Unico SENHOR E SALVADOR

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domingo, 7 de agosto de 2016

Um mundo cada vez mais insano para chamar de seu!

estrada

Talvez uma das coisas mais difíceis para alguém acima dos 40 anos seja admitir que não conseguiu acompanhar as rápidas mudanças ocorridas no mundo nas últimas quatro décadas.

Mas há uma razão muito plausível para isso: Veja, você passa os primeiros dez anos de sua vida ouvindo um sonoro “não!”, dentro e fora de casa. Se você for uma pessoa mentalmente sadia acabará se condicionando sem muitas dificuldades a um sistema de normas éticas, morais e políticas que irão moldar o seu caráter, sua personalidade e sua visão de mundo para o resto de sua vida. 

Daí você cresce e aprende uma profissão com o objetivo inicial de pagar suas contas, vestir-se, alimentar-se e divertir-se quando possível. Contudo, as responsabilidades aumentam à medida que novos compromissos e alianças são celebrados e, por força da necessidade, aliena-se cada vez mais no trabalho pelas próximas décadas a fim de garantir não mais apenas a sua subsistência, mas agora a de sua família.

Em meio aos compromissos e desafios do dia a dia você não vê o tempo passar, tampouco percebe as mudanças que ocorrem diante dos seus próprios olhos.

Um belo dia você acorda e, ao deslocar-se para o trabalho, se depara com um trânsito totalmente congestionado por causa de um grupo de pessoas de uma determinada comunidade carente que decidiu queimar pneus no meio da rodovia em represália à morte de um traficante em confronto com a polícia. 

No dia seguinte você perde o seu voo por conta de um protesto feito no acesso principal ao aeroporto promovido por algumas moças universitárias com os seios à mostra e segurando cartazes pedindo a legalização do aborto e o fim da violência contra as mulheres. 

Noutro dia você liga a TV e lá está mais um caso de racismo – algo que você achava que só acontecia nas novelas da Globo e nos filmes de Hollywood. 

No mesmo dia o noticiário da tarde de outro canal denuncia a crescente onda de violência contra os homossexuais. 

Ao acessar as recém-criadas redes sociais não entende porque muitos dos seus contatos estão com a foto padronizada em condolência aos palestinos mortos na Faixa de Gaza. 

Ao emitir uma opinião sobre um determinado tema de interesse público, com base nos valores que possui, você é automaticamente tachado de fascista sem ter a menor noção do que isso possa significar. 

Sem ter uma opinião formada – e também para não desapontar as pessoas do seu círculo social – concorda que o Diogo Mainardi só escreve besteira e que um tal de Jair Bolsonaro, órfão da ditadura militar, é um verdadeiro arrogante, patético, antiquado e antissocial. 

Naquela mesma noite você decide criticá-los nas redes sociais com base na opinião de seus colegas apenas para se sentir parte do meio. 

Na manhã seguinte, ao ler o jornal pendurado nas bancas, lá está mais um torturador da ditadura militar que acabara de ter o seu paradeiro revelado e que uma tal Comissão Nacional da Verdade está prestes a ser criada. 

No seu intervalo para o almoço assiste novamente na TV que um grupo organizado de ateus entrou com processo judicial pedindo a exclusão da frase “Deus seja louvado” nas cédulas de real. 

Ao fazer uma pausa para o café percebe que alguns de seus colegas estão conversando sobre as cotas raciais, casamento gay e os avanços sociais do atual governo. 

No consultório médico, enquanto aguarda ser chamado, observa que a capa da revista destinada para os pacientes traz uma matéria exclusiva sobre o empoderamento da mulher moderna e a luta contra o patriarcado machista opressor. Enquanto observa estático a revista, uma música ambiente de fundo do Marcelo D2 faz apologia direta às drogas e na sequência uma outra canção do Cazuza ataca a burguesia. 

Ao buscar o seu filho na escola recebe um bilhete da secretaria informando que não haverá mais a comemoração de dia dos pais, mas sim do dia dos cuidadores. 

Ao chegar em casa, movido por um atípico impulso de curiosidade, decide examinar os livros didáticos do seu filho e constata que não há mais menção ao Hino Nacional, ao patriotismo, às organizações sociais políticas brasileiras, à moral e cívica e à religiosidade, mas há, no lugar, o multiculturalismo, o humanismo secular, a inclusão social, a diversidade, a tolerância, os direitos humanos, o africanismo, o ateísmo militante com verniz de disciplina científica, as maravilhas do socialismo cubano e uma assombrosa demonização do período militar brasileiro, do capitalismo imperialista norte americano, da meritocracia individualista e do cristianismo e seu genocídio histórico por meio da inquisição e das cruzadas. 

Sobretudo, espanta-se ao constatar que há também uma evidente propaganda sexual disfarçada de cidadania e combate à homofobia (ainda não se fala aqui em ideologia de gênero).

Instintivamente, em um dado momento qualquer, você tem uma espécie de choque mental, então uma luz intensa se acende bem diante de suas pupilas como se um trem estivesse prestes a te atropelar no meio da escuridão, daí você para por um instante e interroga a si mesmo: 

“AFINAL, O QUE ESTÁ ACONTECENDO COM ESSE MUNDO???”

Nesse exato momento você se depara diante de uma estrada que se dividem em dois lados - e não se trata de direita ou esquerda ideológica, mas sim de uma escolha de postura: Um dos lados é o mais fácil, o mais aceito, o mais popular, o mais descolado, o mais confortável e o mais escolhido. A saber, o lado da grande maioria. 

Nesse lado você não precisa se preocupar com as coisas que te cercam, pois alguém fará por você aquilo que você não quer fazer. O Estado é o seu tutor, garantidor e mantenedor de tudo aquilo que você julga precisar. Ademais, nesse lado você não precisa se dar ao trabalho de pensar muito, basta apenas cumprir os ditames acadêmicos, acatar o que diz a grande maioria e defender as pautas determinadas nas convenções do partido. O segredo é não questionar!

O outro lado, entretanto, é mais penoso e requer certo sacrifício, pois consiste numa busca incessante pela verdade e pelo conhecimento, causas e consequências. Questionar é o que move as pessoas desse lado. Independentemente da opinião da grande maioria, esse lado exige dedicação, entrega, estudos, investigação, pesquisas, análises e permanente observação. Esse é o lado que uma pequena minoria não conformada escolhe seguir e por essa razão tais indivíduos são constantemente atacados, difamados e caluniados por defenderem uma opinião própria e que normalmente conflita com a unanimidade.

Com efeito, uma das maiores frustrações para os que escolhem seguir o lado mais difícil da estrada não está exatamente na comprovação de que o mundo mudou para pior nas últimas décadas, mas sim na constatação de que as pessoas que poderiam fazer alguma coisa boa por ele se adaptaram às suas obscuras modificações sem muitos questionamentos. Não obstante, pior ainda são os que estão chegando aqui agora e enxergam todo esse caos e inversão da realidade como parte integrante do mundo que os cerca.

Isso é no mínimo trágico!

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