O leitor sabe que a privatização da Petrobras (e demais estatais) é uma das principais bandeiras liberais e minha também. Tenho até um livro explicando em detalhes as vantagens disso.
Agora ficou claro para muita gente o risco que é manter uma estatal nas mãos do governo, quando este é tomado por uma quadrilha mafiosa. Se mesmo um governo menos ideológico e corrupto já apresenta vários perigos, devido ao mecanismo inadequado de incentivos, o que dizer de uma gangue como o PT?
Em artigo publicado hoje no GLOBO, João Luiz Mauad, do Instituto Liberal, resume bem a tragédia que se abateu sobre a outrora maior empresa do Brasil e motivo de “orgulho nacional”.
Em artigo publicado hoje no GLOBO, João Luiz Mauad, do Instituto Liberal, resume bem a tragédia que se abateu sobre a outrora maior empresa do Brasil e motivo de “orgulho nacional”.
Abaixo, alguns trechos:
A Petrobras fechou o exercício de 2015 com um prejuízo de R$ 35 bilhões, a maior parte derivada de baixas contábeis em ativos supervalorizados. E os esqueletos, guardados por anos a sete chaves, continuam a aparecer. Em nota, a direção da empresa informa que ações judiciais existentes em 31 de dezembro de 2015 podem acarretar perdas de até R$ 162 bilhões, sendo R$ 114,3 bilhões com processos de natureza fiscal; R$ 22,07 bilhões, de ordem trabalhista; R$ 19,952 bilhões, com causas cíveis gerais; R$ 5,748 bilhões, com causas ambientais. Chega a ser patético que uma empresa estatal tenha passivos fiscais e trabalhistas dessa ordem. Haja incompetência e irresponsabilidade!
[…]
Os últimos resultados contábeis e a delação de Delcídio demonstram com clareza que aquela estatal sempre foi um poderoso instrumento nas mãos de políticos oportunistas, administradores incompetentes, empresários inescrupulosos e sindicatos gulosos.
[…]
Inúmeros são os fatos que comprovam isso. Além das fartas evidências de corrupção desvendadas pela Operação Lava-Jato, o uso político pode ser facilmente evidenciado pela ordem expressa do acionista controlador de manter, durante vários anos, um virtual “congelamento” dos preços da gasolina e do diesel no país, muito embora as cotações do petróleo no mercado internacional estivessem nas alturas. Estima-se que cerca de R$ 60 bilhões tenham escorrido pelo ralo só com essa brincadeira. A obrigatoriedade de aquisições com conteúdo local mínimo é outra decisão política que vem sangrando as finanças da Petrobras há anos. Sem falar do malogro de vários projetos, aprovados sem o aval de estudos técnicos e econômicos, que visavam exclusivamente a interesses político-partidários.
[…]
Enquanto isso, o que exatamente a Petrobras deu em troca aos pagadores de impostos e consumidores tupiniquins desde que foi criada? Quem souber de alguma vantagem, me diga. Mas não me venham com aquela ladainha nacionalista segundo a qual “o petróleo é nosso”, ou que se trata de um produto estratégico que não pode cair em mãos estrangeiras. Isso não cola mais.
Eu prefiro minha parte em dinheiro, por menor que seja. Se isso não for possível, por favor, privatizem logo aquele estropício — enquanto ainda vale alguma coisa — e parem com a sangria.
Mauad está certo. Tenho um texto com o mesmo título, entre tantos que já escrevi sobre o assunto, e já defendi a ideia de distribuírem a cada cidadão brasileiro a “sua” parcela na empresa, para que ele faça o que bem entender com ela. Ou seja, se o petróleo é realmente nosso, então basta deixar cada um de nós escolher o que fazer com sua fatia. Claro que a esquerda não aceita isso. Por quê? Simples, ora: porque no fundo o petróleo é deles, só deles!
Rodrigo Constantino
A Petrobras fechou o exercício de 2015 com um prejuízo de R$ 35 bilhões, a maior parte derivada de baixas contábeis em ativos supervalorizados. E os esqueletos, guardados por anos a sete chaves, continuam a aparecer. Em nota, a direção da empresa informa que ações judiciais existentes em 31 de dezembro de 2015 podem acarretar perdas de até R$ 162 bilhões, sendo R$ 114,3 bilhões com processos de natureza fiscal; R$ 22,07 bilhões, de ordem trabalhista; R$ 19,952 bilhões, com causas cíveis gerais; R$ 5,748 bilhões, com causas ambientais. Chega a ser patético que uma empresa estatal tenha passivos fiscais e trabalhistas dessa ordem. Haja incompetência e irresponsabilidade!
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Inúmeros são os fatos que comprovam isso. Além das fartas evidências de corrupção desvendadas pela Operação Lava-Jato, o uso político pode ser facilmente evidenciado pela ordem expressa do acionista controlador de manter, durante vários anos, um virtual “congelamento” dos preços da gasolina e do diesel no país, muito embora as cotações do petróleo no mercado internacional estivessem nas alturas. Estima-se que cerca de R$ 60 bilhões tenham escorrido pelo ralo só com essa brincadeira. A obrigatoriedade de aquisições com conteúdo local mínimo é outra decisão política que vem sangrando as finanças da Petrobras há anos. Sem falar do malogro de vários projetos, aprovados sem o aval de estudos técnicos e econômicos, que visavam exclusivamente a interesses político-partidários.
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Enquanto isso, o que exatamente a Petrobras deu em troca aos pagadores de impostos e consumidores tupiniquins desde que foi criada? Quem souber de alguma vantagem, me diga. Mas não me venham com aquela ladainha nacionalista segundo a qual “o petróleo é nosso”, ou que se trata de um produto estratégico que não pode cair em mãos estrangeiras. Isso não cola mais.
Eu prefiro minha parte em dinheiro, por menor que seja. Se isso não for possível, por favor, privatizem logo aquele estropício — enquanto ainda vale alguma coisa — e parem com a sangria.
Mauad está certo. Tenho um texto com o mesmo título, entre tantos que já escrevi sobre o assunto, e já defendi a ideia de distribuírem a cada cidadão brasileiro a “sua” parcela na empresa, para que ele faça o que bem entender com ela. Ou seja, se o petróleo é realmente nosso, então basta deixar cada um de nós escolher o que fazer com sua fatia. Claro que a esquerda não aceita isso. Por quê? Simples, ora: porque no fundo o petróleo é deles, só deles!
Rodrigo Constantino
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