Unico SENHOR E SALVADOR

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domingo, 16 de outubro de 2016

Gratidão - O Indicador da Maturidade Espiritual


Freqüentemente, deixamos de reconhecer e de agradecer a Deus pelas muitas bênçãos e só sentimos a falta quando elas cessam!

Se você conhece a Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador pessoal, o texto de Efésios 1:3 deve ser de particular importância:

"Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo."

Em outra tradução, esse verso diz que Deus nos tem abençoado. Essa forma verbal indica que a ação iniciou no passado. Aqueles que são Seus filhos — que nasceram na sua Família por meio do novo nascimento em Cristo — recebem e retêm essas bênçãos desde o exato momento em que receberam Cristo em seus corações. 

Observe também que recebemos toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais! Você crê na Palavra de Deus? Crê que ela é infalível e sem erros? Se crê, então não deverá ter dificuldades em aceitar o fato que cada um de nós tem sido abençoado — e continua a ser abençoado — com o que de melhor o céu tem a nos oferecer.

Não somente somos todos os receptores das bênçãos espirituais além da nossa capacidade de total compreensão, mas todos compartilhamos as muitas bênçãos temporais também — como o sol, a chuva, e o encanto com a beleza natural do planeta. 

A maioria de nós é cidadão em países relativamente livres, onde podemos viver nossas vidas (pelo menos por enquanto) com pouca interferência do governo e prosperar em proporção direta aos nossos esforços, criatividade e capacidade. 

Os avanços tecnológicos dos últimos anos facilitaram muito a vida e parece que até o aspecto de ganhar a vida com o suor do rosto foi grandemente reduzido para as massas. Claramente, cada um de nós teria que admitir que quando olhamos para nossas vidas e começamos a contar as bênçãos de todos os dias, verificamos que o número é muito grande — na verdade, elas são tantas que acabamos assumindo que são coisas normais da vida.

Agradeço a Deus por que Ele recentemente me permitiu passar por um marco na minha vida. Nasci pouco mais de sessenta anos atrás em um mundo diferente — um mundo que lutava para se libertar dos dez anos de depressão econômica e que estava na iminência de entrar na Segunda Guerra Mundial. Meus pais eram típicas pessoas nascidas em uma fazenda daqueles tempos e estavam bem acostumados com o trabalho duro e pesado. 


Lembro que na minha infância, minha mãe dizia que na sua adolescência ela trabalhava tanto na colheita do algodão que desejava a morte no fim do dia. Regar a plantação nos dias quentes e cortar o algodão era um encargo para todos os membros da família. A sobrevivência dependia disso, pois a receita obtida com a venda do algodão manteria a família nos meses de inverno. 

As roupas das crianças eram feitas com pano de saco, que minha mãe e a mãe dela faziam à mão no "tempo livre". Todos os dias elas se levantavam bem cedo, acendiam o fogo no fogão à lenha e preparavam o café da manhã. (Somente quem já precisou trocar de roupa em uma casa onde não há aquecimento durante os dias de inverno é que pode entender a utilidade do aquecimento central e do ar condicionado!)

Depois que todos estavam alimentados e iam à escola, o almoço precisava ser preparado (as sobras eram cobertas e deixadas na mesa para o jantar, pois não havia refrigeração). O dinheiro era curto e a maior parte do que eles consumiam era produzido na própria fazenda — o que significa que quando era a época de colheita de algum legume, as mulheres tinham de colher, cozinhar e preparar conservas ou enlatados. 

Lavar roupa também era uma dificuldade — uma grande bacia de ferro era colocada no quintal, enchida com água tirada do poço e depois uma fogueira era acesa embaixo para aquecer a água. As roupas eram então mergulhadas naquela água, ensaboadas e esfregadas para remover as manchas. Em seguida, elas eram retiradas, esfregadas e enxaguadas no tanque. 

Finalmente, eram colocadas em um varal para secar. Ainda tenho na lembrança a imagem das mãos vermelhas de minha mãe e da minha avó, após lavarem tanta roupa naquelas manhãs de inverno. Enquanto as mulheres estavam ocupadas com essas atividades domésticas do dia a dia, os homens trabalhavam nos campos, rachando lenha, alimentando os animais, consertando os equipamentos e fazendo uma infinidade de outros serviços.

Algumas pessoas chamam aquela época de "velhos e bons tempos", mas honestamente creio que aquela bondade relativa era produzida pela severidade experimentada! Quase todos passavam por dificuldades financeiras e a manutenção do básico da vida requeria trabalho constante. 

Essa experiência comum produziu dentro de grande parte da sociedade um senso de empatia de uns para com os outros. A polidez e a gentileza eram muito mais comuns do que agora e os direitos da outra pessoa eram grandemente respeitados. Falando de respeito, as mulheres naqueles tempos eram consideradas damas (fossem ou não fossem). 

Os homens moderavam seu vocabulário quando viam mulheres por perto e procuravam ser cavalheiros, levantando ligeiramente o chapéu como um gesto de respeito ao encontrá-las na rua, abrindo as portas e cedendo seus lugares para que elas sentassem. 

Hoje, essas atitudes de cortesia são consideradas anacrônicas e algumas mulheres até se sentem ofendidas se um saudosista, como eu, esquecer que os tempos são outros e se atrever a abrir a porta para elas. Perdoe-me, pensei que você fosse uma dama!

Condescendência esta é uma palavra que seguramente será de difícil compreensão para os jovens de hoje! Afinal, praticamente nem conhecemos nossos vizinhos e não temos tempo para nos incomodar com eles! Estamos muito atarefados correndo atrás das nossas ambições de ter dois carros (ou mais) na garagem e uma antena de TV que capte sinais de satélite no quintal! Se entrarem ladrões na casa do vizinho e fizerem uma limpeza lá — é problema deles. 

Acredite se quiser, houve um tempo — não tão longe assim — quando as pessoas respeitavam e davam valor aos seus vizinhos e faziam qualquer sacrifício para ajudá-los em casos de necessidade. Hoje, ninguém está muito preocupado com os outros — estejam eles bem ou mal! 

Ser mesquinho hoje é uma virtude e ai do idiota que tentar me ultrapassar na estrada! Amados, nossa sociedade está podre e, como resultado, poucas pessoas agora param para considerar o quanto Deus tem nos abençoado como nação. 


As maravilhas tecnológicas que facilitam o trabalho permitiram que tenhamos o tempo livre que nossos pais nunca sonharam! Entretanto, em vez de aproveitá-lo, redobramos nossos esforços trabalhando em horas extraordinárias para ganharmos mais e podermos gastar mais! Uma pessoa famosa, cujo nome não me lembro, disse: "Não há esperança para o homem que já está satisfeito". Isso bem poderia ser o lema nacional dos EUA hoje. 

Estamos correndo de um lado para outro, parecendo formigas que tiveram seu formigueiro destruído, muitos privando-se do sono e outros voando no "piloto-automático" — tentando decidir o que vão comprar em seguida. Poucos parecem satisfeitos com o que já têm e estão literalmente enlouquecendo tentando adquirir tudo.

Você vê algo errado neste quadro? Um estudo atento da história revela que estamos no caminho para a destruição. Todas as grandes civilizações humanas nos últimos 6.000 anos cometeram os mesmos erros fatais, até que Deus interveio para destruí-las.

Falando em história, alguma vez já ouviu falar nos "ruidosos anos 20?" Os anos de 1920-1929 foram caracterizados pelo apetite insaciável por diversões e frivolidades. A Primeira Guerra Mundial tinha terminado e as pessoas queriam celebrar. A proibição à venda de bebidas alcoólicas atrapalhou um pouco as comemorações, mas mesmo assim o país caiu na festa. 

A economia estava robusta como nunca e tudo parecia tranqüilo e promissor. Os analistas financeiros estavam convencidos que o mar estava calmo no horizonte e não poupavam palavras para garantir isso. No entanto, em 29 de outubro de 1929 ocorreu a quebra da Bolsa de Valores. 

Muitas fortunas desapareceram em questões de horas e muitos analistas financeiros e investidores falidos suicidaram-se saltando do alto dos edifícios de Nova York, temendo enfrentar a realidade. 

O país mergulhou imediatamente em uma prolongada depressão e o divertimento e a frivolidade dos anos anteriores foram rapidamente esquecidos. Alguns antigos corretores prósperos do mercado financeiro eram vistos vendendo frutas nas esquinas, tentando sobreviver. 

A euforia dos anos 20 acabou nas duras realidades dos anos 30, que a sociedade teve de enfrentar. Felizmente, naquela época, uma grande porcentagem (talvez a maioria) da população ainda vivia no campo ou em pequenas cidades cuja economia girava em torno da agricultura e da pecuária, de modo que o suprimento de alimentos nunca esteve em risco. 

Muitas pessoas foram forçadas a procurar seus parentes na zona rural para conseguir comida, mas a vida prosseguiu até que aquelas dificuldades foram superadas. É também interessante observar que durante aquela época houve uma ressurgência da "religião" e as igrejas experimentaram um grande crescimento. Deus tem formas de chamar a atenção do homem.

Hoje, porém, qual é a situação? O mercado acionário nunca esteve melhor e os investidores ganham fortunas diariamente. Os analistas estão otimistas e a mentalidade coletiva é: "Comamos, bebamos e alegremo-nos. 

Não há nada que possa nos incomodar" Enquanto isso, a sombra pavorosa de um sistema de produção de alimentos altamente centralizado está no segundo plano do quadro atual. Muita da comida necessária é distribuída pelo sistema JIT — "Just in Time", por frotas enormes de caminhões, aviões e outros veículos. 

Os primos que vivem nas fazendas agora são poucos e estão em uma situação financeira pior do que a nossa. Quando examinamos nossa situação, vemos que em determinado momento passamos a depender excessivamente da tecnologia. 

Quase todas as atividades em nossas vidas podem ser realizadas apertando-se botões. Muitas pessoas são escravas das bugigangas eletrônicas. Antigamente, quando um rapaz saía pela primeira vez com uma moça, ele perguntava: "Você sabe cozinhar?". Hoje ele pergunta: "Sabe descongelar?".

Alguma vez você já expressou sua gratidão a Deus por viver em uma época maravilhosa como esta? Tem uma remota consciência que a facilidade relativa do seu estilo de vida é superior a que muitos reis tiveram no passado? Já expressei este sentimento antes, em outro artigo, mas irrita-me ouvir o termo "pessoas pobres" ser usado para descrever aqueles em nossa sociedade que são "menos afortunados". 

Com algumas exceções, as "pessoas pobres" do nosso país são consideradas ricas pela maioria daqueles que vivem em países do Terceiro Mundo. Sei que um número crescente de pessoas está perdendo seu emprego e começando a enfrentar dificuldades, mas vamos ser francos, enquanto tiverem roupas, um teto e comida na barriga — estão em situação muito melhor do que milhões que vivem em outros países. 

Quantas pessoas neste país são consideradas pobres, mas têm um aparelho de televisão, um carro velho, fumam cigarros e nunca deixam de fazer suas três refeições diariamente? Pense nisto! Lembro da série de televisão "Os Waltons", que mostrava uma família crescendo durante a depressão dos anos 1930 — e quantas dificuldades eles enfrentavam! 

No entanto, sempre observei que eles possuíam um caminhão velho, uma geladeira na cozinha, uma serraria elétrica, etc.! Acredite-me, qualquer pessoa que naquele tempo tivesse todas essas facilidades estava "bem de vida".

Ficamos tão acostumados com o conforto que perdemos todo o senso de proporção. As pequenas inconveniências tornam-se grandes obstáculos quando a pessoa está mal-acostumada. Paulo, escrevendo para "seu filho na fé", Timóteo, deu alguns conselhos, instruindo-o a que transmitisse a outros:

"Manda aos ricos deste mundo que não sejam altivos, nem ponham a esperança na incerteza das riquezas, mas em Deus, que abundantemente nos dá todas as coisas para delas gozarmos; que façam bem, enriqueçam em boas obras, repartam de boa mente, e sejam comunicáveis; que entesourem para si mesmos um bom fundamento para o futuro, para que possam alcançar a vida eterna." [2 Timóteo 6:17-18].

Você já imaginou o que aconteceria se tivesse de viver como nos anos 20 ou 30, ou até mesmo antes? Sua existência provavelmente dependeria de trabalho árduo diariamente. Sugiro que você separe certo tempo para contemplar essa questão, pois não é algo que não possa voltar a acontecer!

Por muitos anos os pregadores estão tentando advertir que o julgamento de Deus está próximo, mas a maior parte das pessoas não quer ouvir, continua se divertindo, sem considerar a possibilidade. 

Os sinais de advertência estão em toda a parte: a criminalidade e a violência estão crescendo, a feitiçaria agora é reconhecida como uma religião legítima, os governos estão atolados em corrupção, o assassinato dos inocentes no útero materno praticamente entrou na moda e a intolerância ao cristianismo está ficando mais explícita — somente para mencionar alguns sinais sociais.

Em algum ponto no futuro, esta casa de cartas vai desmoronar e, quando isso acontecer, grande será a ruína. Ainda acredito que Deus poupará os cristãos genuínos da maior parte, se não de todo o desastre, por meio do arrebatamento da igreja, mas e se eu estiver enganado? 

Por outro lado, e se estiver certo e você ficar para trás? Em ambos os casos, alguns de vocês que estão lendo isto provavelmente ficarão face a face com a terrível realidade de lutar apenas para sobreviver. 

Devido à possibilidade real de isso acontecer brevemente, peço que você pare e analise seu relacionamento com Deus. Você conhece a Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador pessoal? Tem certeza de que quando morrer estará com Ele para sempre? 

Se ainda não tem, exorto-o a confiar nEle hoje e a buscar Sua misericórdia e graça, obtendo o perdão para seus pecados e a salvação da sua alma.

Autor: Pr. Ron Riffe

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