Eis o que escreve Theo Sommer, colunista do jornal Die Zeit.
Nesse assunto, o autor se refere ao recente artigo do ex-presidente soviético, Mikhail Gorbachev, que compartilhou suas preocupações com tendências geopolíticas atuais.
Sommer concorda que a nova corrida armamentista entre Rússia e OTAN seja motivo de preocupação.
"A doutrina fundamental da Guerra Fria não foi esquecida nem por Moscou, nem por Washington: quem dispara primeiro, morre segundo. Vários incidentes são prováveis, mas ninguém quer uma guerra total, nem Vladimir Putin, nem Donald Trump, com toda a sua imprevisibilidade", destaca o colunista.
Na opinião dele, a ameaça provém de outra parte do mundo – a partir do Círculo Pacífico, onde a China e os EUA lutam por superioridade.
O colunista acredita que a retirada dos EUA do Acordo da Associação Transpacífico (TPP) representa uma tentativa de diminuir a influência da China.
Sommer analisa atenciosamente o mar do Sul da China onde os chineses se reforçam ao criar ilhas artificiais. Na opinião de Sommer, a ideia mais perigosa de Trump está relacionada ao questionamento das reclamações chinesas nesta região. A reação de Pequim era previsível, acha o autor do artigo, a postura do novo presidente dos EUA poderá provocar um confronto destrutivo.
Por sua vez, o jornal chinês Global Times deixou claro que, caso Trump e sua equipe não alterem suas políticas em relação a Pequim, eles deverão se preparar para confronto militar.
Afinal, Trump se opõe à política Uma só China que significa o reconhecimento da independência de Taiwan. Se o presidente dos EUA pôr em dúvida esse curso, Pequim promete dar resposta, conclui Sommer.
Phonte: Sputnik News
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