Cale ficou quase dez anos tomando hormônios masculinos e chegou a fazer a cirurgia para retirada dos seios
Ao mesmo tempo que cresce o número de crianças e adolescentes sendo indicadas para receberem bloqueadores hormonais para mudança de sexo, também cresce o número de pessoas arrependidas.
Entre elas está Cale, 25 anos, que concedeu uma entrevista ao documentário “Crianças Trans: Hora de falar sobre isso” dizendo como decidiu, há dois anos, passar pela “destransição”.
Cale nasceu menina em uma família cujos pais tinham problemas e acabaram se separando. Sem conseguir fazer amizades, ela começou a se automutilar aos 10 anos e, pesquisando na internet, descobriu o termo “transgênero” e passou a acreditar que “nasceu no corpo errado”.
“Quando eu tinha 16 anos, procurei por ajuda médica para começar um tratamento hormonal. Eu era a única pessoa na minha escola que queria mudar de gênero, sem conhecer ninguém”, seus pais a apoiaram.
O tratamento começa com pílulas hormonais e assim inicia o processo de transformação. Aos 23 anos, Cale fez a dupla mastectomia, removendo os seios para completar a transição de gênero.
“Mas mesmo depois de anos tomando hormônios, de ter a aparência e voz bem masculinas e fazer uma cirurgia de alto nível, a minha disforia de gênero persistia. A questão é que nem a cirurgia e nem os hormônios me ajudaram a lidar com a disforia e auto aversão”, revelou ao Telegraph.
Nessa época, Cale namorava um menino, desde os seus 18 anos, e o apoio dele foi importante para anima-la a seguir com este processo de transformação.
Ela só resolveu se aceitar como mulher quando viu o vídeo de casamento de sua irmã, pois passou a pensar em ter uma família e não queria que seus futuros filhos a chamassem de pai. “Ao me imaginar em um terno ou sendo chamada de ‘pai’, parecia errado – como se eu imaginasse a vida de outra pessoa. Não parecia que era eu. Apesar de ter sido inflexível a minha vida toda sobre não querer ter filhos ou me estabelecer, de repente eu achei que ter uma casa com filhos não era uma má ideia”.
Hoje ela diz que teve sorte de não ter feito a cirurgia genital, pois logo ela deixou de tomar os hormônios e iniciou o processo de destransição. “Gradualmente, mas seguramente, a biologia assumiu seu papel e meu corpo quase voltou ao seu estado normal”, declarou.
Cale agora reassumiu sua identidade feminina e está feliz com o seu corpo, ainda que a cirurgia das mamas seja irreversível. “A minha disforia de gênero era muito real naquela época – mas agora isso acabou.”
Phonte: Gospel Prime
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