Unico SENHOR E SALVADOR

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sexta-feira, 7 de junho de 2013

Contradições da psicologia evangélica

Julio Severo


Em 21 de fevereiro de 2009, durante o evento da VINACC em Campina Grande, na Paraíba, pude participar do programa de rádio da VINACC em que no debate ao vivo entrou o assunto da desordem e falta de autoridade que há hoje nas escolas. Muitos alunos só querem bagunçar e o professor se sente impotente nessa zona de guerra. Atribuí esse clima caótico ao excesso de intervenção estatal. 

Declarei que no passado, as crianças iam para a escola para aprender e a autoridade do pai era inquestionável e suficiente para impor ordem e respeito. Bagunça em casa ou na escola? Nem pensar! A desobediência e a irresponsabilidade eram tratadas eficazmente na vara de marmelo.
Hoje, com políticas intervencionistas que transformam pais em meros escravos dos caprichos estatais diante do mau comportamento dos filhos, as escolas se tornaram zoológicos sem jaulas, uma terra sem lei, onde a autoridade maior é o direito de “livre expressão” das crianças. Ali, é proibido proibir — a não ser que o assunto seja devolver aos pais o direito de aplicar uma boa disciplina física para eliminar a bagunça e trazer a ordem.


O mais notável é que durante o debate de rádio da VINACC, uma conhecida psicóloga evangélica deu sua opinião, declarando que crianças problemáticas na escola — que desafiam a autoridade — devem ser encaminhadas a psicólogos e psiquiatras. Por que não encaminhá-las a pastores? Dar ao público da rádio a sugestão de encaminhar crianças a psicólogos e psiquiatras é convidar, em grande parte, novos problemas ao cenário, pois a perspectiva de psicólogos e psiquiatras é muitas vezes contrária aos valores cristãos.
Como exemplo, uso a própria psicóloga que deu essa sugestão impensada. Por defender a reorientação de homossexuais, ela vem sofrendo perseguição do Conselho Federal de Psicologia (CFP). Isto é, o CFP, que representa a vontade da maioria dos psicólogos do Brasil, não concorda e não aceita que ela ajude um homem a sair do homossexualismo. 

O CFP tem outras posições radicais que são hostis ao Cristianismo e ao próprio bom senso.

Essa psicóloga sabe que se ela própria fosse encaminhada a outro psicólogo ou psiquiatra para uma avaliação de suas questões, ela seria vítima de preconceito de sua própria classe. Mesmo assim, ela não teve receio de recomendar o encaminhamento de crianças a esses profissionais do preconceito anticristão. Ela própria não quer ser jogada à cova dos leões, mas atira ali alunos e seus pais, como se um psicólogo ou psiquiatra possuísse poderes divinos, acima de todos os outros seres humanos, para identificar e apontar soluções miraculosas para as questões humanas.
Nessa contradição, quem acaba sofrendo são os inocentes.

E se, seguindo o conselho da psicóloga evangélica, crianças com dilemas sexuais ou comportamentais forem encaminhadas a um psicólogo ou psiquiatra pró-homossexualismo? Em análise final, o conselho da psicóloga evangélica acaba contribuindo para jogar os inocentes diretamente nos braços de profissionais do preconceito anticristão e anti-família natural.


Talvez a preocupação da psicóloga evangélica fosse a detecção de abusos sexuais. Esses crimes realmente ocorrem, e uma das melhores soluções seria o Estado aplicar pena capital nos estupradores. Mas os abusos sexuais não ocorrem na maioria das famílias e não podem ser usados como desculpa para um intervencionismo estatal absoluto em tudo e em todos.
Portanto, encaminhar automaticamente crianças a psicólogos a fim de se detectar possível abuso é expô-las ao abuso estatal que hoje condena os valores morais contrários ao homossexualismo e outras perversões sexuais. Ao se deparar com uma criança cristã que tem esses valores, o psicólogo humanista a classificará como vítima dos “valores preconceituosos dos pais”, requerendo tratamento e reorientação.


Assim, onde não houver abusos, o psicólogo se encarregará de cometê-los, em nome de ideologias politicamente corretas. Durante a avaliação de uma criança por um psicólogo humanista, o pai ou mãe que for descoberto ensinando os filhos sobre a intrínseca perversão dos atos homossexuais será rotulado de “homófobo” e, se aprovadas leis anti-“homofobia”, será denunciado por abuso psicológico aos órgãos estatais. Durante a avaliação de uma criança por um psicólogo humanista, o pai ou mãe que for descoberto fazendo uso da vara da disciplina nos filhos será denunciado por abuso físico aos órgãos estatais.
É claro que uma minoria de psicólogos é cristã. Mas mesmo entre estes, há muita confusão e pouco consenso na Palavra de Deus. E entre os que parecem ter consenso cristão, há contradições. Raríssima exceção é o Dr. James Dobson, que acertadamente defende o uso da disciplina física nos filhos e se opõe ao doutrinamento homossexual das crianças nas escolas.

Psicólogos humanistas parecem ser mais coerentes, pois jamais encaminham crianças e seus pais a pastores ou padres. Contudo, psicólogos cristãos que encaminham crianças e seus pais a outros psicólogos servem, conscientemente ou não, como idiotas úteis de um sistema de valores que desorienta espiritualmente, reorientando-os a uma vida onde o centro de tudo é o próprio homem, não Deus.


A psicóloga evangélica veria como extrema crueldade e desumanidade a sugestão de que ela mesma deveria ser encaminhada para uma avaliação de seus colegas profissionais. Mas o que ela não quer para si, ela recomenda para as crianças e seus pais: que eles sejam encaminhados para os que a perseguem! É de admirar então que ela seja defensora do ECA, o maior documento anti-família do Brasil?
Não é hora de repensar as contradições dos psicólogos evangélicos e a idolatria que a igreja vem prestando no altar da psicologia?

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