Unico SENHOR E SALVADOR

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sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Vídeo - No Superpop, Patrícia Lélis não consegue explicar contradições. Assista!

Patrícia Lelis

Advogada da estudante afirma que tem provas contra Feliciano


O caso Patrícia Lélis versus Marco Feliciano ganhou mais um capítulo na noite desta quarta (18). A estudando de 22 anos foi a convidada do Superpop, apresentado por Luciana Gimenez na RedeTV!.

Por mais de uma hora a jovem respondeu perguntas e contou sua versão dos fatos envolvendo agressão e uma suposta tentativa de estupro no dia 15 de junho em Brasília, bem como os dias que alega ter sido sequestrada em São Paulo.

As acusações dela contra o parlamentar são bem conhecidas e vem sendo abordadas exaustivamente pela mídia desde o início do mês. Várias vezes ela tentou explicar as “falhas” da sua narrativa, conforme foram mostradas no programa Conexão Repórter que foi ar domingo (18).

O Superpop originalmente colocaria frente a frente Patrícia Lélis e Sara Winter, que pertenciam ao mesmo grupo dentro da Juventude do PSC, partido de Feliciano. Contudo, Sara decidiu não ir atendendo orientação da sigla. Em seu lugar, foi convidada outra ativista conhecidas nas redes sociais: Kelly Bolsonaro, que vem prometendo “desmascarar” Patrícia há semanas.

Ao saber que Kelly estaria no programa, Lélis se negou a entrar no palco enquanto a agora rival não fosse embora, pois não debateria com ela. O vídeo dos bastidores do Superpop onde a produção pede que Bolsonaro vá embora e não participe pois essa era uma condição imposta por Patrícia foi postado no Facebook por Kelly.

Resolvida a situação, Patrícia Lélis entrou sozinha para conversar com Luciana Gimenes sobre o caso. O convidado especial foi Jorge Lordello, apresentador do programa policial Operação de Risco, da mesma emissora. Logo no início foi apresentada uma versão resumida da história, que começa desde que o congressista e a estudante se conheceram.

Diante das câmaras, Patrícia repetiu grande parte do que já tinha dito em outras entrevistas. Contou que foi ao apartamento funcional para uma reunião perto das 9 da manhã e foi surpreendida ao constatar que estava sozinha. Teria então chamado pelo WhatsApp as pessoas de um grupo para avisar que havia chegado lá, mas os outros não estavam.

“Ele me fez uma proposta de trabalho com salário de R$ 15 mil e disse que eu teria que ser amante dele. Tentei sair do apartamento e ele me deu soco na boca e um chute na perna”, resumiu ela. Insiste ainda que só escapou de ser estuprada por que uma mulher teria ouvido seus gritos e batido na porta do apartamento. Quando o pastor foi atender, Patrícia diz que aproveitou para fugir.

Logo em seguida, são mostradas as imagens do deputado entrando para uma reunião com o Ministro da Educação aproximadamente às 9 da manhã, mesmo horário em que Patrícia dizia estar sozinha com Feliciano no apartamento. Ele saiu uma hora depois, conforme os vídeos das câmeras de segurança. Na sequência, mais imagens provando que ele foi para a Câmara dos Deputados participar de reuniões públicas.

Quando a apresentadora do programa a questiona como isso seria possível, a resposta de Patrícia foi irônica: “Não sei, as vezes ele é tão abençoado que Deus deu pra ele o poder da onipresença [estar em todos lugares ao mesmo tempo]”.

Fazendo uma série de questionamentos que vem sendo levantados desde que o caso veio a público, Jorge Lordello faz várias perguntas que não foram respondidas de forma clara até agora. Foi questionado, por exemplo, quem era a mulher que bateu na porta do apartamento e que nunca foi identificada; o motivo de Patrícia não ter procurado a polícia no mesmo dia e pedida que ela apresentasse as provas que diz ter, como a conversa no WhatApp com o grupo e fotos das agressões no rosto.

Incapaz de responder com clareza, a estudante começou a insistir na tese que a Polícia Federal precisa investigar o caso. Para ela, somente assim poderá ficar provado que ela estava no mesmo lugar que o pastor Marco na manhã do dia 15 de junho.

Vídeos comprometem Patrícia

O Superpop exibiu os mesmos vídeos que circulam há semanas na internet, onde Patrícia desmente o caso em duas oportunidades diferentes. Questionada sobre isso, a estudante diz que foi coagida por Talma Bauer, ex-chefe de gabinete de Marco Feliciano, a fazer as imagens. Ela insiste que estava sendo ameaçada de morte por Bauer o tempo todo.

Contudo, as imagens de câmaras de circuito interno do hotel comprovam que o “clima” entre Patrícia e Bauer era amistoso. Luciana demonstra então estar confusa com o enredo, pois ao mesmo tempo que dizia estar sendo ameaçada, Lélis continuava conversando com várias pessoas e nunca pede socorro.

Quando Patrícia começa a listar as outras pessoas envolvidas na história, incluindo Arthur Mangabeira, Emerson Biazon e um rapaz que ela chama de Marcelinho, Luciana não se conteve. “Você falou com Bauer, você falou com outro etc. Você parece agente da KGB. Você não tava apavorada?”, questionou. A resposta de Patrícia foi mais uma vez evasiva.

A assistente de palco Simone questionou se Patrícia mandou matar Arthur, como ela aparece dizendo no vídeo. A jovem insiste que há um “corte” e sua fala foi cortada. O principal argumento da estudante é que outras pessoas negociaram em seu nome, contrariando tudo o que pode ser visto no material gravado em secreto por Emerson e disponibilizado para a polícia e colocado na internet.

A questão do dinheiro ainda é um dos grandes temas não resolvidos. Seriam 300 mil reais, divididos em 6 “prestações” de 50 mil. A primeira foi paga a Arthur Mangabeira, que ainda não foi encontrado pela polícia. Embora Patrícia tenha dito que ‘abre’ suas contas bancárias, no dia em que ela fez o BO em São Paulo havia 20 mil reais em espécie nas mãos de Emerson, que mais tarde Bauer confessou ser dele e que fez o pagamento usando de suas economias para evitar um “mal maior”.

Advogada afirma que há provas contra Feliciano


O relato de Patrícia não convenceu a apresentadora, que mais de uma vez afirmou ter dificuldade em acompanhar a narrativa. Ao falar sobre as incongruências nos Boletins de Ocorrência, como o endereço errado dado por ela ao falar do local do suposto crime, a jovem atribuiu o erro ao policial que preencheu o documento.

Também se manifestou a advogada de Patrícia, que diz ter provas contra Feliciano. Contudo, elas não foram apresentadas pelo Superpop. A jurista explica que, por que o deputado tem foro privilegiado, o BO foi enviado para o Supremo Tribunal Federal e que Procuradoria Geral da União poderá denunciar Marco Feliciano. “Estamos convictos de que vai ser aceito”, assegurou. Luciana insiste que a história ainda está confusa e a advogada concordou.

É fato que muitos aspectos da narrativa estão nebulosos e Feliciano até agora não conseguiu explicar do porquê Bauer teria oferecido dinheiro – como é visto fazendo nos vídeos – para ocultar algo que não aconteceu. Segundo Marcelo Carvalho, advogado do PSC entrevistado pelo Superpop, o chefe de gabinete foi exonerado e não trabalha mais para o parlamentar. Ele e Patrícia ainda podem serindiciados pela polícia de São Paulo pelo crime de extorsão.

No final da entrevista, Patrícia voltou a dizer que existem “outros casos” que envolveriam Marco Feliciano e disse que as mulheres deveriam fazer denúncias públicas, como ela está fazendo.

Sara Winter chama Patrícia de mentirosa compulsiva

Logo após o encerramento do programa, Sara Winter, que foi citada por Patrícia e sabidamente tinha ligações com ela, resolveu se manifestar. Em um vídeo com mais de 30 minutos, contou sua versão dos fatos.

Reconheceu que as duas tiveram uma relação de amizade, mas que estão rompidas. Vice-presidente do PSC Jovem, Winter lembrou que Lélis fez acusações sérias sobre o presidente do partido, pastor Everaldo, mas que ele nem estava em Brasília no dia 15 de junho, quando Patrícia afirmou que ele ofereceu “um saco de dinheiro” pelo seu silêncio. Algo que não foi mencionado durante o Superpop, mas dito por Patrícia em entrevistas.

Chamou Patrícia de “mentirosa compulsiva” e lista várias ocasiões em que percebeu que ela contou histórias fantasiosas sobre si e sua família. Sara também classificou-a de “perigosa”, desmentiu que a jovem tenha sido militante do PSC e apresentou prints de conversas entre as duas, onde ela pede que a polícia seja procurada e um Boletim de Ocorrência lavrado. Algo que só foi acontecer 40 dias depois.

Phonte: Gospel Prime

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