Presidente Erdigan fala novamente sobre retomar o Império Otomano
O presidente da Tuquia, Recep Taiyyp Erdogan, voltou a dar mostras que pretende restaurar o poder que seu país tinha quando liderava o Império Otomano. Também deixa claro sua intenção de restaurar o califado que existiu entre 1299 e 1922 e no seu auge dominava uma área que incluía países como Síria e Israel.
Durante uma cerimônia que marcou o aniversário da morte do fundador da República da Turquia, , Erdogan lamentou que o país não tenha mais o vasto território que já dominou um dia.
“Não podemos ser prisioneiros de 780 mil km quadrados”, afirmou. “As nossas fronteiras
físicas são uma coisa, mas as nossas fronteiras do coração são outra totalmente diferente.
Nossos irmãos da Crimeia, do Cáucaso, de Alepo, de Mossul (…) podem estar fora das nossas fronteiras físicas, mas estão dentro das fronteiras do nosso coração”, reiterou o presidente diante de uma multidão.
Essa ideologia “neo-otomana”, que está centrada numa administração centralizada na figura do presidente, ganhou força após o golpe de estado fracassado em meados deste ano.
Erdogan defende a recuperação de sua influência política nas regiões que faziam parte do Império Otomano (que se estendeu pela Europa, Ásia e Médio Oriente). Estas declarações expansionistas vêm sendo comuns quando o líder turco fala sobre intervenções militares no Iraque e na Síria.
A Turquia aproveitou a fragilidade dos territórios vizinhos após a guerra com radicais como o Estado Islâmico, para atacar regiões curdas que reivindica como parte do seu território. Também colocou tropas junto da fronteira com o Iraque. O governo de Bagdá advertiu Erdogan para não entrar no território vizinho, ameaçando iniciar uma guerra turco-iraquiana.
Como a Turquia faz parte da OTAN, seu tratado determina que uma agressão a um membro determina a intervenção de todo o bloco. Isso apenas criaria mais um ato de guerra na complicada situação que vive o Oriente Médio.
Ao mesmo tempo, em nome do combate ao terrorismo, ele já anunciou que poderia tomar parte da Síria, que atualmente se encontra desguarnecida por que seu exército está concentrado nos combates contra o Estado Islâmico na região de Raqqa.
Como existem soldados turcos e diferentes frentes no Iraque e na Síria, analistas acreditam que uma vez que o Estado Islâmico seja derrotado, a Turquia poderá tentar conquistar essas regiões. Na lista de locais que Erdogan já sinalizou desejar “de volta” estão ilhas gregas e Chipre, que a Turquia invadiu em 1974.
Reescrevendo a história
Na tentativa de “recuperar” o passado do Império Otomano, Erdogan já anunciou que pretende reformar o ensino básico, de forma a que a História seja ensinada da “maneira certa”.
“Não aceitaremos que tentem limitar a história do nosso Estado e da nossa nação a 90 anos. Vamos adotar todas as medidas [contra essa ideia], incluindo rever os livros da escola primária”, enfatizou. Isso incluiria um território que se estende para dentro da atual Grécia, partes do Iraque, descendo por toda a Síria e chegando até Jerusalém.
Cerca de 50 mil professores foram afastados após o golpe de Estado, bem como a maioria dos líderes do exército. Também anunciou que pode transformar as escolas públicas em “centros de formação islâmica”.
O site especializado em política internacional, Foreign Policy, denunciou que todos os mapas da Turquia mostrada na TV estatal nos últimos meses mostram um território maior que o oficial, avançando sobre regiões do Iraque, da Síria e da Grécia.
Invadindo Jerusalém
Em um discurso feito em meados de 2015, Erdogan afirmou ter o mesmo espírito de Saladino, e que deseja expulsar de Jerusalém a quem ele considera os cruzados modernos, unificando o mundo muçulmano.
“Estou certo de que o grande comandante Saladino está reunindo todos os povos do Oriente Médio em um exército que derrotou os cruzados. Saladino está testemunhando o que estamos fazendo aqui espiritualmente. Eu estava em sua presença espiritual e dirijo-me a ele aqui em Hakkari com os homens poderosos da Turquia.”
“Jerusalém não é para os cruzados… Alá testemunha isso. Um povo, uma bandeira, uma nação e um Estado! Jerusalém é para os muçulmanos e não para Israel”, enfatizou Erdogan.
“Por que deveríamos continuar a ser amigos com aqueles que pisaram com suas botas no Monte do Templo? Eles insistem que temos de ser amigos? Eu digo, não seremos”, finalizou.
Erdogan defende a recuperação de sua influência política nas regiões que faziam parte do Império Otomano (que se estendeu pela Europa, Ásia e Médio Oriente). Estas declarações expansionistas vêm sendo comuns quando o líder turco fala sobre intervenções militares no Iraque e na Síria.
A Turquia aproveitou a fragilidade dos territórios vizinhos após a guerra com radicais como o Estado Islâmico, para atacar regiões curdas que reivindica como parte do seu território. Também colocou tropas junto da fronteira com o Iraque. O governo de Bagdá advertiu Erdogan para não entrar no território vizinho, ameaçando iniciar uma guerra turco-iraquiana.
Como a Turquia faz parte da OTAN, seu tratado determina que uma agressão a um membro determina a intervenção de todo o bloco. Isso apenas criaria mais um ato de guerra na complicada situação que vive o Oriente Médio.
Ao mesmo tempo, em nome do combate ao terrorismo, ele já anunciou que poderia tomar parte da Síria, que atualmente se encontra desguarnecida por que seu exército está concentrado nos combates contra o Estado Islâmico na região de Raqqa.
Como existem soldados turcos e diferentes frentes no Iraque e na Síria, analistas acreditam que uma vez que o Estado Islâmico seja derrotado, a Turquia poderá tentar conquistar essas regiões. Na lista de locais que Erdogan já sinalizou desejar “de volta” estão ilhas gregas e Chipre, que a Turquia invadiu em 1974.
Reescrevendo a história
Na tentativa de “recuperar” o passado do Império Otomano, Erdogan já anunciou que pretende reformar o ensino básico, de forma a que a História seja ensinada da “maneira certa”.
“Não aceitaremos que tentem limitar a história do nosso Estado e da nossa nação a 90 anos. Vamos adotar todas as medidas [contra essa ideia], incluindo rever os livros da escola primária”, enfatizou. Isso incluiria um território que se estende para dentro da atual Grécia, partes do Iraque, descendo por toda a Síria e chegando até Jerusalém.
Cerca de 50 mil professores foram afastados após o golpe de Estado, bem como a maioria dos líderes do exército. Também anunciou que pode transformar as escolas públicas em “centros de formação islâmica”.
O site especializado em política internacional, Foreign Policy, denunciou que todos os mapas da Turquia mostrada na TV estatal nos últimos meses mostram um território maior que o oficial, avançando sobre regiões do Iraque, da Síria e da Grécia.
Em um discurso feito em meados de 2015, Erdogan afirmou ter o mesmo espírito de Saladino, e que deseja expulsar de Jerusalém a quem ele considera os cruzados modernos, unificando o mundo muçulmano.
“Estou certo de que o grande comandante Saladino está reunindo todos os povos do Oriente Médio em um exército que derrotou os cruzados. Saladino está testemunhando o que estamos fazendo aqui espiritualmente. Eu estava em sua presença espiritual e dirijo-me a ele aqui em Hakkari com os homens poderosos da Turquia.”
“Jerusalém não é para os cruzados… Alá testemunha isso. Um povo, uma bandeira, uma nação e um Estado! Jerusalém é para os muçulmanos e não para Israel”, enfatizou Erdogan.
“Por que deveríamos continuar a ser amigos com aqueles que pisaram com suas botas no Monte do Templo? Eles insistem que temos de ser amigos? Eu digo, não seremos”, finalizou.
Phonte: Gospel Prime
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