Jeff Sessions e Michael Flynn
O presidente-eleito Donald Trump sinalizou uma mudança forte para a direita na política de segurança nacional dos EUA na sexta-feira escolhendo Jeff Sessions, senador do Alabama, como ministro da Justiça e Michael Flynn, tenente-general aposentado, como conselheiro de segurança nacional.
Ex-diretor de serviços de espionagem militar, Flynn acusou o governo de Obama de ser mole demais contra o terrorismo e disse que o islamismo é uma “ideologia política” e impulsionador de extremismo. Ele vê a Rússia como parceira contra o terrorismo islâmico.
As decisões iniciais de Trump indicam um envolvimento militar mais agressivo em estratégias contra o terrorismo islâmico e uma ênfase maior no papel do islamismo no atiçamento do extremismo.
Sob o presidente esquerdista Barack Obama, as autoridades de política externa dos EUA, inclusive Hillary Clinton, focavam em demonizar a Rússia retratando a Rússia como a maior ameaça e em combater a demonização do islamismo retratando o islamismo como uma religião de paz. O ISIS tem feito destruição entre os cristãos e nas fronteiras russas. Trump reconheceu que o ISIS foi criado por Hillary.
Mas Obama tem hostilizado a Rússia desde que Putin aprovou uma lei que proíbe a propaganda homossexual para crianças. Essa lei acabou levando o governo de Obama a lançar sanções contra a Rússia, ainda que Obama dissesse que as sanções foram motivadas pela “invasão” russa da Crimeia, uma região tradicionalmente russa por 1.000 anos.
Jeff Sessions é mais bem conhecido por suas opiniões pró-vida sólidas. Ele tem um histórico de votação 100% pró-vida de acordo com o Comitê Nacional Pró-Vida e tem de forma coerente votado por leis pró-vida e se oposto ao financiamento de abortos por meio de impostos.
Sessions, que será o primeiro ministro da Justiça pró-vida desde o presidente George W. Bush, disse: “Nossas políticas neste país como nação precisam focar na vida, precisam focar na decência e focar no amor até mesmo pelos mais pequeninos.” Ele será uma voz firmemente conservadora no Ministério da Justiça dos EUA.
Jeff Sessions e Michael Flynn
Sob o Obama pró-aborto, os ministros da Justiça pró-aborto rotularam os ativistas pró-vida como terroristas, perseguiram os ativistas pró-vida que protestam pacificamente do lado de fora de clínicas de aborto e recusaram lançar investigações e ações legais adequadas contra a rede empresarial de clínicas de aborto de Planned Parenthood por envolvimento na venda de partes de corpos de bebês abortados.
Das escolhas que Trump fez de sua equipe, Michael Flynn terá o acesso mais direto ao presidente. Seu papel como conselheiro de segurança nacional se concentrará em coordenar as posições políticas dos secretários de Estado, dos ministros da Defesa e Justiça e outros membros da equipe de segurança nacional do presidente.
Ele é conhecido entre as agências de espionagem militar como um professional inteligente e filósofo incomum. Ele foi expulso da Agência de Inteligência de Defesa em 2014 porque ele discordou dos métodos de Obama, os quais eram focar na Rússia, não no terrorismo islâmico.
No livro de Flynn, “The Field of Fight: How We Can Win the Global War Against Radical Islam and its Allies” (Os Campos de Luta: Como Podemos Ganhar a Guerra Mundial contra o Islamismo Radical e Seus Aliados), ele condenou os líderes dos EUA que chamam o islamismo de religião de paz. “Essa insistência em negar a existência de guerra santa islâmica levou o presidente Obama à afirmação absurda de que o Estado Islâmico não tem nada a ver com o islamismo,” Flynn escreveu.
Em agosto, ele chamou o islamismo de “câncer,” declaração que está em conformidade com Trump, que disse numa entrevista da CNN em março passado que “o islamismo nos odeia.”
Ao dar assessoria para a campanha de Trump, Flynn frisou que o Estado Islâmico representa uma ameaça à existência do mundo inteiro. Ele tem a mesma convicção de Trump de que o governo dos EUA precisa trabalhar em maior união com o governo da Rússia.
Flynn viajou no ano passado para Moscou, onde ele se reuniu com o presidente russo Vladimir Putin e outras autoridades russas. A cordialidade dele para com a Rússia preocupa especialistas esquerdistas e neocons.
A cordialidade de Trump para com a Rússia também os preocupa. Durante sua campanha, Trump foi acusado pelos neocons de ser um “agente russo.” O blog de Trevor Loudon disse:
“Se Trump for eleito, veremos russos… na Casa Branca. Os assessores de Trump estão bastante conectados a Vladimir Putin e à Rússia. O próprio Trump tem muitas ligações também e é amigo de Putin.”
As escolhas de Trump estão definitivamente mudando a política dos EUA para a direita. Mas enquanto esquerdistas estão preocupados com as escolhas pró-vida de Trump e neocons republicanos e democratas estão preocupados com Trump tornando a Rússia parceira contra o terrorismo islâmico, os cristãos conservadores estão preocupados com o tratamento mole dele para com a ideologia gay, principalmente sua nomeação de homossexualistas, inclusive Peter Thiel.
As duas nomeações de Trump — Sessions e Flynn — são um golpe contra duas indústrias poderosas nos Estados Unidos: a indústria do aborto legal e a principal indústria dos neocons, o complexo industrial-militar. Se Trump quiser ser bem-sucedido, ele não deveria deixar a indústria da agenda gay intacta.
Com informações da Associated Press e LifeNews.
Versão em inglês deste artigo: Shifting U.S. policy to right, Trump chooses a pro-lifer and an anti-Islam, pro-Russian adviser
Phonte: www.juliosevero.com
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