Veículo de comunicação oficial da Autoridade Palestina acusa povo judeu por "toda a corrupção no mundo"

Imad Hamato, clérigo responsável pelo discurso na rede de
televisão oficial da Autoridade Palestina.
Imagem: Memri Fr/Naba ps

A rede de televisão oficial da Autoridade Palestina publicou vídeo acusando "os judeus" por toda a corrupção e conflitos existentes no mundo. A mensagem antijudaica foi feita pelo clérigo Imad Hamato, professor de Estudos Corânicos, e disponibilizada no último final de semana.. 

 A organização, chefiada pelo partido antissemita Fatah, foi acusada recentemente de louvar a imagem do ditador alemão Adolf Hitler - o chefe de inteligência da Autoridade Palestina da Cisjordânia teria dito que o líder do regime nacional-socialista não foi "moralmente corrupto" e que teria sido, na verdade, "ousado". A notícia sobre as novas mensagens antissemitas divulgadas com o apoio do Fatah foi veiculada nos portais Palestinian Media Watch eBreitbart.

Conforme o site de notícias norte-americano Breitbart, a rede de televisão oficial do Estado palestino "transmitiu o vídeo de um Imam - líder religioso islâmico - acusando os judeus de serem responsáveis até mesmo pelas 'brigas entre os peixes, no oceano'. Ele ainda afirmou que 'enquanto os judeus estiverem causando corrupção devastadora, a humanidade nunca viverá em conforto'". O clérigo ainda disse que "a humanidade nunca viverá em paz, riqueza ou tranquilidade enquanto os judeus estiverem corrompendo a terra".

Ainda segundo o veículo de comunicação, o Imam teria dito: "um homem uma vez afirmou: se um peixe briga com outro peixe nos oceanos, eu tenho certeza de que é porque um judeu está por trás disso. Como o livro sagrado proclama: 'todas as vezes em que eles acenderam os fogos da guerra contra vocês, Allah os extinguiu'. Eles se espalham pela terra causando corrupção, e Allah não gosta dos corruptores".

O site de notícias Breitbart informa que o programa no qual o sacerdote extremista fez as declarações de ódio contra o povo judeu foi veiculado pela Autoridade Palestina no último sábado. O sermão fez parte de uma série de transmissões que se referiam aos judeus como "demônios", e ao Estado de Israel com "um projeto de Satanás". 

Um discurso televisionado feito por Mahmoud Al-Habbash, assessor do presidente palestino Mahmoud Abbas, também se referiu aos judeus como "os demônios", "os iguais a satanás", e sugeriu que o povo judeu representa "o mal" e "a falsidade" para a História. Por outro lado, o Islam e os palestinos foram descritos pelo assessor como "o bem" e "o projeto de Allah".

No início do ano, ainda conforme a reportagem, a Autoridade Palestina divulgou um documentário no qual a criação do Estado de Israel é descrita como uma estratégia adotada pelas lideranças da Europa para "limpar o continente" da "corrupção e dos esquemas dos judeus". O Estado palestino também acusou, na peça de propaganda, o povo judeu de ser "o responsável pelas tragédias que afligiram a Europa", ao longo do Século XX.

Em 20 de janeiro, o site Palestinian Media Watch divulgou um vídeo no qual Tawfiq Tirawi, chefe de inteligência da Autoridade Palestina na Cisjordânia, afirmou que "Adolf Hitler não era moralmente corrupto - ele era ousado". A declaração grotesca do oficial das forças de segurança palestinas foi realizada durante uma entrevista para uma rede de televisão local, e levou o entrevistador a pedir uma pausa, "por medo de perder o emprego". 

Líderes do Fatah são acusados de divulgar outras mensagens de ódio similares e de estimular integrantes do grupo à adoção da saudação nazista - as organizações antissemitas Hamas e Hezbollah também fazem uso do gesto, em manifestações públicas.

Veja o vídeo divulgado pela Autoridade Palestina onde um clérigo acusa o povo judeu "por toda a corrupção no mundo" denúncia sobre propaganda antissemita foi realizada pelo site Palestinian Media Watch:

Veja um trecho do documentário antissemita veiculado pelo Fatah no início do ano - o discurso de ódio também foi denunciado pelo portal Palestinian Media Watch:

Phonte: D.I