A Grande Fome Russa e a ajuda humanitária dos Estados Unidos

(Texto traduzido)

A história pouco conhecida do esforço americano para aliviar a fome na Nova Rússia Soviética em 1921, The Great Famine é um documentário sobre o pior desastre natural na Europa desde a Peste Negra na Idade Média. 

Cinco milhões de russos morreram. Meio mundo de distância, os americanos responderam com uma massiva campanha de alívio de dois anos, defendida por Herbert Hoover, diretor da American Relief Administration, conhecido como ARA.

Em julho de 1921, Herbert Hoover, recebeu um pedido de ajuda internacional pelo romancista russo Maxim Gorky. "Tornaram-se dias sombrios para o país de Tolstoi, Dostoievski, Mendeleiev", advertiu Gorki. Ele fez um pedido similar para outras nações ocidentais, mas foi Hoover que respondeu imediatamente com uma promessa de apoio.

Os primeiros navios de alívio americanos chegaram em Petrogrado em setembro de 1921, quando as brasas da revolução russa de 1917 ainda ardiam. Os trabalhadores de socorro americanos estavam entre os primeiros outsiders a romper o isolamento da Rússia e a testemunhar e registrar o impacto da Revolução Bolchevique.

Instituição Hoover

Suprimentos aguardam transporte para a Rússia

Eles seriam testados por um sistema ferroviário em desordem, um clima proibitivo, um governo cruel suspeito de seus motivos e a enorme escala de morte e fome.

O plano inicial previa a alimentação de um milhão de crianças entregando pão, arroz, grãos, açúcar, milho e leite às regiões mais atingidas. Quase imediatamente, Hoover encontrou obstáculos formidáveis. 

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O novo governo comunista de Vladimir Lenin mostrou-se céptico em relação à ajuda americana e sabotou o esforço de ajuda ao plantio de espiões em escritórios locais da Administração de Alívio dos Estados Unidos. 

Quando os trens presos nas trilhas impediram que os alimentos fossem transportados, as autoridades russas não cooperaram, resultando em atrasos que contribuíram para cerca de 50 mil mortes. Novas estimativas no outono de 1921 revelaram que pelo menos 16 milhões de russos seriam afetados pela fome. O plano inicial da Hoover de alimentar apenas as crianças não seria suficiente.

Naquele inverno, o canibalismo tornou-se generalizado em toda a Rússia como o povo continuou a morrer de fome. Nos EUA, a Hoover conseguiu dobrar o financiamento do projeto, argumentando que ao fornecer alívio à fome, os americanos poderiam demonstrar a força, a bondade e a eficiência da sociedade americana para uma cultura comunista.

Depois de um derretimento da primavera, centenas de trabalhadores de alívio americanos - apelidados de "meninos de Hoover" - foram finalmente capazes de entregar comida. Em agosto de 1922, cinco meses depois de os primeiros carregamentos de milho terem sido enviados para a Rússia, os funcionários da American Relief Administration ainda estavam alimentando quase 11 milhões de cidadãos soviéticos a cada dia em 19 mil cozinhas. 

No final da fome que caiu, cinco milhões de russos morreram de fome, mas o preço teria sido significativamente maior sem o compromisso humanitário sem precedentes da Hoover.

Conhecido como "o Grande Humanitário" por seu trabalho de ajuda durante e depois da Primeira Guerra Mundial, Hoover é dito ter salvo mais vidas do que qualquer pessoa na história.

"O governo de Lenin nunca reconheceu os motivos humanitários da América", diz o produtor Austin Hoyt ( George HW Bush , Vitória no Pacífico, Reagan ). Os soviéticos sempre viram os trabalhadores do socorro como exploradores e espiões. "

A Cheka, a polícia secreta de Lênin, mantinha um olhar atento sobre os americanos e especialmente sobre os 120.000 russos que a ARA contratou para fazer o trabalho.Russianos brancos e aristocratas, perdedores na Rússia A guerra civil brutal, foram contratados porque eles foram educados.

Os bolcheviques temiam a ARA estava treinando-os como contra-revolucionários.As tensões que os americanos experimentaram no início dos anos 1920 chegaria a dominar as relações soviéticas dos EUA durante grande parte do século.

Com base no The Big Show de Bololand de Bertrand M. Patenaude, The Great Famine conta uma fascinante história de envolvimento americano com um povo distante e desesperado - um engajamento saudado pela sua eficiência, coragem e generosidade - na história mais ampla do Russa e as raízes da rivalidade entre os Estados Unidos e a União Soviética que dominariam a segunda metade do século XX.

Phonte: PBS