Por Bárbara Kay
Não é sempre que a minha filha me pede que escreva algo sobre um ou outro fenômeno cultural. Mas esta semana ela me enviou um vídeo e me disse que deveria escreve sobre ele.
Eu assisti. Tenho cinco netas, com idades variando entre dez e dois anos. Então sim, eu sabia que teria de escrever sobre isso. Mas é uma das tarefas mais difíceis que já me atribuí. Porque minha cabeça explodia com raiva enquanto assistia, então era difícil escrever.
Mas sim, eu tenho que de escrever sobre isso e todos que podem escrever deveriam fazer o mesmo, e todos que não podem escrever, deveriam fazer outra coisa: Eu não sei, talvez abrir a janela, pôr suas cabeças pra fora e gritar: “Estou cheio demais dessa droga e não vou tolerar mais isso.”
Assista primeiro!
Assista primeiro!
Se você não viu nada de errado nisso, pare de ler porque eu agora vou ofender você. Para não se incomodar com esse vídeo, você deve não se incomodar com crianças servindo de brinquedos para adultos, para qualquer propósito que eles queiram. Neste caso, para incorporar a necessidade de justiça de gênero através da justaposição criativa da “inocência” infantil, com “conhecimento” adulto, através da “ironia”, do entretenimento “adulto”.
Para fazer isso, você tem de pegar crianças pequenas, que não deveriam pensar ou expressar certos tipos de pensamentos de adultos, e fazê-los agir como se fosse habitual e normal elas fazerem isso. *Insira muitas piscadelas*
Então, o que há para se fazer objeção? Onde começar? Temos algumas mulheres adultas, pensando que é legal fazer garotinhas – falamos de nove ou dez anos aqui – fazendo raps como “traficantes” raivosos, falando f***”, p***rra, f*dido ou filho-da-p**** a cada três palavras, apenas para mostrar como elas são duronas. Temos mulheres brancas, pensando que é maravilhosamente criativo é ter menininhas brancas (com um pouco de asiáticas e negras para amostragem) “mandando o verbo” como “cachorras funkeiras”.
Então, o que há para se fazer objeção? Onde começar? Temos algumas mulheres adultas, pensando que é legal fazer garotinhas – falamos de nove ou dez anos aqui – fazendo raps como “traficantes” raivosos, falando f***”, p***rra, f*dido ou filho-da-p**** a cada três palavras, apenas para mostrar como elas são duronas. Temos mulheres brancas, pensando que é maravilhosamente criativo é ter menininhas brancas (com um pouco de asiáticas e negras para amostragem) “mandando o verbo” como “cachorras funkeiras”.
Temos feministas, pensando que é legal fazer crianças posar e xingar como prostitutas velhas e chateadas, mas – “Nossa, como somos criativas e irônicas” – usando vestidinhos de princesa, que são o sucesso com crianças *pré-sexuais*. Garotinhas falando como “vadias”, atraindo assim o tipo de atenção se dão às “vadias” (não que necessariamente haja algo de errado nisso, mas há quando são crianças). Você não diria que beira o sexualmente abusivo?
Esse vídeo, supostamente, é sobre “empoderar” as meninas (“Sou poderosa, pra c******!”). O tema – não o mais sutil – é que a “sociedade” nos diz que a palavra f*** é suja, mas adivinha só? O que é “realmente” sujo, é que mulheres não são bem tratadas na nossa sociedade.
Esse vídeo, supostamente, é sobre “empoderar” as meninas (“Sou poderosa, pra c******!”). O tema – não o mais sutil – é que a “sociedade” nos diz que a palavra f*** é suja, mas adivinha só? O que é “realmente” sujo, é que mulheres não são bem tratadas na nossa sociedade.
Por exemplo, “desigualdade salarial” é “mais f**ida que a palavra f***” porque mulheres ganham 23% menos pela “mesma p*** de trabalho” do que os homens. E, já que uma a cada cinco mulheres será sexualmente atacada, “ensinem os garotos a não estuprarem, c***”. E garotos que gostam de se vestir como garotas são zombados, então” f***-se essa m**** sexista”.
As palavras “bruto”, “grosseiro” e “indecente” nem começam a descrever os efeitos negativos desse ataque, aos sensíveis olhos e ouvidos dos espectadores. Mas a palavra “falsidade” é um bom começo. Nenhuma afirmação alegada no vídeo é verdadeira. A desconstrução dos mitos da desigualdade salarial e o embuste de que uma a cada cinco mulheres já foi abusada sexualmente, já foi devidamente feito por analistas criveis e com dados irrefutáveis.
E ninguém está ensinando seus filhos a estuprar, então não há necessidade de “começar” a ensiná-los a não fazê-lo. E aliás, ninguém está fazendo com que garotinhas anseiem possuir e usar vestidos de princesas ou gostar de serem bonitinhas. Elas apenas o fazem, e isso é um fato. O que é, sabe, meioirônico.
Esse vídeo não é apenas um grande exemplo de abuso infantil – qualquer pai ou mãe que deixe sua criança de nove anos de idade assistir uma droga dessas deveria interrogar seriamente seu discernimento parental e maturidade e os pais que permitiram suas filhas a tomarem parte nisso, deveriam ter suas cabeças examinadas – seu tom simplesmente exala misândria.
Por favor, nem pense em escrever pra mim me acusando de falta de senso de humor, ou explicar-me a natureza da ironia dramática. Literatura é o meu campo. Sei tudo sobre ironia, e quando ela funciona, além de quando ela é apropriada e quando não é.
As palavras “bruto”, “grosseiro” e “indecente” nem começam a descrever os efeitos negativos desse ataque, aos sensíveis olhos e ouvidos dos espectadores. Mas a palavra “falsidade” é um bom começo. Nenhuma afirmação alegada no vídeo é verdadeira. A desconstrução dos mitos da desigualdade salarial e o embuste de que uma a cada cinco mulheres já foi abusada sexualmente, já foi devidamente feito por analistas criveis e com dados irrefutáveis.
E ninguém está ensinando seus filhos a estuprar, então não há necessidade de “começar” a ensiná-los a não fazê-lo. E aliás, ninguém está fazendo com que garotinhas anseiem possuir e usar vestidos de princesas ou gostar de serem bonitinhas. Elas apenas o fazem, e isso é um fato. O que é, sabe, meioirônico.
Esse vídeo não é apenas um grande exemplo de abuso infantil – qualquer pai ou mãe que deixe sua criança de nove anos de idade assistir uma droga dessas deveria interrogar seriamente seu discernimento parental e maturidade e os pais que permitiram suas filhas a tomarem parte nisso, deveriam ter suas cabeças examinadas – seu tom simplesmente exala misândria.
Por favor, nem pense em escrever pra mim me acusando de falta de senso de humor, ou explicar-me a natureza da ironia dramática. Literatura é o meu campo. Sei tudo sobre ironia, e quando ela funciona, além de quando ela é apropriada e quando não é.
A única ironia que consigo ver em “Potty-Mouthed Princesses Drop the F-Bomb” é que ele fará que muitas pessoas, que eram simpáticas ao feminismo antes de assistirem-no, perceberem que o feminismo está no declínio após o ápice e se tornou uma horripilante caricatura do movimento de reforma que certa vez foi. Eles se afastarão lentamente, correrão para abraçar suas filhas e sussurrarão: “Não se preocupe querida, eu não vou deixar essas mulheres filhas-da-p… porem as mãos em você”.
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Leia mais de Barbara Kay no National Post. Repostado no AVfM com autorização da autora.
Tradução: João Victor Pedroso
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Leia mais de Barbara Kay no National Post. Repostado no AVfM com autorização da autora.
Tradução: João Victor Pedroso
Com as informações o portal A voice for Men; Via Consciência Cristã
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