Elijah Lovejoy
Elijah Lovejoy é o nome de um americano muito raramente mencionado e raramente lembrado. Ele se converteu ao Cristianismo como resultado do Segundo Grande Despertamento, um movimento revivalista que varreu o extremo sul e a fronteira americana. Ordenado como pastor presbiteriano, pouco tempo depois ele tornou-se editor de um jornal de St. Louis.
Seus editoriais, moldados por um protestantismo ardente, o colocavam em apuros de vez em quando. Os assuntos favoritos dele eram Cristianismo e os perigos de beber bebidas alcoólicas e de fumar cigarros, charutos e cachimbos.
Mas quando Lovejoy se manifestou contra a escravidão, assumindo uma postura moralista de princípios, uma geração antes da Guerra Civil, os apuros dele aumentaram.
Ele foi aconselhado pelos principais homens da cidade a “moderar suas opiniões.” Ele respondeu: “O clamor dos oprimidos entrou não apenas em meus ouvidos, mas também em minha alma, de modo que enquanto eu viver, não poderei ficar de boca fechada.” E com uma severa repreensão ele escreveu: “Enquanto eu for um cidadão americano, e enquanto o sangue americano correr nestas veias, me sentirei livre para falar, escrever e publicar o que eu quiser sobre qualquer assunto.”
Ele foi imediatamente demitido e correu para fora da cidade no trilho proverbial. Lovejoy se retirou para o outro lado do rio Mississippi, para Alton, Illinois, onde continuou imprimindo seus editoriais sobre emancipação da escravidão. Mas seus inimigos o perseguiram, tentando silenciar sua voz, roubando, destruindo e arruinando toda máquina de imprensa que ele comprasse.
Implacavelmente, ele manteve sua palavra: Ele escreveu, imprimiu e publicou até 7 de novembro de 1837, quando uma multidão irada e racista mais uma vez veio para a gráfica de Elijah Lovejoy. Eles incendiaram seu prédio e, quando ele escapou em meio à fumaça, ele foi morto a tiros — baleado meia dúzia de vezes. Seus assassinos então pisaram em seu corpo ensangüentado para resgatar a prensa das chamas, apenas para garantir sua destruição lançando-a no rio Mississippi.
Por que Elijah Lovejoy morreu?
Por se opor à escravidão e trabalhar pela emancipação de todas as pessoas? Sim.
Por expressar sua fé em ação, mesmo enquanto “falava com a mansidão de um cristão?” Sim.
Por seu direito e liberdade de falar com o coração sem interferência? Sim.
Mas acima de tudo, Lovejoy morreu por dizer a verdade. A verdade “libertará as pessoas,” mas esse caminho pode ser um caminho perigoso.
Sim, lembre-se de Elijah Lovejoy como um abolicionista. Lembre-se dele como um excelente exemplo de liberdade de expressão. Lembre-se dele como um cristão que defendeu de modo persistente e corajoso princípios de acordo com o Evangelho. E lembre-se dele como um profeta no uso mais autêntico da palavra: Ele contou a verdade de forma firme e inflexível.
Inscrito no monumento perto de seu túmulo estão suas próprias palavras: “Se as leis do meu país não me protegem, apelo a Deus, e a ele entrego alegremente minha causa. Posso morrer no meu posto, mas não posso abandoná-lo.”
Ronnie McBrayer é um colunista sindicalizado, blogueiro, pastor e autor de vários livros. Visite o site dele em ronniemcbrayer.org.
Traduzido por Julio Severo do original em inglês do Detroit News: McBrayer: Do not turn from God’s truth
Phonte: www.juliosevero.com
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