Quando a Rede Record lançou a novela Apocalipse acabou gerando polêmicas com a Igreja Católica por causa da figura de Stefano Nicolazzi (interpretado por Flávio Galvão). O falso profeta do folhetim tinha figurinos que lembravam o papa e isso revoltou católicos, que pediram boicote à trama.
De fato, a audiência da novela não se manteve nos patamares desejados pela emissora. Agora, uma situação semelhante ocorre logo no início de “Jesus”, que vai ao ar nas noites da Record.
A diferença doutrinária entre evangélicos e católicos é muito antiga e se baseia na interpretação de textos bíblicos que falam sobre Maria ter dado à luz a outros filhos e filhas após o nascimento do Messias.
Esta semana, Maria (Juliana Xavier) apareceu voltando com o marido José à Galileia, depois do exílio no Egito, acompanhada por dois outros dois filhos: Tiago e José. Com isso, refutaria a tradição católica que fala sobre Maria ter mantido a virgindade perpétua.
Nas redes sociais, muitos católicos criticaram a emissora por mostrar a visão evangélica da Bíblia.
Em um texto que ganhou muito espaço nas redes, o bispo Dom Henrique Soares da Costa afirmou: “Aquele Jesus é o Jesus da Universal, não é o Jesus das Escrituras; é o Evangelho segundo Edir Macedo e seus espúrios interesses”. Disse ainda que “Quanto à Toda Santa Mãe de Deus, odiada pelos inimigos de Cristo e por Satanás, aquela Maria da Record, não tem nada a ver com ela!”
O líder religioso afirmou que “o católico que assiste àquilo peca gravemente, pois denigre o que é de Deus, o que é sagrado, é coisa fina! Você veria um filme que denegrisse sua mãe e mentisse sobre sua família?”.
O padre Paulo Ricardo, muito influente nas redes sociais, publicou um vídeo onde explica as crenças católicas sobre a mãe de Jesus e ressalta: “Maria foi virgem antes, durante e depois do parto. A integridade física da Nossa Senhora não foi nunca tocada. Ela é a virgem intacta”.
Diferença na tradução
O embate entre os dois ramos do cristianismo ocorre por causa de traduções diferentes do termo bíblico “adelphoi”. A versão seguida pelos católicos acredita que se tratam de “primos”, já que o aramaico falado pelo povo naquela época tinha uma única palavra para designar irmão e primo.
Contudo, o Novo Testamento foi escrito em grego, língua em que as duas palavras possuem significados distintos. Em passagens como Marcos 6:3 os irmãos de Jesus são inclusive nomeados. “Não é este o carpinteiro, filho de Maria e irmão de Tiago, José, Judas e Simão? Não estão aqui conosco as suas irmãs? (NVI)”.
Phonte: Gospel Prime
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