Diferentes comitês que funcionam dentro da estrutura das Nações Unidas aprovaram este mês 10 resoluções contra Israel, informa o jornal Times of Israel. Em pelo menos dois documentos voltou-se a ignorar os laços judaicos com o Monte do Templo, usando apenas seu nome muçulmano para se referir ao local sagrado.
A utilização de “Al Haram Al Sharif” [Nobre Santuário] em documentos da ONU apenas ecoa as duas resoluções aprovadas no mês passado pela UNESCO, comprovando que essa será a norma daqui por diante.
As resoluções analisadas e votadas pelos comitês seguem para que os 193 estados-membros aprovem no próximo plenário da Assembleia Geral, em dezembro. Segundo a UN Watch, grupo que acompanha de perto os trabalhos da organização mundial, os votos raramente mudam entre a comissão e as votações finais.
“Uma das dez resoluções foi aprovada por um comitê especial designado para investigar ‘práticas israelenses’. Foram 86 votos a favor, 71 abstenções e 7 contrários”, afirmou a UN Watch em comunicado.
O Brasil votou em desfavor de Israel em todos os comitês que participa. Os Estados Unidos e o Canadá foram os únicos países influentes que não ficaram contra os israelenses em nenhuma das votações.
Painel da votação
Ataque desproporcional contra Israel
Hillel Neuer, diretor-executivo da UN Watch foi enfático, lembrando que ao longo deste ano já foram 20 resoluções em desfavor de Israel e apenas 4 contra todos os demais países do mundo. Nações como Arábia Saudita e China, conhecidas por suas constantes violações aos diretos Humanos, sequer são mencionadas.
“O ataque desproporcional da ONU contra o Estado judeu prejudica a credibilidade institucional daquela que deveria ser uma entidade imparcial. A politização e a seletividade prejudicam o fundamento de sua missão, corroendo a promessa da Carta das Nações Unidas de tratar igualmente todas as nações, tanto grandes quanto pequenas”, sublinhou Neuer.
Entre as resoluções votadas nesta terça-feira (8) estão: “As práticas israelenses que afetam os direitos humanos do povo palestino no Território Palestino Ocupado, incluindo Jerusalém Oriental”; “O Golã sírio ocupado” e “Pessoas deslocadas como resultado de junho de 1967 e hostilidades subsequentes”.
Ao invés do nome de Israel – país membro da ONU – foi usado várias vezes as expressões “Poder Ocupante” ou “Território Palestino Ocupado”, sendo que a Palestina não é membro, uma vez que não é reconhecida como nação independente. Também não existe nenhuma menção em qualquer documento aos ataques terroristas contra israelenses ao longo deste ano que fizeram várias vítimas.
Líderes religiosos – cristãos e judeus – brasileiros lançaram um abaixo-assinado pedindo que o governo do Brasil mude seu posicionamento. O documento, chamado “Posição dos cristãos brasileiros com relação à Israel, lugares sagrados e o povo judeu”, pode ser acessado no site Change.org.
Phonte: Gospel Prime
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