fluxo do dinheiro que sempre alimentou a política brasileira, começa a fazer de tudo para inviabilizar o Poder Executivo. Assim, em movimentos coordenados entre os Poderes Legislativo e Judiciário, nenhum projeto vindo da presidência é aprovado, decretos são derrubados, atos proibidos e mesmo ações cotidianas são suspensas.
Com a ajuda da grande mídia, começa, então, uma campanha incessante de difamação e inviabilização, como jamais vista na história brasileira, contra um governo. Todos as engrenagens do sistema político começam a se movimentar para tornar o exercício da presidência impossível.
Surgem, então, as acusações. No entanto, não são acusações de corrupção semelhantes as que aconteciam anteriormente. Não se fala de grandes esquemas de loteamento de cargos, nem de compra de parlamentares, nem de vendas de leis, nem de esfacelamento de estatais, muito menos de qualquer financiamento de ditaduras.
Mas esse presidente fora dos padrões faz algo que jamais havia sido tentado nestas terras: nomeia seus subordinados apenas com base em suas capacidades técnicas. Além disso, não distribui quaisquer cargos ou postos estratégicos para obter apoio político. Simplesmente, ele fecha a torneira da corrupção brasileira, tão dependente dos negócios ligados ao governo federal. Sua esperança é começar uma nova forma de fazer política no Brasil, baseada em critérios menos políticos, na verdade.
Mas o sistema político brasileiro aprendeu a depender dos esquemas ligados à burocracia de Brasília e não aceita essa nova forma de conduzir o país. Incomodado com o fato de não não haver mais o fluxo do dinheiro que sempre alimentou a política brasileira, começa a fazer de tudo para inviabilizar o Poder Executivo. Assim, em movimentos coordenados entre os Poderes Legislativo e Judiciário, nenhum projeto vindo da presidência é aprovado, decretos são derrubados, atos proibidos e mesmo ações cotidianas são suspensas.
Com a ajuda da grande mídia, começa, então, uma campanha incessante de difamação e inviabilização, como jamais vista na história brasileira, contra um governo. Todos as engrenagens do sistema político começam a se movimentar para tornar o exercício da presidência impossível.
Surgem, então, as acusações. No entanto, não são acusações de corrupção semelhantes as que aconteciam anteriormente. Não se fala de grandes esquemas de loteamento de cargos, nem de compra de parlamentares, nem de vendas de leis, nem de esfacelamento de estatais, muito menos de qualquer financiamento de ditaduras.
São acusações bem mais prosaicas: um filho que teria dividido dinheiro de gabinete e um outro que teria espalhado notícias falsas (acusações que jamais chegaram perto de ser provadas). E contra o presidente, o que há? Nada! Senão a acusação de tentar usar sua influência para obter informações sobre esses processos (processos que sequer existem, diga-se de passagem).
A realidade é esta: tudo o que é dito contra Bolsonaro é ridículo, se comparado com tudo o que houve antes. Ainda que as acusações fossem verdadeiras (e nada indica que são) seriam um grão de areia comparadas com a corrupção existente nos governos anteriores. Tratam fatos menores de forma bem mais implacável do que tratavam os grandes assaltos cometidos por FHC, Lula e Dilma.
O pior é que, se Bolsonaro fosse substituído, não haveria a mesma exigência de pureza de qualquer outro que assumisse o poder. Os esquemas certamente voltariam e as pessoas fingiriam que eles não existe, ou, seriam bem mais complacentes com eles.
Isso porque o problema nunca foi o que Bolsonaro fez ou faz. O problema é o próprio Bolsonaro. Aqueles que o criticam, se não forem os que estão impedidos de se beneficiarem dos esquemas tradicionais de corrupção, são os que não aceitam que alguém como ele: simplório, sincero, direto, meio tosco, sem refinamento, muito semelhante a qualquer homem comum, esteja no posto máximo da nação.
Os inimigos de Bolsonaro se dividem em corruptos e invejosos. Aqueles querem ter o direito de roubar, como sempre, estes querem ter o direito de ser enganados, mas com refinamento, como sempre.
É por isso que fingem exigir dele uma pureza que não exigiriam nem de seus próprios filhos, nem de seus padres e pastores. Por isso, em qualquer insinuação de erro (ainda que esses erro seja uma besteira qualquer), tratam-no como se fosse um genocida ou um grande corrupto.
Tudo é desproporcional e falso.
Esse é o motivo de eu defender o Bolsonaro. Porque vejo que tudo o que apresentam como acusação contra ele, ainda que fosse verdade, tornaria seu governo muitíssimo melhor e mais honesto do que os governos anteriores e, provavelmente, do que os governos futuros também.
Podem dizer o que for contra mim, que sou bolsominion, gado, passador de pano e todos os adjetivos que queiram me dar. No entanto, uma das principais lições que aprendi com meu professor de filosofia de duas décadas, Olavo de Carvalho, é respeitar o senso das proporções. Porque, sem ele, tudo acaba distorcido. E é exatamente isso que estou fazendo.
A realidade é esta: tudo o que é dito contra Bolsonaro é ridículo, se comparado com tudo o que houve antes. Ainda que as acusações fossem verdadeiras (e nada indica que são) seriam um grão de areia comparadas com a corrupção existente nos governos anteriores. Tratam fatos menores de forma bem mais implacável do que tratavam os grandes assaltos cometidos por FHC, Lula e Dilma.
O pior é que, se Bolsonaro fosse substituído, não haveria a mesma exigência de pureza de qualquer outro que assumisse o poder. Os esquemas certamente voltariam e as pessoas fingiriam que eles não existe, ou, seriam bem mais complacentes com eles.
Isso porque o problema nunca foi o que Bolsonaro fez ou faz. O problema é o próprio Bolsonaro. Aqueles que o criticam, se não forem os que estão impedidos de se beneficiarem dos esquemas tradicionais de corrupção, são os que não aceitam que alguém como ele: simplório, sincero, direto, meio tosco, sem refinamento, muito semelhante a qualquer homem comum, esteja no posto máximo da nação.
Os inimigos de Bolsonaro se dividem em corruptos e invejosos. Aqueles querem ter o direito de roubar, como sempre, estes querem ter o direito de ser enganados, mas com refinamento, como sempre.
É por isso que fingem exigir dele uma pureza que não exigiriam nem de seus próprios filhos, nem de seus padres e pastores. Por isso, em qualquer insinuação de erro (ainda que esses erro seja uma besteira qualquer), tratam-no como se fosse um genocida ou um grande corrupto.
Tudo é desproporcional e falso.
Esse é o motivo de eu defender o Bolsonaro. Porque vejo que tudo o que apresentam como acusação contra ele, ainda que fosse verdade, tornaria seu governo muitíssimo melhor e mais honesto do que os governos anteriores e, provavelmente, do que os governos futuros também.
Podem dizer o que for contra mim, que sou bolsominion, gado, passador de pano e todos os adjetivos que queiram me dar. No entanto, uma das principais lições que aprendi com meu professor de filosofia de duas décadas, Olavo de Carvalho, é respeitar o senso das proporções. Porque, sem ele, tudo acaba distorcido. E é exatamente isso que estou fazendo.
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