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quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Trump e Obama: O que mudou entre eles sobre homossexualidade e Arábia Saudita?


Julio Severo
A Casa Branca disse na terça-feira passada que o presidente Donald Trump continuará a impor uma ordem executiva de Obama que garante direitos especiais para homossexuais no ambiente de trabalho, deixando claro que tal ordem permanecerá intacta “por orientação” de Trump.

“O Presidente Donald J. Trump está determinado a proteger os direitos de todos os americanos, inclusive a comunidade LGBTQ,” disse uma declaração divulgada pela Casa Branca. “O Presidente Trump continua a respeitar e apoiar os direitos LGBTQ, exatamente como ele fez em toda a eleição.”
A Casa Branca disse que Trump tem orgulho de ter sido o primeiro candidato presidencial republicano a mencionar a comunidade LGBTQ em seu discurso de aceitação de nomeação, “se comprometendo então a proteger essa comunidade de violência e opressão,” que é um eufemismo e linguagem comumente usada para avançar a agenda gay.
Como essa lei afeta as igrejas, não sabemos, mas se você tem uma organização cristã e você não contrata homossexuais ou se você não favorece o estilo de vida e ideologia imorais deles, o governo de Trump oferece a você a mesma coisa que o governo de Obama oferecia: nenhum relacionamento financeiro. Mas punição.

Sobre a decisão de Trump de manter a ordem homossexualista de Obama, Peter LaBarbera, presidente da entidade Americanos pela Verdade sobre a Homossexualidade (AFTAH), disse:
“Esse é o primeiro sinal que temos de que o presidente Trump estará triangulando na questão da homossexualidade versus aborto. Por mais alegres que estejamos vendo o governo de Trump de forma confiante ousada tomando posição em favor da vida dos bebês em gestação na Marcha pela Vida, estamos agora profundamente desapontados que o sr. Trump tenha escolhido defender os falsos ‘direitos’ LGBTQ com base nas condutas homossexuais e sexualmente confusas alteráveis.”

Ele acrescentou:

“Condenamos Obama quando ele avançava uma agenda com base no pecado no nome da ‘igualdade.’ Não devemos fazer menos com o presidente Trump.”

O líder pró-família Bryan Fischer comentou que com sua decisão de manter a ordem de Obama, “Trump proíbe empresas lideradas por cristãos que não defendem a perversão sexual de fazer qualquer trabalho para o governo federal.”

O governo de Trump tem revelado hipocrisia em pontos importantes. Se tem seriedade sobre a agenda gay como Obama tinha, por que um relacionamento normal com a Arábia Saudita, que mata homossexuais? O governo de Obama condenou os cristãos opostos à agenda gay, mas nunca condenou a Arábia Saudita.

Na semana passada Trump falou por telefone com o rei Salman da Arábia Saudita. Ele não o chamou para condenar a Arábia Saudita por matar homossexuais. Ele chamou “para fortalecer a cooperação na luta contra o terrorismo islâmico radical.”

Considerando que a Arábia Saudita é o principal patrocinador do terrorismo islâmico no mundo, pedir a ajuda saudita equivale a Franklin Roosevelt pedindo a Hitler para ajudar os EUA a combater o nazismo ou Ronald Reagan pedindo à União Soviética para ajudar os EUA a combater o comunismo soviético. É ilógico. Não faz sentido.

Em sua ligação, Trump também “pediu, e o rei saudita concordou em apoiar, zonas seguras na Síria,” de acordo com o DailyMail.

Conforme admitido pelo DailyMail, “Criar zonas seguras no país do Oriente Médio devastado pela guerra civil provavelmente exigiria um mobilização imensa de tropas americanas na Síria.”
Para intervenções na Síria, com apoio saudita Obama mobilizou o ISIS e rebeldes islâmicos, que estupravam e matavam milhares de cristãos sírios.

Agora, com apoio saudita, de novo, os EUA sob Trump querem mobilizar milhares de soldados americanos na Síria.

Pelo fato de que Obama e Trump nunca tiveram nenhuma permissão do governo sírio para mobilizar tropas na Síria, isso é invasão.

Pelo fato de que o governo anterior dos EUA criou o ISIS, que devastou a Síria, isso é terrorismo.
Pelo fato de que a Arábia Saudita, que quer ajudar Trump na invasão, é o principal patrocinador do terrorismo islâmico no mundo, isso é terrorismo.

Se Trump tem seriedade sobre combater o terrorismo islâmico, por que ele não colocou a Arábia Saudita na sua lista negra?

Se Trump tiver seriedade sobre ajudar os refugiados sírios em alegadas zonas seguras, por que ele não pede a permissão oficial do governo sírio?

Se ele tiver seriedade sobre manter os decretos homossexualistas de Obama, por que ele não condena a Arábia Saudita?

Além disso, Obama impôs sanções injustas contra a Rússia, especialmente porque a Rússia tem uma lei excelente proibindo propaganda homossexual para crianças e adolescentes. Trump não aboliu as sanções de Obama.

Desde o governo de Obama, a Rússia tem sido um modelo contra a agenda gay. No que depender de Trump, que parece não querer os EUA abolindo as leis homossexualistas de Obama, a Rússia continuará a manter a posição de líder entre as nações cristãs contra a agenda gay.

A Rússia está na Síria ajudando os sírios, cujos cristãos são ortodoxos como são os russos cristãos ortodoxos, pois o governo sírio deu permissão oficial para a Rússia estar na Síria. Qualquer coisa menos é invasão.

Trump está construindo um muro para proteger os EUA, e ele merece apoio nisso. Ele está colocando nações islâmicas em sua lista negra porque ele quer proteger os EUA.

Mas ao manter a Arábia Saudita fora de sua lista e ao planejar invadir a Síria, ele é incoerente com os cristãos conservadores e coerente com Obama e Hillary Clinton.

Ao manter os decretos homossexualistas de Obama ele tem a mesma incoerência e coerência.
A Arábia Saudita, que é inimiga da Síria, não tem nenhuma comunidade cristã e proíbe israelenses em seu território. Em contraste, a Síria tem uma das comunidades cristãs mais antigas do mundo. 

A Bíblia não é proibida pelo governo sírio. A Arábia Saudita proíbe oficialmente a Bíblia. Por que Obama tinha um bom relacionamento com a Arábia Saudita, não a Síria? Por que Trump tem um bom relacionamento com a Arábia Saudita, não a Síria?

Por que Trump está expressando uma disposição de seguir os passos de Obama?
Se Trump quer “ajudar” a Síria, por que chamar a Arábia Saudita, o inimigo da Síria?
Então se Trump quiser “ajudar” o Brasil, ele pedirá o apoio da Venezuela ou da Argentina?
Se Trump não quer que os EUA sejam invadidos, por que ele discutiu com os sauditas sobre invadir a Síria?

Os cristãos conservadores não deveriam cometer o mesmo erro que cometeram com relação ao ex-presidente George W. Bush. Eles o apoiaram por causa de suas posturas pró-vida. 

Mas eles não o questionaram por sua invasão do Iraque, que custou um preço muito alto para os cristãos iraquianos.

Os cristãos conservadores gostaram do discurso de Trump contra os neocons, mas sua posição sobre a agenda gay não é uma coisa boa para os EUA agora e seu futuro. E não é bom para o mundo, pois os EUA são um império que guia o mundo como um modelo para melhor ou pior.

Bons cristãos profetizaram um bom governo político para Trump. Mas de que adiantará se ele não escolher viver profeticamente tal chamado?

Trump não tem nenhum histórico conservador, e ele teve conexões com Obama e Hillary. Seu discurso contra os neocons em sua campanha foi um ar fresco de conservadorismo real, e a atual postura pró-vida de seu governo é também um ar fresco depois de oito anos do cheiro podre das posturas pró-aborto do governo de Obama.

No entanto, ao manter as mesmas leis homossexualistas de Obama, inclusive sua interferência ilegal na Síria com assistência saudita, Trump escolheu o mesmo cheiro podre de radicais esquerdistas e neocons.

Vamos esperar que ele possa mudar seu curso.

Com informações do DailyMail e the Hill.

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