Depois da tentativa fracassada dos palestinos de expulsar Israel da FIFA, no ano passado, a Autoridade Palestina anunciou agora que irá tentar algo com uma magnitude muito maior: expulsar Israel das Nações Unidas.
Segundo o Times of Israel, líderes palestinos irão denunciar formalmente o governo de Israel por violação de várias resoluções do Conselho de Segurança da ONU e da Carta das Nações Unidas. A tal “denúncia” inclui acusações que a nova Lei que descreve o país como “Estado-nação do povo judeu” prova que trata-se de um regime de apartheid e, por isso, precisa ser sancionado.
Esse tipo de acusação, acreditam os especialistas, não seriam o suficiente para uma medida real da ONU. Contudo, a acusação de apartheid foi usada para suspender a África do Sul – um dos 51 países fundadores das Nações Unidas – em 1974.
A África do Sul de fato acabou suspensa da Assembleia-Geral da ONU com 91 votos a favor, 22 contra e 19 abstenções. O país só não foi excluído da Organização porque França, Grã-Bretanha e os Estados Unidos vetaram o pedido. Ainda assim, os sul-africanos perderam o poder de voto até 1994, quando Nelson Mandela encerrou o regime do apartheid.
Quando voltou a ser uma democracia plena, o país foi reintegrado como membro pleno da Assembleia-Geral. Esse é um precedente para o qual Israel deveria ficar alerta.
Articulação perigosa
De acordo com o capítulo dois da Carta da ONU, um Estado Membro que “tenha violado persistentemente os Princípios contidos na presente Carta, poderá ser expulso da Organização pela Assembleia Geral mediante recomendação do Conselho de Segurança”.
No mesmo processo, por decisão no Conselho de Segurança, um país “poderá ser suspenso do exercício dos direitos e privilégios de membro pela Assembleia Geral”.
Votações recentes contra Israel mostram que, na Assembleia Geral, os palestinos têm apoio majoritário. Mas isso não significa que por ser apenas um “Estado observador”, a Palestina teria forças para conseguir a exclusão de Israel. Ao que parece, trata-se mais um “balão de ensaio” para retratar o Estado judeu de maneira negativa frente a opinião pública mundial.
“É uma iniciativa cínica e vazia de palestinos, que não chegará a lugar nenhum”, disse o embaixador de Israel na ONU, Danny Danon. “É apenas mais um truque para espalhar mentiras no palco da ONU, deslegitimar Israel e silenciar a verdade”. Continuaremos a agir de todas as maneiras para expor essa cultura do ódio e incitamento.”
As Nações Unidas são compostas por 193 países, mas o status da Palestina como nação independente nunca foi oficialmente votado. O Brasil anunciou o reconhecimento em 2010, durante o governo Lula. Desde então as relações dos dois países andam estremecidas, com constantes votos brasileiros em desfavor de Israel na ONU e na UNESCO.
Phonte: Gospel Prime
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