Uma reportagem do jornal Estadão aponta que setores de inteligência do governo brasileiro detectaram tentativas de cooptação de jovens no País pelo EI (Estado Islâmico, ou ainda Isis) para atuar com extremistas. Segundo o jornal, o Palácio do Planalto recebeu relatórios de órgãos de inteligência alertando para o problema.
Um dos objetivos desses relatórios é alertar a presidente Dilma Rousseff de que, apesar da tranquilidade até agora sobre terrorismo no País, há um “fator de risco” que não pode ser desprezado: as Olimpíadas Rio 2016. Envolvidos na discussão dizem que “a luz amarela está acesa”, segundo o Estadão, e que o tema foi assunto de uma reunião na semana passada com integrantes do Ministério da Justiça, do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), da PF (Polícia Federal) e da Abin (Agência Brasileira de Inteligência).
De acordo com as investigações, apesar de o Brasil não ter histórico de terrorismo, o interesse do EI é ampliar o recrutamento de novos militantes – hoje concentrado na Europa – para a América do Sul. Segundo o Estadão, há grande preocupação das autoridades principalmente com os Jogos Olímpicos do próximo ano. O evento reunirá no Rio de Janeiro não apenas visitantes de todas as regiões brasileiras, mas também atletas e turistas do mundo inteiro.
Um dos documentos, segundo relatos obtidos pelo jornal, destaca a preocupação do Brasil com o EI e com a influência dos jihadistas sobre os jovens. Os serviços de inteligência internacional avaliam que as barbáries cometidas pelo grupo em vídeos divulgados na internet – degolar pessoas ou queimá-las vivas – pode criar “fantasias heroicas” no imaginário juvenil.
Recrutamento
No Brasil, segundo apurou o Estado de S. Paulo, pouco mais de dez brasileiros convertidos ao islamismo fundamentalista do Estado Islâmico foram identificados utilizando redes sociais para tentar influenciar sírios que saíram de áreas conflagradas e moram no País para engrossar o EI. O número é considerado alto.
As investigações, segundo ainda o jornal, demonstraram que esses brasileiros não pretendem deixar o País, mas causam preocupação pelo efeito que podem ter sobre os refugiados. Em razão da ausência de legislação, o grupo é apenas acompanhado com discrição pelos órgãos de inteligência.
Com informações do Estadão e Plantão RS
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