Não são somente políticos e marginais que conscientemente cometem crimes no RIO DE JANEIRO, parte significativa da sociedade carioca que se autodenomina “cidadãos honestos”, “trabalhador” ou “apenas moradores”, conscientemente se aproveita da situação caótica causada pela criminalidade desenfreada que existe no estado.
Com as favelas e bairros carentes completamente dominados, cobradores e funcionários de agências de serviços básicos não têm acesso aos locais.
Isso não passa de uma estratégia usada pelos traficantes para angariar simpatia de moradores. Com isso, em vários bairros, cidadãos apresentam seus imóveis para venda com a “vantagem” extra de ser isentos de taxas de energia, água e esgoto.
A proliferação de Mototaxistas, profissão reconhecida como serviço honesto e subterfúgio contra o desemprego, em muitas comunidades eventualmente facilita o trabalho dos traficantes. Esses “profissionais” frequentemente transportam pequenas quantidades de droga encomendadas por usuários do “asfalto” que não querem entrar nas comunidades mas não abrem mão de seu vício assassino. Ressalte-se que aqueles que se negam a proceder como faz a maioria, realizando tal “serviço” correm o risco de ser considerados inimigos do tráfico, recebendo o estigma de X9.
Os militares em intervenção no RIO não lutam somente contra a criminalidade, lutam contra toda uma já arraigada cultura de permissividade e conivência com o crime.
A co-participação ou pelo menos vista grossa ao crime que ocorre na esquina não é coisa nova no Rio e na maior parte das grandes cidades do Brasil, é algo cultural. Muita gente se diz honesto mas faz sua “fezinha” no jogo do bicho, que em alguns caso se associa a outros tipos de crime.
Muita gente se diz honesto e passa o filho maior de 6 anos por baixo da roleta no ônibus, muita gente se diz honesto mas pede para o amigo “encaixar” o filho na frente de outros candidatos em algum concurso. Muitos honestos têm gato de energia, de água, de internet, de TV a cabo etc. E os exemplos, se insistisse em citá-los, lotariam páginas e mais páginas desse site.
Assim como não pode existir campanha política aprovada com ressalvas por ter sido detectado “somente” algumas falcatruas pequeninas, não pode existir cidadão 99% honesto. Ou é certo ou e errado, é honesto ou é desonesto. A chaga da corrupção e criminalidade é bem mais profunda do que se deseja confessar. E isso levou o Rio de Janeiro e algumas cidades do Nordeste, como Fortaleza, a uma situação insustentável.
É urgente que seja realizada uma campanha bem elaborada e intensa de moralização da sociedade, com a ajuda da grande mídia, telejornais e até produtores de novelas, que tão facilmente “fazem a cabeça” da sociedade. Informando entre outras coisas que comprar mercadorias roubadas é crime e gera morte, comprar drogas ilícitas é crime e gera morte, comprar celulares roubados é crime e gera morte etc. É preciso dar o nome correto às coisas.
O que falta para colocar outdoors na Avenida Brasil relembrando que o vício em maconha gera morte e desgraça, e que o produto muito mais barato é fruto da desgraça alheia, mencionando o próprio camelô como um cúmplice do crime? O que falta para desfazer o glamour do jovem criminoso, mostrando em letras garrafais e imagens sangrentas que ele vai causar desgraça para pessoas boas e que no final vai acabar morto com um tiro na cara?
Algo semelhante foi feito para diminuir o vício em cigarros. Temos ferramentas e profissionais capazes de ajudar a sociedade a compreender o que é correto.
A pergunta é: Por que não estamos fazendo uma grande campanha? Somos a maioria e temos mais ferramentas. O que está impedindo que a sociedade, instituições e grande mídia se unam em prol de resgatar esse país? Estamos perdendo tempo e isso é muito triste.
Precisamos de uma mudança ampla, profunda. Se não fizermos isso corremos o sério risco de lançar as gerações futuras em um verdadeiro inferno dominado por corruptos, libertinos e marginais de todo tipo.
Robson Augusto. — O autor é Militar R1, sociólogo e jornalista.
Phonte: Revista Sociedade Militar
É urgente que seja realizada uma campanha bem elaborada e intensa de moralização da sociedade, com a ajuda da grande mídia, telejornais e até produtores de novelas, que tão facilmente “fazem a cabeça” da sociedade. Informando entre outras coisas que comprar mercadorias roubadas é crime e gera morte, comprar drogas ilícitas é crime e gera morte, comprar celulares roubados é crime e gera morte etc. É preciso dar o nome correto às coisas.
A dona de casa que compra uma lata de leite condensado pela metade do preço na feira de Belford Roxo precisa saber que está cometendo um crime de receptação e que um de seus próprios filhos, parentes ou amigos pode ser morto em um assalto a um caminhão.
O que falta para colocar outdoors na Avenida Brasil relembrando que o vício em maconha gera morte e desgraça, e que o produto muito mais barato é fruto da desgraça alheia, mencionando o próprio camelô como um cúmplice do crime? O que falta para desfazer o glamour do jovem criminoso, mostrando em letras garrafais e imagens sangrentas que ele vai causar desgraça para pessoas boas e que no final vai acabar morto com um tiro na cara?
Algo semelhante foi feito para diminuir o vício em cigarros. Temos ferramentas e profissionais capazes de ajudar a sociedade a compreender o que é correto.
A pergunta é: Por que não estamos fazendo uma grande campanha? Somos a maioria e temos mais ferramentas. O que está impedindo que a sociedade, instituições e grande mídia se unam em prol de resgatar esse país? Estamos perdendo tempo e isso é muito triste.
Precisamos de uma mudança ampla, profunda. Se não fizermos isso corremos o sério risco de lançar as gerações futuras em um verdadeiro inferno dominado por corruptos, libertinos e marginais de todo tipo.
Robson Augusto. — O autor é Militar R1, sociólogo e jornalista.
Phonte: Revista Sociedade Militar
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