Segundo a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), configura-se como “patrimônio imaterial” qualquer prática, representação, expressão, conhecimento e técnica reconhecida por comunidades e indivíduos como parte de seu patrimônio cultural.
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, assinou um decreto, publicado no Diário Oficial nesta terça-feira (8), onde a umbanda passa a ser reconhecida como patrimônio imaterial da cidade. Ao todo, o Rio tem 54 bens imateriais reconhecidos, incluindo escolas de samba, festas de Iemanjá, procissão de São Sebastião e o frescobol.
Os estudos para a inclusão da religião de matriz africana foram feitos pelo Instituto Rio Patrimônio da Humanidade (IRPH). Segundo a Globo o reconhecimento veio por que a umbanda como a conhecemos nasceu no estado do Rio de Janeiro.
O presidente do IRPH, Wilson Fajardo, esclarece que desde 2009 vem sendo realizado um trabalho de valorização da cultura africana na história da cidade. Para ele, esta chancela amplia o reconhecimento da religião, bem como os aspectos culturais do sincretismo religioso.
Fajardo ressalta que os “terreiros” possuem grande impacto na formação da identidade cultural do carioca. Esse decreto é consequência da promoção de políticas públicas de respeito à diversidade religiosa.
O IRPH já iniciou um cadastro para mapear os locais tradicionais onde a umbanda é praticada na cidade. Todos os terreiros serão catalogados. O primeiro foi a Tenda Espírita Vovó Maria Conga de Aruanda, situada no Estácio, na Zona Norte.
Phonte: Gospel Prime
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