Unico SENHOR E SALVADOR

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sábado, 12 de novembro de 2016

Resposta à 1ª Objeção – Uma vez que o mal e o sofrimento existem, não pode haver um Deus amoroso.


Na formulação elaborada por Agostinho o problema do mal é o seguinte:
  1. Se Deus é totalmente bondoso, desejaria a totalidade do bem e nenhum mal.
  2. Se Deus fosse todo – poderoso, poderia realizar tudo que desejasse.
  3. Entretanto, o mal existe tanto como o bem.
  4. Portanto: ou Deus não é todo-poderoso, ou não é totalmente bondoso, ou ambos.
Epicuro, o filosofo elaborou assim a questão do mal:

Ou Deus quer abolir o mal, e não pode; ou ele pode, mas não quer; ou ele não pode e não quer. Se ele quer, mas não pode, ele é impotente. Se ele pode, e não quer, ele é cruel. Mas se Deus tanto pode quanto quer abolir o mal, como pode haver maldade no mundo?

Atributo n° 1 – A Onipotência de Deus.

Deus pode fazer tudo? Não, Simplesmente porque é Todo – Poderoso, Deus não pode cometer erros! Somente seres imperfeitos cometem erros. Um desses erros seria tentar criar algo inconciliável como a “famosa pedra que ele não conseguiria sustentar” ou um quadrado redondo.

O livre-arbítrio é a defesa clássica de Deus diante o problema do mal, pois é inconciliável existir liberdade de escolha e nenhuma possibilidade de maldade moral. Inerente a criação de seres humanos está à alternativa do mal, e todo sofrimento que decorre dessa escolha.

A fonte do mal não é Deus, mas a liberdade do homem. Seria uma contradição a existência de um mundo em que há possibilidades de escolha e ao mesmo tempo nenhuma possibilidade de adesão ao mal.

Deus é todo-poderoso, e para ele seria contraditório um mundo com livre-arbítrio e sem pecado.

Atributo n° 2 – Deus é todo bondoso

A acusação de muitos ateus e céticos é de que Deus fica parado e se recusa fazer milagres, enquanto as pessoas passam por perigos, tribulações e sofrimentos, como o caso da violência e fome no mundo.

Os pais, os professores, os treinadores etc sabem que o caráter moral é formado por meio de provações, da superação das dificuldades e dos obstáculos. Há ocasiões em que Deus permite a adversidade e nos priva de um prazer menor, para que alcancemos o bem maior do aprendizado moral e espiritual.

Aprendemos mais com os erros, do que com os acertos, esse mundo serve de treinamento para a Eternidade. 

 O apostolo Paulo em Rm 5. 3–5 fala que: a tribulação produz a paciência,

"4 E a paciência a experiência, e a experiência a esperança.
5 E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado.

E quanto ao sofrimento dos justos, porque os bons sofrem também?


A resposta é encontrada na própria Bíblia que diz : 

Todos se extraviaram, e juntamente se fizeram inúteis.Não há quem faça o bem, não há nem um só." 
Romanos 3:12
Nossas boas obras estão impregnadas de interesses pessoais e a nossa justiça na verdade é vingança. Não há ninguém verdadeiramente bom!

Conhecer a Jesus é a única saída para toda dor e sofrimento é a motivação para buscarmos os cuidados de Cristo, porque “Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido.

Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Isaías 53: 4,5”

A cerca do engajamento de Deus na questão do mal Jonh Stott, escreveu:

Eu mesmo jamais poderia crer em Deus, se não fosse pela cruz […] 

No mundo real da dor, como alguém poderia adorar um Deus que fosse imune a ela? Já entrei em muitos templos budistas em diferentes países da Ásia e parei respeitosamente diante da estátua de Buda, as pernas e os braços cruzados, os olhos fechados, o fantasma de um sorriso a brincar nos lábios, um olhar distante, isolado das agonias do mundo. Mas cada vez, depois de um tempo, tive de me virar. 

E, na imaginação, voltei-me para aquela figura solitária, retorcida e torturada na cruz, os cravos atravessando as mãos e os pés, as costelas laceradas, os membros deslocados, a fronte sangrando por causa dos espinhos, a boca intoleravelmente sedenta, lançada nas trevas do abandono de Deus. Esse é o Deus! 

Por mim Ele deixou de lado a sua imunidade à dor. Ele entrou em nosso mundo de carne e sangue, lágrimas e morte. Ele sofreu por nós. Nossos sofrimentos tornaram-se mais manejáveis à luz dos seus. 

Ainda há um ponto de interrogação contra o sofrimento humano, mas em cima dele podemos estampar outra marca, a cruz, que simboliza o sofrimento divino. 

A cruz de Cristo […] é a única autojustificação de Deus em um mundo como o nosso”

Referências

Manual de Defesa da Fé – Peter Kreeft / Ronald Tacelli

Em Defesa da Fé – Lee Strobel

Phonte: Ex-ateus

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