"Enquanto estavam em Belém, chegou o momento de nascer o bebê, e ela deu à luz o seu primogênito. Envolveu-o com tiras de pano e o colocou sobre uma manjedoura, pois não havia lugar para eles na hospedaria.
Nas proximidades havia pastores que estavam nos campos e que durante a noite cuidavam dos seus rebanhos.
E aconteceu que um anjo do Senhor apareceu a eles e a glória do Senhor reluzindo os envolveu; e todos ficaram apavorados.
Todavia o anjo lhes revelou: “Não temais; eis que vos trago boas notícias de grande alegria, e que são para todas as pessoas:
Hoje, na cidade de Davi, vos nasceu o Salvador, que é o Messias, o Senhor!
Isto vos servirá de sinal: encontrareis um recém-nascido envolto em panos e deitado sobre uma manjedoura”.
E no mesmo instante, surgiu uma grande multidão do exército celestial que se juntou ao anjo e louvavam a Deus entoando:
“Glória a Deus nos mais altos céus, e paz na terra às pessoas que recebem a sua graça!”
Lucas 2:6-14 King James Atualizada
Todos nós sabemos por que Jesus veio à Terra — para morrer como sacrifício expiatório pelos
pecados do mundo, “tão desfigurado estava o seu aspecto como homem, nem parecia um ser humano,” lemos em Isaías 52:14 (KJA).
É bom que os crentes considerem a dor que Jesus suportou durante Sua tortura e crucificação em favor deles.
É bom pensarmos no horror que Jesus experimentou quando Seu amado Pai se afastou naquele momento em que Ele levou sobre Si os pecados do mundo — e as trevas cobriram a terra.
Mas houve outro sacrifício incomparável que Jesus fez na época do Natal. Pense nisso. Você já pensou como foi essa experiência — para Jesus, quero dizer?
Ele literalmente decidiu, com o Pai, descer do céu para um mundo caído de perigo e engano. Ele até, presumivelmente, teve de se desligar de sua própria consciência divina para se tornar um embrião indefeso. Ele teve de renunciar a todos os Seus poderes — aqueles que Ele usou para criar os céus e a terra e todas as coisas que foram feitas. Ele teve de nascer em circunstâncias difíceis seguindo uma caminhada de 160 quilômetros com seus pais de Nazaré a Belém.
Todos nós sabemos como Jesus se sacrificou por nós no final de Sua vida mortal — as torturas excruciantes que ele aguentou, a humilhação, a morte na cruz. Mas nesta época do ano, muitas vezes penso no sacrifício que Ele, o co-criador do universo, fez ao temporariamente renunciar à Sua onisciência, Sua onipotência, Seus poderes onipotentes e Seu assento à destra de Deus e viver dentro do ventre de uma jovem judia chamada Maria e se submeter à proteção de um obscuro carpinteiro judeu chamado José.
Dá para imaginar quanta fé isso leva?
Ele renunciou a todas as riquezas inimagináveis e sabedoria enorme do universo para nascer em um celeiro e ser colocado em um cocho de ração animal.
Mas, acima de tudo, tente imaginar como era sentar-se à direita do Pai celestial, contemplando essa ideia de se tornar totalmente indefeso e, por pelo menos um período de tempo, ter uma existência presumivelmente sem noção!
Como qualquer outra criança, Jesus nasceu sem saber andar ou falar. Quantos de nós estariam dispostos a trocar nossas próprias vidas e consciências, mesmo como seres humanos mortais adultos, para reentrar no mundo dessa maneira, de novo? Estou feliz por nascer de novo espiritualmente, mas não desse jeito.
Para mim, pensar no que Jesus fez quando escolheu nascer como um bebê inocente é tão inspirador quanto contemplar a decisão de Jesus de ser pregado na cruz.
Frequentemente falamos e refletimos sobre a Ascensão. Mas e a Descensão que aconteceu quando Jesus se tornou, primeiro, um bebê em gestação e, mais tarde, uma criancinha vulnerável que seria caçada por Herodes e, por fim, um “homem de dores,” alguém que cresceria para sofrer uma morte horrenda na cruz?
Os crentes reconhecem o sacrifício que Jesus fez no Calvário. Mas, na verdade, precisamos considerar o sacrifício que Ele fez no dia em que Ele voluntariamente desceu do céu no Nascimento Virginal, que também pode ser chamado de Descensão Milagrosa e Misteriosa.
Isso é o quanto Ele nos amou — ao temporariamente renunciar aos poderes de um Deus ilimitado para viver à mercê de uma jovem donzela de Israel, seu marido, seu Pai celestial e Seus anjos.
Considero isso, realmente, um sacrifício. Mas não tenho ouvido muitas vezes ninguém falar sobre isso como tal sacrifício.
Talvez devêssemos chamar isso de “o sacrifício do Natal.”
Traduzido por Julio Severo do original em inglês do WND (WorldNetDaily): The Nativity sacrifice
Phonte: www.juliosevero.com
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