“A apologética é uma disciplina essencial à Igreja, face aos muitos modismos teológicos e movimentos religiosos e sectários que avançam no Brasil e no mundo”
A apologética é uma disciplina essencial à Igreja, em sua missão no mundo. Atualmente, e talvez agora mais do que nunca, deparamo-nos com muitos desafios no que tange à pureza do Evangelho, face aos muitos modismos teológicos e movimentos religiosos e sectários que avançam no Brasil e no mundo.
Compreender adequadamente a verdade do Evangelho e ter condições de expô-la e defendê-la diante da sociedade faz-se necessário, tendo em vista glorificar a Deus e preservar a pureza doutrinária das Escrituras. E isso é essencial, uma vez que se não compreendemos adequadamente essas maravilhosas verdades escriturísticas, consequentemente nossa relação com Deus e com o mundo também será afetada.
Compreender adequadamente a verdade do Evangelho e ter condições de expô-la e defendê-la diante da sociedade faz-se necessário, tendo em vista glorificar a Deus e preservar a pureza doutrinária das Escrituras. E isso é essencial, uma vez que se não compreendemos adequadamente essas maravilhosas verdades escriturísticas, consequentemente nossa relação com Deus e com o mundo também será afetada.
Uma vida cristã sadia, de fato, passa pela adequada compreensão da mensagem bíblica. E a apologética contribui diretamente nesse sentido, na medida em que confronta os falsos ensinos face à pureza da Palavra de Deus.
Por natureza, a apologética, constitui-se uma disciplina salutar à fé cristã, frente aos embates com os sectários. Sem contar que cai sobre nós cristãos não só a responsabilidade de defesa própria, mas serve ainda, na formação da cultura, na proteção do rebanho, na evangelização e em missões, como veremos. Antes, entretanto, causa-nos preocupação o fato de muitos cristãos desconhecerem essa matéria e, por isso, não terem a capacidade de dialogar com adeptos de várias religiões e de seitas. Natanael Rinaldi (in memoriam), destacado apologista, com razão observou:
A expressão “a fiel palavra, que é conforme a doutrina” pode ser interpretada como um fruto gerado pelo conhecimento teológico. E a expressão “convencer os “contradizentes”, pode ser interpretada como um ato de evangelizar pessoas que professam uma fé distinta do genuíno cristianismo. [1]
Por natureza, a apologética, constitui-se uma disciplina salutar à fé cristã, frente aos embates com os sectários. Sem contar que cai sobre nós cristãos não só a responsabilidade de defesa própria, mas serve ainda, na formação da cultura, na proteção do rebanho, na evangelização e em missões, como veremos. Antes, entretanto, causa-nos preocupação o fato de muitos cristãos desconhecerem essa matéria e, por isso, não terem a capacidade de dialogar com adeptos de várias religiões e de seitas. Natanael Rinaldi (in memoriam), destacado apologista, com razão observou:
A expressão “a fiel palavra, que é conforme a doutrina” pode ser interpretada como um fruto gerado pelo conhecimento teológico. E a expressão “convencer os “contradizentes”, pode ser interpretada como um ato de evangelizar pessoas que professam uma fé distinta do genuíno cristianismo. [1]
É estreita a relação entre teologia e apologética. Esta última é uma subdivisão da teologia. E, como a teologia prima pelo conhecimento de Deus e de Sua Palavra sem distorções ou erros, logo a apologética nos serve de base para identificarmos e combatermos quaisquer desvios teológicos e doutrinários.
Acertadamente, Natanael Rinaldi mostra-nos como a apologética é fundamental para a igreja. Ele escreve:
Sabemos que a grande ocorrência da apostasia em nosso meio envolve seitas pseudocristãs, ou seja, aquelas que mais se assemelham com o cristianismo. Isto se deve ao emprego distorcido dos fundamentos teológicos facilmente aceitos entre os crentes incautos. É como se fosse um disfarce do cristianismo, uma maquiagem para a verdade cristã.
Quando um crente encontra-se desabilitado para defender sua fé, ele fatalmente está propenso ao engano. Disse Charles Hodge: “Que ninguém creia que o erro doutrinário seja um mal de pouca importância. Nenhum caminho para a perdição jamais se encheu de tanta gente como o da falsa doutrina”. A tragédia espiritual de inúmeros crentes é que eles não atentam para isso!
O apologista Walter Martin também alertou que é conhecendo a verdadeira nota que conseguimos identificar a falsa. É possível ser um teólogo e não ser apologista, embora isso não seja plausível. Entretanto, é impossível ser um apologista sem ser um teólogo!
Acertadamente, Natanael Rinaldi mostra-nos como a apologética é fundamental para a igreja. Ele escreve:
Sabemos que a grande ocorrência da apostasia em nosso meio envolve seitas pseudocristãs, ou seja, aquelas que mais se assemelham com o cristianismo. Isto se deve ao emprego distorcido dos fundamentos teológicos facilmente aceitos entre os crentes incautos. É como se fosse um disfarce do cristianismo, uma maquiagem para a verdade cristã.
Quando um crente encontra-se desabilitado para defender sua fé, ele fatalmente está propenso ao engano. Disse Charles Hodge: “Que ninguém creia que o erro doutrinário seja um mal de pouca importância. Nenhum caminho para a perdição jamais se encheu de tanta gente como o da falsa doutrina”. A tragédia espiritual de inúmeros crentes é que eles não atentam para isso!
O apologista Walter Martin também alertou que é conhecendo a verdadeira nota que conseguimos identificar a falsa. É possível ser um teólogo e não ser apologista, embora isso não seja plausível. Entretanto, é impossível ser um apologista sem ser um teólogo!
O conhecimento das doutrinas fundamentais da Bíblia é o maior baluarte contra o erro. Todo o engodo está na deturpação das Escrituras, na distorção da doutrina. Uma teologia voltada para a apologia certamente evitaria os modismos que têm causado escândalo entre os evangélicos em nosso país.
Vejamos o que o apóstolo Paulo orientou a Timóteo: “Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina. Persevera nestas coisas; porque, fazendo isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem” (1Tm 4.16). A Tito, ele declarou: “Em tudo, te dá por exemplo de boas obras; na doutrina, mostra incorrupção, gravidade, sinceridade” (Tt 2.7). [2]
As doutrinas bíblicas são melhores expressas e defendidas quando tem o seu caráter apologético bem fundamentado. Vejamos:
A apologética cristã é uma disciplina da teologia cuja finalidade é defender os princípios bíblicos por ela (teologia) expressos. Assim, a apologética visa combater os desvios doutrinários identificados nas diversas disciplinas teológicas, especialmente nas doutrinas essenciais, como a natureza divina (Pai, Filho e Espírito Santo) e a encarnação, morte e ressurreição de Cristo, entre outras.
Observando esta relação, podemos concluir que a apologética atua em função da teologia. É porque os princípios doutrinários existem e são distorcidos que a apologética é necessária. Logo, todos os elementos da apologética dependem e convergem para a teologia. Com isso em mente, entendemos que a apologética será conduzida de acordo com a teologia que quer defender. Portanto, se alguém possuir algumas doutrinas distorcidas como base, sua apologética seguirá a mesma tendência […] [3]
Uma das funções da apologética como alistadas no primeiro parágrafo dessa sessão é a formação da cultura. Craig anota o seguinte:
[…] A tarefa mais ampla da apologética cristã é ajudar a criar e manter um ambiente cultural em que o evangelho possa ser ouvido como uma opção intelectualmente viável para homens e mulheres pensantes.
A apologética é, portanto, vital na fomentação de um ambiente cultural em que o evangelho pode ser ouvido como uma opção viável para pessoas pensantes. Na maioria dos casos, não serão argumentos ou evidências que levarão as pessoas à fé em Cristo — essa é a meia-verdade vista pelos detratores da apologética —, não obstante, será a apologética que, ao tornar o evangelho uma opção crível para as pessoas, lhes dará, por assim dizer, o aval intelectual para crer. Por isso, é vitalmente importante que preservemos um ambiente cultural em que o evangelho é ouvido como uma opção viva para pessoas pensantes, e a apologética será essencial para ajudar a produzir esse resultado. [4]
Podemos também asseverar que a apologética serve para proteger o rebanho do Senhor dos falsos mestres, que são lobos vorazes. O fortalecimento do rebanho faz-se necessário para que o mesmo consiga discernir os ardis das seitas que, em grande parte, são sigilosos para alcançar êxito na empreitada de seduzir adeptos à sua cosmovisão. O antídoto contra as visões distorcidas é a Palavra de Deus.
Seguindo nessa direção, a Série Apologética do Instituto Cristão de Pesquisa (ICP) diz que:
Um rebanho bem alimentado não dará problemas. Devemos investir tempo e recursos na preparação dos membros da Igreja. Escolas bíblicas bem administradas ajudam o nosso povo a conhecer melhor a Palavra de Deus. Um curso de batismo mais extensivo, abrangendo detalhadamente as principais doutrinas, refutando as argumentações dos sectários e expondo-lhes a verdade, será útil para proteger os recém convertidos dos ataques das seitas. [5]
É fato consumado que toda igreja para lograr êxito em relação à saúde de seus membros, precisa investir no treinamento dos mesmos, pois, do lado das seitas, há um investimento pesado em seus adeptos, no intuito de prepará-los para fazerem novos discípulos. Nesse sentido, o alerta de Paulo é bem pertinente com relação ao cuidado que, especialmente, a liderança eclesiástica deve ter:
Olhai, pois, por vós e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele resgatou com seu próprio sangue. Porque eu sei isto: que, depois da minha partida, entrarão no meio de vós lobos cruéis, que não perdoarão o rebanho. E que, dentre vós mesmos, se levantarão homens que falarão coisas perversas, para atraírem os discípulos após si. Portanto, vigiai, lembrando-vos de que, durante três anos, não cessei, noite e dia, de admoestar, com lágrimas, a cada um de vós (At 20.28-31). [6]
O estudo da apologética cristã serve à igreja. Ao passo que esta mesma igreja serve aos seus coerdeiros, no esmero de uma vida cristã pautada na verdade emanada das Escrituras. A bem da verdade, o ideal seria que toda igreja local envolvesse seus membros no estudo sistemático da Palavra de Deus.
Como evangelismo e missões fazem parte da tarefa da apologética, é de fundamental importância conhecermos a visão daqueles que estão presos às seitas, pois o conhecimento apurado do pensamento dos movimentos sectários facilitará a tarefa da Igreja no evangelismo e nas missões.
Por fim, deve ecoar nos ouvidos dos salvos em Cristo o que preceituou o apóstolo Pedro: “Antes, santificai a Cristo, como Senhor, em vosso coração; e estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós” (1 Pe 3.15).
NOTAS
[1] RINALDI, Natanael. A Importância da Teologia na Apologética. Disponível em <http://www.icp.com.br/63materia1.asp>. Acesso em 07 de junho de 2017.
[2] Ibidem.
[3] Ibidem.
[4] CRAIG, William Lane. Apologética Contemporânea: a veracidade da fé cristã. 2.ed. São Paulo: Vida Nova, 2012, pp. 17,19.
Série apologética. vol. 1. Organizado por Instituto Cristão de Pesquisa (ICP). – Santo André, SP: Geográfica, 2015, p. 14.
BÍBLIA. Português. Bíblia Sagrada, Edição Almeida Revista e Corrigida (ARC). Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1995.
Roberto Campista
Roberto Campista serve a Deus e a 1ª Igreja Assembleia de Deus em São Mateus-Es como Presbítero. É escritor de vários livros e leciona Teologia. É Bacharel em Teologia, licenciado em Pedagogia e Pós-Graduado em Ética e Filosofia. Atualmente é Mestrando em Teologia Sistemática.
As doutrinas bíblicas são melhores expressas e defendidas quando tem o seu caráter apologético bem fundamentado. Vejamos:
A apologética cristã é uma disciplina da teologia cuja finalidade é defender os princípios bíblicos por ela (teologia) expressos. Assim, a apologética visa combater os desvios doutrinários identificados nas diversas disciplinas teológicas, especialmente nas doutrinas essenciais, como a natureza divina (Pai, Filho e Espírito Santo) e a encarnação, morte e ressurreição de Cristo, entre outras.
Observando esta relação, podemos concluir que a apologética atua em função da teologia. É porque os princípios doutrinários existem e são distorcidos que a apologética é necessária. Logo, todos os elementos da apologética dependem e convergem para a teologia. Com isso em mente, entendemos que a apologética será conduzida de acordo com a teologia que quer defender. Portanto, se alguém possuir algumas doutrinas distorcidas como base, sua apologética seguirá a mesma tendência […] [3]
Uma das funções da apologética como alistadas no primeiro parágrafo dessa sessão é a formação da cultura. Craig anota o seguinte:
[…] A tarefa mais ampla da apologética cristã é ajudar a criar e manter um ambiente cultural em que o evangelho possa ser ouvido como uma opção intelectualmente viável para homens e mulheres pensantes.
A apologética é, portanto, vital na fomentação de um ambiente cultural em que o evangelho pode ser ouvido como uma opção viável para pessoas pensantes. Na maioria dos casos, não serão argumentos ou evidências que levarão as pessoas à fé em Cristo — essa é a meia-verdade vista pelos detratores da apologética —, não obstante, será a apologética que, ao tornar o evangelho uma opção crível para as pessoas, lhes dará, por assim dizer, o aval intelectual para crer. Por isso, é vitalmente importante que preservemos um ambiente cultural em que o evangelho é ouvido como uma opção viva para pessoas pensantes, e a apologética será essencial para ajudar a produzir esse resultado. [4]
Podemos também asseverar que a apologética serve para proteger o rebanho do Senhor dos falsos mestres, que são lobos vorazes. O fortalecimento do rebanho faz-se necessário para que o mesmo consiga discernir os ardis das seitas que, em grande parte, são sigilosos para alcançar êxito na empreitada de seduzir adeptos à sua cosmovisão. O antídoto contra as visões distorcidas é a Palavra de Deus.
Seguindo nessa direção, a Série Apologética do Instituto Cristão de Pesquisa (ICP) diz que:
Um rebanho bem alimentado não dará problemas. Devemos investir tempo e recursos na preparação dos membros da Igreja. Escolas bíblicas bem administradas ajudam o nosso povo a conhecer melhor a Palavra de Deus. Um curso de batismo mais extensivo, abrangendo detalhadamente as principais doutrinas, refutando as argumentações dos sectários e expondo-lhes a verdade, será útil para proteger os recém convertidos dos ataques das seitas. [5]
É fato consumado que toda igreja para lograr êxito em relação à saúde de seus membros, precisa investir no treinamento dos mesmos, pois, do lado das seitas, há um investimento pesado em seus adeptos, no intuito de prepará-los para fazerem novos discípulos. Nesse sentido, o alerta de Paulo é bem pertinente com relação ao cuidado que, especialmente, a liderança eclesiástica deve ter:
Olhai, pois, por vós e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele resgatou com seu próprio sangue. Porque eu sei isto: que, depois da minha partida, entrarão no meio de vós lobos cruéis, que não perdoarão o rebanho. E que, dentre vós mesmos, se levantarão homens que falarão coisas perversas, para atraírem os discípulos após si. Portanto, vigiai, lembrando-vos de que, durante três anos, não cessei, noite e dia, de admoestar, com lágrimas, a cada um de vós (At 20.28-31). [6]
O estudo da apologética cristã serve à igreja. Ao passo que esta mesma igreja serve aos seus coerdeiros, no esmero de uma vida cristã pautada na verdade emanada das Escrituras. A bem da verdade, o ideal seria que toda igreja local envolvesse seus membros no estudo sistemático da Palavra de Deus.
Como evangelismo e missões fazem parte da tarefa da apologética, é de fundamental importância conhecermos a visão daqueles que estão presos às seitas, pois o conhecimento apurado do pensamento dos movimentos sectários facilitará a tarefa da Igreja no evangelismo e nas missões.
Por fim, deve ecoar nos ouvidos dos salvos em Cristo o que preceituou o apóstolo Pedro: “Antes, santificai a Cristo, como Senhor, em vosso coração; e estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós” (1 Pe 3.15).
NOTAS
[1] RINALDI, Natanael. A Importância da Teologia na Apologética. Disponível em <http://www.icp.com.br/63materia1.asp>. Acesso em 07 de junho de 2017.
[2] Ibidem.
[3] Ibidem.
[4] CRAIG, William Lane. Apologética Contemporânea: a veracidade da fé cristã. 2.ed. São Paulo: Vida Nova, 2012, pp. 17,19.
Série apologética. vol. 1. Organizado por Instituto Cristão de Pesquisa (ICP). – Santo André, SP: Geográfica, 2015, p. 14.
BÍBLIA. Português. Bíblia Sagrada, Edição Almeida Revista e Corrigida (ARC). Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1995.
Roberto Campista
Roberto Campista serve a Deus e a 1ª Igreja Assembleia de Deus em São Mateus-Es como Presbítero. É escritor de vários livros e leciona Teologia. É Bacharel em Teologia, licenciado em Pedagogia e Pós-Graduado em Ética e Filosofia. Atualmente é Mestrando em Teologia Sistemática.
Phonte: Artigos Gospel Prime
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