Luz No Vale
Eu olhei
o
horizonte incandescente
no fascinante
parto
sideral do alvorecer...
e pensei:
quantas
manhãs
do amanhã
despontarão
na fímbria
purpúrea
do tempo
da gente?
Mas
de fato
importa o
fato
de se
saber o número
exato
de se ver
a aurora?
Não
importa
mais a
hora
singela
de se
atravessar o vau
com a
precisão da
pinguela?
Baixei
o olhar
turbado
Senti
o rosto
molhado
Súbito
ouvi
sinos
e vozes
de
pequeninos
louvando
Vi luzes
de
lâmpadas
coloridas
brilhando
Lembrei-me:
Ele
nasceu!
Ouvi-lhe
o choro
entrando
no mundo...
Um choro
profundo
em meio a
cantos
de anjos
em lindos,
festivos
arranjos
Vi sua vida
discreta
no secreto
dos
montes
orando
e dos
púlpitos
dos
outeiros pregando
Forte
Forte a
Esperança
na
Ressurreição
da carne
dos
sonhos
do sorriso
desfeito
nas cinzas
perdido
nas sombras
da
morte...
Sim,
lembrei-me:
É Natal!
Jesus nasceu!
Graças a Deus!
Haverá luz
no vale
e segurança
na travessia...
*
Maria
Helena Garrido Saddi
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