Unico SENHOR E SALVADOR

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domingo, 7 de agosto de 2016

A perseguição da Igreja Católica ao conhecimento - O Index


Se você leu os capítulos anteriores, pode estar propenso a pensar que a perseguição da Igreja Católica contra seres humanos criados à imagem de Deus foi terrível. Entretanto, isso não é totalmente verdade. Na verdade, a Igreja Católica perseguia mais do que apenas pessoas: ela também perseguia os livros. Ela não se contentava em apenas violar os direitos de seres humanos, porque enquanto o conhecimento estivesse encadernado, o perigo estava à solta.

A censura aos meios de comunicação sempre foi uma das principais características de todo e qualquer regime totalitário, autoritário e tirânico. Como no passado ainda não havia a mídia, o meio de levar conhecimento ao povo comum eram os livros. Este capítulo mostra uma outra face da intolerância da Igreja Católica: a perseguição à única fonte de conhecimento da época. 

Tal como os demais regimes tirânicos e facínoras que já existiram na humanidade, a perseguição ao conhecimento do que é contrário ao sistema é elaborado de forma rigorosa e implacável. Não podia passar nada. O povo precisava se manter alienado, em uma verdadeira lavagem cerebral, sem sequer ter conhecimento da existência de outros pontos de vista. Só assim poderiam ser mantidos nas trevas da ignorância e do engano.

Há não muito tempo, o fascismo e o nazismo nos deram exemplos de como regimes autoritários são capazes de perseguir o conhecimento na forma de livros. Os nazistas, logo ao tomarem o poder, elaboraram uma longa lista de livros proibidos, aqueles que contrariavam sua ideologia e seus princípios, e em uma só noite queimaram mais de 25 mil livros nas bibliotecas de toda a Alemanha[1]. 

Os fascistas conseguiram fazer pior: segundo os estudiosos, a quantidade de volumes queimados na Itália de Mussolini chegou à faixa dos milhões. O povo nestes países não podia ter acesso a nada que se chocasse com a doutrinação política que recebiam do governo, que pode bem ser considerada lavagem cerebral.

Tal como os demais regimes ditatoriais e tirânicos, a Igreja Romana não poderia ficar por menos. Na verdade, ela antecedeu todos esses regimes totalitários que seguiram seu exemplo no século XX, sendo a primeira instituição do mundo a ter listas oficiais de livros proibidos e a queimá-los em grande escala. Qualquer regime facínora e genocida que tenha vindo depois não foi nada inovador: tudo o que tiveram que fazer foi copiar sua fiel predecessora, a Igreja Católica. É dela que nasceu a semente do erro, e dela que o erro floresceu mais tarde.

A primeira lista oficial de livros proibidos pela Igreja foi criada em 1559, pelo papa Paulo IV – era o chamado Index Librorum Prohibitorum, o “Índice dos Livros Proibidos”. A primeira determinação para que se criasse algo deste tipo veio do Concílio de Trento (1545-1563), o famoso concílio ecumênico realizado para conter o avanço do protestantismo, dando início à “Contra-Reforma”. 

Como eles não eram capazes de entrar no debate franco e aberto com os protestantes e expor as ideias dos dois lados, já que todos os argumentos bíblicos e históricos estavam contra eles, precisaram calar pela força o lado contrário, proibindo-os de manifestar sua opinião através de censura prévia da imprensa.

Mas desde muito antes disso os papas já tinham o costume de mandar queimar obras que de alguma forma se opunham a alguma doutrina da Igreja. Em 1230, o papa Gregório IX mandou queimar o Talmude, um livro sumamente importante para os judeus. A sentença foi confirmada pelo papa seguinte, Inocêncio IV, que ainda estendeu a perseguição a todos os outros livros que tivessem conteúdo semelhante ao Talmude. Posteriormente, o livro foi oficialmente incluído no Index[2].

A mania de queimar obras que contrariassem a lavagem cerebral da Igreja tirânica se estendia até mesmo aos livros que não tivessem nenhum teor propriamente religioso, mas que dissesse alguma verdade científica que a Igreja não concordasse. Leonardo Boff cita alguns destes exemplos:

No século XIV, a Inquisição condenou o médico e filósofo Pietro d’Abano e seu conterrâneo Cecco d’Ascoli porque afirmavam a existência dos antípodas. Partiam da concepção de que a Terra era uma esfera redonda; portanto, os que viviam do outro lado dela eram antípodas. Os inquisidores argumentavam: segundo a Bíblia, a Terra não é uma bola redonda, mas uma chapa redonda e chata. E a Bíblia, porque é a Palavra de Deus, não pode ensinar erros. Aceitar a Terra como uma esfera seria assumir a visão pagã e admitir que a Bíblia está errada e a Igreja não é infalível. Ambos foram condenados à fogueira, não por terem proferido uma heresia ou negado alguma verdade de fé, mas porque afirmavam uma verdade física do mundo que, indiretamente, entrava em conflito com a visão cosmológica da Bíblia.[3]

Green afirma que “o medo da ciência era tamanho que, em 1640, todas as obras de Copérnico foram listadas no Index de livros proibidos pela Inquisição”[4]. Isso também ajuda a refutar aqueles que dizem que a Igreja aceitou de bom grado as teorias de Copérnico, tendo se oposto apenas a Galileu. Copérnico em pessoa não foi submetido à Inquisição, mas suas obras foram perseguidas e proibidas por ela, pelo simples fato de conter desagradáveis fatos científicos. 

Se Copérnico pelo menos pôde escapar do tribunal, com Galileu (que basicamente apenas repetiu a tese heliocêntrica de Copérnico) a história já foi diferente.

Uma vez sendo que a história de Galileu Galilei já é amplamente explorada em outros livros e universalmente conhecida pelo povo em geral, pouparei maiores detalhes. Basta dizer que, em vez de deixar o homem trabalhar, a Inquisição o prendeu e o forçou a abjurar suas teses – ou seja, negá-las, mesmo sabendo que eram verdadeiras. Galileu tinha amor à vida, e por isso preferiu negar o óbvio. Ele era um cientista, não um mártir. Caso ele tivesse batido a tecla em seus “erros” e se recusado a abjurar, já sabemos o que teria acontecido. Já dizia Eymerich: “Se não abjura, é entregue como impenitente ao braço secular para ser executado”[5].

É verdade que algumas das provas apresentadas por Galileu eram questionáveis ou inverídicas, mas sua conclusão era verdadeira e, independentemente de ser verdadeira ou não, quem deveria julgar a veracidade era a comunidade científica por meio de revisão de pares e debates acadêmicos, e não a Inquisição por meio do terror. 

Essa é uma das razões pelas quais a ciência floresceu muito mais nos países protestantes do que nos católicos: enquanto nos países católicos os cientistas tinham que passar pelo crivo da Inquisição e temiam que suas conclusões entrassem em conflito com as da Igreja e pudesse ser encarcerado por ela, nos países protestantes os cientistas estavam simplesmente livres para realizar seu trabalho em paz.

É por essa razão que o Dr. Glen Bowman escreveu que, depois do fatídico episódio Galileu, “muitos dos cientistas não se sentiram inclinados a publicar em países predominantemente católicos. No futuro, foram as nações de maioria protestante, tais como a Inglaterra, que se tornaram as líderes europeias em ciência, tecnologia e, mais tarde, indústria, em parte porque os cientistas sentiam-se muito mais confortáveis em conduzir suas pesquisas naqueles países”[6].

Pelo menos podemos dizer que Galileu teve a sorte de ter a vida preservada – a sorte que um contemporâneo seu, Giordano Bruno, não teve. Acusado pela Inquisição por motivos religiosos e cosmológicos[7] e recusando-se a abjurar, Giordano foi assassinado no auto da fé de 17 de fevereiro de 1600, em Roma.

Nas listas de livros proibidos pela Inquisição ainda constavam os de Blaise Pascal (1623-1662), famoso e reconhecido cientista francês, censurado da mesma forma que Copérnico, Galileu e Giordano, e diversos foram os filósofos famosos censurados pela Igreja, dentre os quais se destacam Maquiavel, Erasmo de Roterdã, John Locke, Thomas Hobbes, René Descartes, Rousseau, Montesquieu, Voltaire, David Hume e Kant, dentre muitos outros. Como Green afirma, “de acordo com qualquer parâmetro moderno, esses autores estão entre as mais proeminentes figuras da literatura e da filosofia ocidentais; a Inquisição não queria saber deles”[8].

Baigent corretamente destaca que “os chamados livre pensadores eram encarados como hereges. Qualquer coisa relativa aos recém formulados ‘Direitos do Homem’, qualquer coisa que ecoasse os pensamentos de Tom Payne ou escritores franceses como Voltaire, Diderot e Rousseau, era julgada maculada pelo ‘livre pensamento’. E também sediciosa – como inimiga do Estado e da Igreja”[9]. Alguns apologistas católicos continuam difamando estes autores até hoje, apenas para salvar a honra da Igreja e dizer que ela acertou.

Ninguém podia fazer ciência ou filosofia sem ter que primeiro prestar contas à Igreja Católica, a detentora de todo o conhecimento universal. Nem mesmo romance ela deixava. 

Numerosos romancistas e poetas conhecidos foram censurados, entre os quais Laurence Sterne, Heinrich Heine, John Milton, Alexandre Dumas, Jonathan Swift, Daniel Defoe, Vitor Hugo, Emile Zola, Stendhal, Gustave Flaubert, Anatole France, Honoré de Balzac, Jean-Paul Sartre, Níkos Kazantzákis, dentre outros. O que quer que você escrevesse, tinha um censor católico de olho, preocupadíssimo em saber se o conteúdo do livro era benéfico à fé. Os inquisidores poderiam chegar tarde demais para queimar alguns deles, mas seus livros nunca escapavam.

A Inquisição espanhola sabia que a circulação de livros protestantes no país iria fazer com que o povo abrisse os olhos e descobrisse a farsa em que estavam metidos, e por isso proibiu a entrada destes livros no país desde 1521, quando a Reforma Protestante ainda engatinhava. Os censores ainda faziam questão de fazer inspeções minuciosas em cada livraria do país, tornando rotineiro o controle de livros e desenvolvendo-se mecanismos de vigilância nos locais de impressão, importação e distribuição, com o catálogo de livros proibidos na mão[10]. O primeiro Index da Inquisição portuguesa surgiu um pouco mais tarde, em 1547.

Ao todo, a Igreja expediu 32 edições do Index, nas quais milhares e milhares de obras foram proibidas. Eram tantos os livros proibidos que os quatro qualificadores de Córdoba escreveram à Suprema em 1584 dizendo que não conseguiriam terminar a tarefa de censurá-los sem reforços[11]. Até o “Declínio e Queda do Império Romano”, de Gibbon, considerada uma das obras mais fundamentais em história, foi colocada no Index[12]. 

Autores clássicos como Heródoto, Tácito, Platão[13], Plínio e Ovídio também eram censurados[14]. Tão numerosos eram os livros proibidos de autores intelectuais e célebres que Ricardo Palma constatou que “tem-se a impressão de que o Deus de Roma terá sido um Deus criado expressamente para ser adorado pelos pícaros e estúpidos”[15].

Juan Brom, da mesma forma, concorda que a Inquisição “freou muito o desenvolvimento do pensamento”[16]. Lea também observou que “a perseguição aos intelectuais erasmianos paralisou o desenvolvimento das ideias, e a ausência de debates esclarecidos sobre os grandes temas científicos da época contribuiu para a decadência que afetou a região no sul dos Pireneus no século XVII”[17]. 

Não é sem razão que a predominância cultural e intelectual coube mais tarde aos países protestantes, que não tinham essas proibições insanas relacionadas à vida intelectual e podiam ter uma visão de mundo acima do casulo católico.

Bethencourt destaca o empenho dos censores em não permitir em hipótese alguma que algum livro proibido entrasse nos países católicos:

Encontramos nas fontes produzidas pelos tribunais menções frequentes às visitas de livrarias, tipografias, bibliotecas e navios para controlar a produção, circulação e leitura de livros proibidos; às visitas dos tribunais de distrito para vigiar o funcionamento do aparelho burocrático e o cumprimento das tarefas previstas; às visitas de distrito para examinar o comportamento e as crenças da população.[18]

A rede inquisitorial de controle da importação, da produção e da circulação de livros nos Estados italianos não é bem conhecida. Devemos lembrar o papel dos inquisidores e dos vigários da Inquisição romana na publicação dos éditos de livros proibidos elaborados pela Congregação do Índex. Esses agentes vigiavam regularmente as livrarias e as alfândegas dos portos de mar, sobretudo nos Estados pontíficos. Eles chamavam os livreiros e os tipógrafos à sede do tribunal para lhes impor medidas de controle e intervinham na censura prévia das obras impressas na maior parte dos Estados italianos.[19]

O próprio João Gonzaga reconhece que “as livrarias ficavam obrigadas a expor a relação das obras proibidas, e a venda ou a posse destas poderia importar até mesmo na pena capital”[20]. Luiz Nazario complementa que “todo livro era submetido a um rigoroso exame. Os Índices Censórios aumentavam a cada edição, englobando títulos antigos e recentes. 

Os livros tinham folhas rasgadas ou arrancadas, nomes heréticos riscados a tinta; palavras, frases rasgadas ou arrancadas, nomes heréticos suprimidos a tesoura e guilhotina”[21]. Isso significa que os inquisidores mutilavam os livros para apresentá-los ao povo católico de uma forma mais benéfica à imagem da Igreja. Fazendo isso, era possível até transformar a Carta Capital em uma revista de direita, ou a Veja numa de esquerda. Seria até possível transformar este meu livro numa defesa da Inquisição!

Por falar nisso, um gênero favorito dos censores eram as histórias da própria Inquisição. Qualquer livro escrito por um não-católico descrevendo os horrores que passou nas prisões do Santo Ofício era imediatamente incluído no Index, porque o povo precisava pensar que os inquisidores agiam com toda a moral e decência do mundo[22]. 

Até hoje apologistas católicos sem escrúpulos costumam argumentar que estes prisioneiros inventavam histórias e mentiam para sujar ainda mais a imagem da Inquisição – como se isso fosse necessário ou mesmo possível. Comparado ao que os manuais da Inquisição aprovados pela Igreja e usados por todos inquisidores afirmam, o relato desses indivíduos é mera palhinha.

Ainda sobre os livros proibidos, o Édito das Delações, promulgado todos os anos no terceiro domingo da Quaresma, assim dizia:

Igualmente, ordenamos que nos aviseis se tiverdes ouvido falar ou sabeis que alguma pessoa possui Bíblia em romance, o Corão, o Talmude, obras de Martinho Lutero, Molina, Ário e outros hereges, ou qualquer espécie de livro reprovado ou proibido pelos catálogos do Santo Ofício, entre os quais se encontram as obras de Voltaire, Rousseau, Volney, Diderot, Crébillon e demais filósofos da França.[23]

Havia ainda qualificadores que atuavam como verdadeiros espiões, não deixando nada passar sem o aval da Inquisição:

A missão dos qualificadores era espionar tudo o que se acreditassem danoso à religião e censurar livros, proibir a circulação de estampas e dar seu parecer sobre cada publicação nova. Não se podia vender nenhum livro sem o aval da Inquisição, e, se constava no catálogo dos proibidos, seu dono devia entregá-lo a um qualificador. Se não fizesse isso, estava sujeito a ser denunciado por alguém e ao castigo competente que era, na melhor das hipóteses, uma multa e uma declaração de fé.[24]

O conhecimento se tornara um bem a ser monitorado[25], e as pessoas só podiam ter acesso àquilo que a Igreja Católica queria que elas soubessem – exatamente o mesmo tipo de lavagem cerebral nazista, que só permitia a propagação de conteúdo favorável ao regime. 

Para piorar, em Portugal a censura era prévia, ou seja, o livro deveria ser primeiro aprovado pela Inquisição para só depois ser impresso. Os inquisidores revisavam as obras, corrigiam a seu bel prazer o que não lhes convinha, e só depois permitiam a publicação da obra[26].

A proibição se estendeu ao Novo Mundo, e os livros incluídos no Index estiveram proibidos de entrar no Brasil ao longo de todo o período colonial. Green diz que “os portos eram fiscalizados e as embarcações, inspecionadas com regularidade até em distritos distantes como a Guatemala (...) Assim que as embarcações aportavam perto de Veracruz, no México, fiscais da Inquisição inspecionavam a bagagem de todos os passageiros e marinheiros à procura de livros, elaborando um inventário para ser enviado à alfândega, onde a liberação das obras era discutida”[27].

Novinsky também destaca que “nos portos do Brasil, 'visitadores das naus' examinavam, junto com as mercadorias que chegavam, cada livro, pedaço de papel ou cartas”[28]. O número de visitas inquisitoriais às embarcações à procura de livros era tão grande e irritante que, em 1690, o embaixador inglês na Cidade do México prestou queixa junto à Inquisição[29]. As proibições eram tão severas e rigorosas que até os caracteres gregos foram banidos da imprensa espanhola no século XVII[30] - o que mostra até que ponto que os inquisidores eram neuróticos.

Ironicamente, quando a Inquisição perdeu força e principalmente depois que desapareceu, os livros proibidos no Index se tornaram os mais procurados, alcançando o efeito inverso à vontade da Igreja, que ao incluí-los no Index só os tornava mais famosos e atraentes. Sobre isso, Palma escreve:

É certo que nada aviva mais a curiosidade de ler um periódico ou livro que a circunstância de ser recolhido ou de a autoridade proibir-lhe a leitura. Obras, nomes e até instituições existem de que ninguém se lembraria, não lhes tivesse a Igreja dado importância com seus anátemas. A perseguição é uma espécie de passaporte para a fama e mesmo para a imortalidade.[31]

Daí se percebe o porquê que Ivan Lins, pelos idos da década de 30, costumava dizer que a Igreja não acrescentava seus livros ao Index porque já estava a tal ponto desmoralizada que isso só iria aumentar o interesse pelo livro. Até 1966, a Igreja manteve o Index, mas já não contava mais com o elemento que dava razão à sua existência: o medo instigado pelos inquisidores, prontos a matar qualquer um que desobedecesse as ordens da Igreja. 

A Igreja, sem seus inquisidores, se tornara mais motivo de piada do que de medo, e já não era mais temida por ninguém. Reduziu-se ao patamar de um cão raivoso, mas sem dentes.

A Igreja só veio a abolir oficialmente o Index há exatos 50 anos, em um ato de “capitulação e desespero”[32], quando já não tinha mais condições de mantê-lo. Mas a lição permanece viva até hoje, e sua estratégia covarde de esconder o conhecimento das mãos do povo não será esquecida tão cedo. 

Da mesma forma que a censura da imprensa só ocorreu nos regimes políticos mais tirânicos do século passado (tais como o nazismo, comunismo e fascismo), mas não em todos os regimes políticos de todos os Estados, também nem todas as religiões apelaram à censura para manter seus fieis na igreja.

Protestantes, ortodoxos orientais e demais religiões cristãs e até não-cristãs recusaram-se a se prestar a tamanha infâmia, sabendo que não precisavam de lavagem cerebral para não perderem fieis. A estratégia de todo sistema tirânico e falso já é bem conhecida: uma vez que seriam destruídos em um livre embate de ideias, precisam censurar e impedir à força a ideia dos outros, e só permitir a deles. 

Assim, todo o povo é doutrinado para crer em uma coisa só: aquilo que o sistema tirânico deseja. Norte-coreanos vivem em um sistema desses até hoje, o mesmo tipo de prisão do intelecto que a Igreja mantinha seus adeptos até pouco tempo. Quem está na luz não precisa disso, porque sabe que a verdade está consigo, e a verdade sempre vence.

“Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (João 8:32)


Paz a todos vocês que estão em Cristo.

Phonte: Heresias Católicas

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