Ela se desculpou pelo vídeo, mas diz que não se arrepende do gesto
A repercussão negativa do vídeo onde a pastora de uma igreja evangélica de Botucatu, interior de São Paulo, aparece quebrando imagens foi grande nesta quarta (11). Somente no Facebook, foi visto mais de 9 milhões de vezes. O assunto ganhou repercussão nacional, sendo assunto de vários jornais e portais de notícias.
A mulher, identificada agora como pastora Zélia, do ministério Aliança com Deus, usou um martelo para destruir uma imagem de Nossa Senhora Aparecida. O ato foi filmado por um dos fiéis que estava presente no momento e compartilhado nas redes sociais. O caso gerou revolta de católicos e ela pode ser denunciada por “intolerância religiosa”.
Segundo o código penal, humilhar publicamente ato ou objeto de culto religioso é crime, sujeito a pena de um mês a um ano de prisão ou multa. A Policia Civil informou que não foi feito nenhum boletim de ocorrência contra a pastora.
Procurado pela imprensa, Zélia disse ao UOL que não estava arrependida. À reportagem da Rádio Municipalista de Botucatu, tentou explicar sua motivação. “Como seguidora da palavra eu tenho que honrar a palavra do meu Deus. E ele diz no livro [Bíblia] que nós não devemos fazer para nós imagens de fundição e nem adorá-las”.
Em seguida, comentou a repercussão negativa: “Em nome de Jesus, peço desculpas, perdão pelo vídeo… Em nenhum momento eu pensei em ofender o Brasil, mas você sabe como é a internet. Vocês sabem como é o povo”.
Após uma enxurrada de críticas, o perfil que a pastora mantinha no Facebook foi apagado na quinta-feira (12).
Pastores pedem perdão
A Bíblia tem vários exemplos de líderes religiosos e políticos quebrando estátuas de ídolos. A idolatria é um dos pecados mais vezes mencionados nas Escrituras, mesmo assim o assunto divide opiniões entre os cristãos.
O pároco da catedral de Botucatu, Emerson Rogério Anizi, afirmou que foi uma demonstração de intolerância, mas algo isolado. Insiste que a igreja católica na cidade possui uma boa relação com os evangélicos. “Nos encontramos todo mês de maio na Semana da Unidade, onde nos reunimos com a igreja evangélica”, diz o padre. Ele frisa que os católicos não comentem idolatria, pois as imagens são apenas “veneradas” por eles.
O missionário Paulo Cruz, secretário do Conselho de Pastores de Botucatu, divulgou uma nota, que diz: “Fazemos dessa nota um pedido de perdão aos nossos irmãos e amigos católicos que se sentiram ofendidos com o vídeo de uma prática isolada que está circulando nas redes sociais.
“Seguimos em pregar as boas-novas de Jesus Cristo, o Salvador de acordo com as sagradas escrituras, preservado acima de tudo o amor e respeito ao próximo”.
Phonte: Gospel Prime
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