Estrutura subterrânea em bosque na Lituânia foi usada em fuga, mas só 11 sobreviveram
JERUSALÉM — Uma equipe internacional de pesquisadores localizou um túnel escavado por prisioneiros judeus usando apenas colheres e as próprias mãos. Eles tentavam escapar das forças nazistas na Lituânia durante a Segunda Guerra Mundial.
A estrutura subterrânea, com 35 metros de comprimento, foi construída no Bosque Panerai, onde cerca de 100 mil pessoas foram mortas, sendo 70 mil judeus, entre 1941 e 1944.
— Como um israelense de família lituana, eu caí em lágrimas com a descoberta do túnel — disse Jon Seligman, da Autoridade Israelense de Antiguidades, em comunicado. — Essa descoberta é um testemunho reconfortante da vitória da esperança sobre o desespero. A descoberta do túnel nos permite apresentar não apenas os horrores do Holocausto, mas também o anseio pela vida.
Com o avanço russo e seu Exército Vermelho, as forças alemãs se retiraram do fronte oriental e, em 1943, criaram uma unidade especial para encobrir os rastros do genocídio naquela região. O Bosque Panerai recebeu um grupo de 80 prisioneiros do campo de concentração Stutthof, na Polônia, para a função.
— Como um israelense de família lituana, eu caí em lágrimas com a descoberta do túnel — disse Jon Seligman, da Autoridade Israelense de Antiguidades, em comunicado. — Essa descoberta é um testemunho reconfortante da vitória da esperança sobre o desespero. A descoberta do túnel nos permite apresentar não apenas os horrores do Holocausto, mas também o anseio pela vida.
Cerca de cem mil pessoas foram executadas no Bosque Panerai, na Lituânia
- WIKIPEDIA
Com o avanço russo e seu Exército Vermelho, as forças alemãs se retiraram do fronte oriental e, em 1943, criaram uma unidade especial para encobrir os rastros do genocídio naquela região. O Bosque Panerai recebeu um grupo de 80 prisioneiros do campo de concentração Stutthof, na Polônia, para a função.
Durante o dia, eles trabalhavam na escavação de covas coletivas, no empilhamento de corpos e na coleta de madeira para a incineração. Temendo a execução após a conclusão dos trabalhos, escavaram um túnel a partir da prisão onde passavam as noites.
Ao longo de três meses, o grupo de prisioneiros escavou o túnel com 35 metros, usando apenas colheres e as próprias mãos. Na noite do dia 15 de abril de 1944, a fuga foi concretizada. De acordo com a Autoridade Israelense de Antiguidades, 40 prisioneiros passaram pelo túnel, mas, descobertos pelos guardas, muitos deles foram baleados.
Ao longo de três meses, o grupo de prisioneiros escavou o túnel com 35 metros, usando apenas colheres e as próprias mãos. Na noite do dia 15 de abril de 1944, a fuga foi concretizada. De acordo com a Autoridade Israelense de Antiguidades, 40 prisioneiros passaram pelo túnel, mas, descobertos pelos guardas, muitos deles foram baleados.
Quinze conseguiram cruzar as cercas do campo e escaparam para as florestas geladas da Lituânia, mas apenas 11 prisioneiros alcançaram as forças russas e, graças ao túnel, sobreviveram à guerra.
Desde a Segunda Guerra Mundial, a localização exata do túnel foi perdida, apesar das incontáveis tentativas para encontrá-lo. Agora, a equipe formada por pesquisadores de Israel, Estados Unidos, Canadá e Lituânia conseguiu localizá-lo usando a técnica de tomografia por resistência elétrica, usada para a exploração de petróleo e na indústria de mineração.
Desde a Segunda Guerra Mundial, a localização exata do túnel foi perdida, apesar das incontáveis tentativas para encontrá-lo. Agora, a equipe formada por pesquisadores de Israel, Estados Unidos, Canadá e Lituânia conseguiu localizá-lo usando a técnica de tomografia por resistência elétrica, usada para a exploração de petróleo e na indústria de mineração.
Pesquisadores usaram técnicas de exploração mineral para encontrar o túnel
- Ezra Wolfinger/NOVA/Autoridade Israelense de Antiguidades
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