De acordo com o Bloomberg, a China Electronics Technology Group, principal estatal que atua na área de defesa do país, trabalha no desenvolvimento de um software capaz de coletar e analisar dados relacionados a profissões, hábitos de consumo e até mesmo hobbies dos chineses para prever a ação de terroristas.
“É crucial examinar a causa após um ato terrorista, mas é mais importante prever as atividades que estão por vir”, explicou Wu Manqing, engenheiro-chefe da empresa. O programa de monitoração será combinado à “Skynet”, uma lei anunciada pelo Partido Comunista em julho – e já em vigor – que garante ao governo o acesso praticamente irrestrito às informações sigilosas das pessoas por “motivos de segurança nacional”.
“Não há exemplos suficientes de atividade terrorista para que a modelagem [dos padrões de comportamento dos terroristas possa ser feita], e isso é verdade, não importa a quantidade de dados que você tem”, afirma Jim Harper, membro-sênior do Cato Institute. Serviços populares na China, como Baidu, WeChat e Weibo, já respondem a solicitações oficiais do governo por dados pessoais dos usuários, conforme prevê a nova lei antiterrorista.
Quem é suspeito
Pessoas que moram em vilas pobres e que, de repente, passaram a ganhar muito dinheiro ou chineses que costumam fazer chamadas para o exterior serão alguns dos monitorados, segundo esclarece Wu Manqing. Registros com base em contas bancárias e em dados sobre profissões e passatempos deverão também ser usados para que retratos acerca dos suspeitos possam ser elaborados.
“Não chamamos isso de uma grande plataforma de dados, mas de um ambiente de informação reunida”, comenta o engenheiro, único porta-voz da estatal – e, aparentemente, da China – credenciado a fazer declarações oficiais à imprensa.
“É crucial examinar a causa após um ato terrorista, mas é mais importante prever as atividades que estão por vir”, explicou Wu Manqing, engenheiro-chefe da empresa. O programa de monitoração será combinado à “Skynet”, uma lei anunciada pelo Partido Comunista em julho – e já em vigor – que garante ao governo o acesso praticamente irrestrito às informações sigilosas das pessoas por “motivos de segurança nacional”.
“Não há exemplos suficientes de atividade terrorista para que a modelagem [dos padrões de comportamento dos terroristas possa ser feita], e isso é verdade, não importa a quantidade de dados que você tem”, afirma Jim Harper, membro-sênior do Cato Institute. Serviços populares na China, como Baidu, WeChat e Weibo, já respondem a solicitações oficiais do governo por dados pessoais dos usuários, conforme prevê a nova lei antiterrorista.
Pessoas que moram em vilas pobres e que, de repente, passaram a ganhar muito dinheiro ou chineses que costumam fazer chamadas para o exterior serão alguns dos monitorados, segundo esclarece Wu Manqing. Registros com base em contas bancárias e em dados sobre profissões e passatempos deverão também ser usados para que retratos acerca dos suspeitos possam ser elaborados.
“Não chamamos isso de uma grande plataforma de dados, mas de um ambiente de informação reunida”, comenta o engenheiro, único porta-voz da estatal – e, aparentemente, da China – credenciado a fazer declarações oficiais à imprensa.
Uma fonte anônima ouvida pelo Bloomberg afirma que o sistema de vigilância será testado em territórios onde as autoridades “lutam para acabar com a oposição, por vezes violenta, de minorias étnicas ao governo comunista”.
Ceticismo
“Nenhum sistema de vigilância e de exploração de inteligência é capaz de evitar tudo [ataques terroristas, neste contexto]”, observa Paul Pillar, membro do Brookings Institution. Para Lokman Tsui, professor-assistente da Escola de Jornalismo e Comunicação da Universidade de Hong Kong, a quantidade de dados que pode ser coletada e os técnicos envolvidos na análise das informações podem permitir os mais diversos tipos de experimentos – o que pode gerar também resultados variados.
“As pessoas [que trabalham na monitoração de dados] são boas nisso porque têm acesso a grandes quantidades de dados. Elas podem fazer experimentos com qualquer tipo de coisa. Se nem restrições legais sobre a vigilância Big Brother ou debates políticos são capazes de ‘inibir’ as ações do regime, então há muitos tipos de informações que podem ser agrupadas e cruzadas com referências para que possíveis terroristas e subversivos sejam identificados”, opina o professor.
“Nenhum sistema de vigilância e de exploração de inteligência é capaz de evitar tudo [ataques terroristas, neste contexto]”, observa Paul Pillar, membro do Brookings Institution. Para Lokman Tsui, professor-assistente da Escola de Jornalismo e Comunicação da Universidade de Hong Kong, a quantidade de dados que pode ser coletada e os técnicos envolvidos na análise das informações podem permitir os mais diversos tipos de experimentos – o que pode gerar também resultados variados.
“As pessoas [que trabalham na monitoração de dados] são boas nisso porque têm acesso a grandes quantidades de dados. Elas podem fazer experimentos com qualquer tipo de coisa. Se nem restrições legais sobre a vigilância Big Brother ou debates políticos são capazes de ‘inibir’ as ações do regime, então há muitos tipos de informações que podem ser agrupadas e cruzadas com referências para que possíveis terroristas e subversivos sejam identificados”, opina o professor.
Via Libertar.in
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